Arrelampiou na escuridao
zóio de gato
anssim meio rasgados
zóio felino
cabocla do mato
No fundo do galpäo
zóio de gato
anssim meio espichados
zóio faminto-ronrorando
simulando o ato
Fui aproximando-negaceando
zóio de gato
fingindo näo perceber
zöio amarelado
pronto para o prazer
Fui de supetäo
Zöio de gato
fingiu que näo
zöio dissimulado da Capitu
de cacador
virei caca
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Natural
Quem sabe eu ainda
Tenha chance de cultivar uma horta
Quem sabe.
E que ela baste
Para eu e os meus viver.
Quem sabe...
Na manhã abrir a janela
E respirar... Ar
Eu e ela, na manhã,
Hortelã
Fé
Leite com café.
Quem sabe ainda,
Um dia,
Eu corra o dia suado,
E ao fim do dia
Me recolha no ninho
Realizado.
Natural... Quem sabe um dia.
&&&
terça-feira, 20 de agosto de 2013
Saudade Caipira
Aperto nu coração,
É ruim e é bão.
É bão causdique
Nus ovidu a sodade cochicha
Du tanto qui eu gosto d'ocê,
Di minha pequena lagartixa
E é ruim
Causdique ficar longe,
– me acode, Jisuiz Cristim! –
Di minha desmilinguida lesminha
É o fim.
***
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Violão
Inté meu violão
embora na cidade
percebeu
que sou do sertão
Ficou satisfeito
pois lembrou
do seu passado
do que ele foi feito
Madeira do sertão
madeira de lei
sonoridade cabocla
que canta com paixão
Encostado no meu peito
aconchegou-se com jeito
e gemeu em dueto perfeito
com a minha solidão
embora na cidade
percebeu
que sou do sertão
Ficou satisfeito
pois lembrou
do seu passado
do que ele foi feito
Madeira do sertão
madeira de lei
sonoridade cabocla
que canta com paixão
Encostado no meu peito
aconchegou-se com jeito
e gemeu em dueto perfeito
com a minha solidão
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
Cataratas
Besteira de Deus.
Rio errou o caminho
E despencou escarpa a baixo
Espumando, rugindo fracasso...
Não acho!
***
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