sábado, 27 de fevereiro de 2010

Farofa de Banana - MT

Dando continuidade ao processo de incentivo ao Milton para que cumpra um de seus propósitos para o ano de 2010, segue mais uma receita típica do Mato Grosso.
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Não sei se ele "frequenta" o blog, assim sendo, peço ao Tarlei que repasse as receitas para ele, ou que lhe preste assessoria quando da elaboração destes pratos.
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A continuar assim, esse blog corre o risco de ser suspenso por concorrência ao "Mais Você" de Ana Maria Braga.
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Mas vamos lá:
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Ingredientes:
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3 bananas-da-terra médias em rodelas
Bacon fatiado a gosto
sal a gosto
óleo para fritura (melhor usar azeite)
1 colher (chá) de pimenta-do-reino moída na hora
2 xícaras (chá) de farinha de mandioca crua (ou torrada)
2 xícaras (chá) de salsinha picada finamente
1 colher (sopa) de alho amassado
1 cebola média ralada
3 colheres (sopa) de manteiga
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Preparo:
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1. Pique um pouco de bacon bem fino e miúdo e frite em um pouco de óleo (ou azeite)
2. Depois de frito coloque uma boa quantidade de manteiga
3. Quando derreter acrescente a cebola e deixe dourar
4. Junte então as bananas
5. Misture um pouco
6. Vá acrescentando a farinha de mandioca mexendo sempre, deixando que fique bem umedecida.
7. Apague o fogo e acrescente a salsinha picada

Percevejos

O termo percevejo é a designação comum a diversos insetos ordem dos hemípteros, da subordem dos heterópteros. O nome de sua subordem em latim, Hemiptera, refere-se ao facto de as asas anteriores serem parcialmente endurecidas e parcialmente membranosas (nas pontas posteriores). Em repouso, as asas anteriores cobrem as posteriores, formando uma superfície plana e, geralmente, colorida. A maioria é fitófaga (alimenta-se de sucos obtidos de vegetais, como a seiva), tendo, para esse efeito, um aparelho bucal perfurador e sugador, que já apresentam na fase de ninfa. Alguns, contudo, são hematófagos (alimentam-se de sangue) ou perfuram e sugam o interior de outros insetos. As ninfas são muito semelhantes ao insecto adulto, mas sem asas - (wikpédia).

Percevejo da Soja (ou Maria Fedida)

Os sojicultores devem ficar atentos quando a soja está formando as vagens, ao surgimento do percevejo-da-soja. A praga, explica a pesquisadora Beatriz Correa-Ferreira, da Embrapa Soja, ataca diretamente os grãos de soja, afetando sua qualidade e causando prejuízos na venda da safra, ou seja, faz um “estrago do carai”, mas ainda não é tal do “percevejo do carai”. Beatriz explica que o percevejo-da-soja age da seguinte maneira: com a vagem ainda nova, ele introduz seu aparelho bucal - semelhante a um estilete - na vagem para sugar o grão. O ataque pode prosseguir nas vagens até pouco antes da maturação do grão. ''O grão maduro é muito duro e o inseto não consegue sugá-lo'', diz. ''O orifício que o inseto abre na vagem também vira porta de entrada para fungos e doenças.''

Percevejo de cama (ou de colchão)

Tem também o percevejo de cama (não confundir com o "percevejo-bom-de-cama", que é outra espécie) o qual é esse tipinho ai da foto. Estes são pequenos insetos com formato oval que medem menos de 1 cm de comprimento. Possuem a coloração vermelho-acastanhado e o corpo achatado, mas não têm asas como seu coleginha da soja. Alimentam-se de sangue humano e sua mordida provoca uma “coceira do carai” (veja foto abaixo), mas também não é o tal do “percevejo do carai”...

Outros tipos de percevejos

Percevejo Verde (Nezara viridula)
Percevejo Barriga Verde
Percevejo Acrosterno
Percevejo Edessa
Percevejo Marrom (Euschistus heroes)
Percevejo Tianta
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São estes o que, sem maiores esforços encontrei. Sobre o tal do “percevejo do carai” não encontrei nada... Acho que não existe nem mesmo aqui no Mato Grosso.
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Se alguém souber algo sobre tal camaradinha, me avise.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CALDO DE PIRANHA - MT

Bem, quando da passagem de ano - 2009/2010 - lá em Lavras, se me lembro bem, o Milton, elencou três propósitos para o ano que iniciava: (1) Ter um cavalo "de primeira"; (2) Aprender a fotografar; e (3) Tornar-se um mestre-cuca.

Para ajudá-lo numa dessas empreitadas, de quando em vez postarei uma "receita típica do Mato Grosso".

