sábado, 28 de setembro de 2013

A fonte.

Da fonte jorra um jorro
Cristalino...
Não bastam foices, sequer enxadas.
Tão pouco o desejo
- O desejo usualmente a si basta -

Da fonte jorra um jorro
Mas a sede é sempre  maior
Do que o jorro que a fonte jorra
Não bastam punhos e braços
Tão pouco o desejo

O que resta após todo esforço
É apenas um olhar triste entristecido...


Envelhecido.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Entenda se puder

Tua culpa é ser feliz
sua risada incomoda
tua alegria irrita.
Não estamos acostumados
a levar a vida de maneira leve
Somos sérios sisudos

O rio é alegre
às vezes encachoeirado-cantante
as arvores não seguem padrões
as vezes são tortas
bailam alucinadas ao vento

Não gostamos de brincadeiras
afinal de contas
a vida é para ser cumprida
e não vivida de modo aleatório

Ás vezes penso
que a natureza
devia ser mais exata
por que é tão inconstante
tão linda,tão mistica.
Viver vale a pena.

sábado, 7 de setembro de 2013

Câmbio automático: Primeiras impressões.



Beirando os meia quatro, comprei uma belíssima HYLUX, completissima, flex, quatro por quatro e... Automática! Meu primeiro carro com câmbio automático! E essas sao minhas primeira impressões:

- Com o cambio mecânico de antes, a decisão de usar a primeira ou quinta era minha. Assim, na entrada de uma curva acentuada, eu que vinha a 140 ou até 160, metia o pé nos freios, enfiava uma teceira, ou quarta, como requerido, e saia com 110 ou 120 no velocímetro.

- indisciplina... Eu sei.

-  No cambio automático, eu aciono os freios e deixo o carro decidir por mim como eu vou sair de lá, e saio a 80 no maximo a 100... Ou seja, se segure camarada, quem manda aqui sou eu e e eu sou disciplinado.

- o cambio automático me botou no devido lugar de um senhor de idade, comportado.

- para quem conhece, exemplifico melhor: O cambio automático eqüivale ao Marengo. Umb belo queimado, de excelente marcha, tranquilo, que nem voltando para casa resfolegava. Na dele, imponente, marchava suave, sem solavancos, para alegria, principalmente, das mulheres. O cambio mecânico ao Moleque ou Corsário, prontos para arrancar, disparar e até jogar no chão o inábil peão.

- Moleque duro, trotao, Corsário marchador, suave, mas nao era isso o que se esperava nem de um e nem do outro. Indisciplina, ardência, fogo, espuma na boca... Cambio mecânico.

- cambio automático... Acho que vai me ensinar.

Ou talvez, me domesticar.... Ainda que tardiamente.




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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Reflexões etílicas (?)

O dinheiro é bão,
mas é um cão.
Por ele valores se vão
Só nele se vive em vão.

Traz poder, acha-se o tal,
mas saiba: é do mal,
Por ele se torna um boçal,
só nele a vida é banal.

Traz o prazer,tudo parece anil,
mas,lá delineia-se o ardil.
Só nele a vida é vil,
mas sem ele, onde já se viu?

Entre o remédio e o veneno
o limite é pequeno.
E a ciência da lida,
dita como vai a vida.

Esse é um poema de autoria do Nelson, o título... apenas contextualizei!