Aqui vai a primeira:


Caldo de Piranha - MT

Ingredientes:

2 kg de piranha (cerca de 10 piranhas)
3 dentes de alho amassados
3 colheres (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de vinagreSal e pimenta a gosto
1/2 xícara de óleo2 colheres (sopa) de óleo
2 tomates grandes sem pele e sementes, picados1 pimentão vermelho grande, cortado em tiras
1 cebola média picada
1 colher (sopa) de cebolinha verde picada
2 colheres (sopa) de coentro picado.

Modo de Preparo

Limpe, remova as escamas, corte as piranhas em pedaços grandes, coloque em uma tigela, tempere com alho, suco de limão, vinagre, sal, pimenta e deixe descansar por cerca de 2 horas. Em uma panela grande, coloque a 1/2 xícara de óleo, aqueça em fogo alto, acrescente as piranhas, refogue por alguns minutos, encha a panela com água fervente até a metade, tampe, cozinhe por cerca de 30 minutos ou até as piranhas ficarem macias, tire do fogo, coe o caldo e reserve.Elimine cuidadosamente todas as espinhas das piranhas.No liquidificador, coloque a carne de piranha, o caldo coado, bata até obter uma mistura cremosa e reserve.Coloque as 2 colheres de óleo em uma panela, aqueça em fogo alto, junte tomates, pimentão, cebola, refogue até ficarem bem macios, acrescente o caldo de piranha, cebolinha, coentro, misture e deixe ficar bem quente. Tire do fogo, coloque em um prato de servir e leve imediatamente à mesa, acompanhado de molho de pimenta malagueta.

Dicas:

Tem que ser piranha do rio (daquelas que têm escamas e nadam)

Eu não usaria o coentro. Tem um gosto de percevejo do carai... Não banquem os engraçadinhos me perguntando se já comi percevejo!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Voces Gostam de Raciocínio Lógico?

(Eu gosto)

Então, que tal resolverem estes?


(a) 1 ; 2 ; 6 ; 42 ; 1.806 ; (?)

(b) 144 ; 121 ; 100 ; 81 ; 64 ; (?)

(c) 3 ; 12 ; 27 ; (?) ; 75 ; 108

Quem conseguir resolver os três, ganha... Vejamos: O direito de não fazer outros, se não quizer.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Mineiro


Mineiro não é apenas bairrista.
Mineiro não é só tradição.
Mineiro é mais,
Mineiro é o que diz Gildes:

“Sou mineiro, tenho brio. Não confirmo nem desminto. Desconfio”.
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(Gildes Bezerra)

Nico Cachaça

Lá estava o Nico Cachaça montado num banquinho junto ao balcão de madeira encardida do Bar do Bigode tendo a frente um copo esvaziado pela segunda ou terceira vez de seu precioso líquido: pinga pura produzida na Fazenda Nortão. Tagarela e mentiroso como ele só. Ordinariamente antes que a última gota do primeiro trago concluísse o percurso desde os lábios duros até a boca do estômago já teria despejado pelo menos meia dúzia de mentiras.

Porém não naquele dia.

Pouco se sabia, mas muito se dizia daquele homenzinho franzino, mirradinho, de lábios finos e olhar ladino... Diziam que chegou a Mato Grosso fugido de Minas Gerais depois de ter matado a noiva. Diziam também que a causa do crime foi ter a noivinha se esfregado com o filho do patrão num ralabuxo de fim safra no rancho do fazendeirão. Diziam ainda que o playboyzinho também havia sido furado com pelo menos três estocadas e que não morrera, ruim que era e também porque o socorro veio rápido, ao contrário da vadiazinha bonita que agonizara sem que ninguém a acudisse até a morte, sangrando por vários rombos, todos na região do seio esquerdo. Diziam mais, que estando em Mato Grosso e tendo pegado gosto pelo sangue foi cabra de aluguel matando por dinheiro até quem já lhe havia pago por outros serviços.

Diziam.

Se verdade ou invencionice ninguém ousava averiguar.

A índole falante e os causos fantasiosos que despejava após umas e outras não condizia com a imagem de um frio matador. É bem verdade que sob um olhar mais atento algumas características suas denunciassem uma personalidade cruel. Naquele dia, por exemplo, estavam muito evidentes, especialmente porque, ao contrário de sempre, ele não tagarelava e tinha um olhar ainda mais duro, perdido num ponto inexistente e os lábios repuxados, retesando os músculos da face, a ponto de causar arrepios no destemido Bigode, que o observava pelos cantos dos olhos enquanto enxugava uns copos com pano de prato mais encardidos do que seu balcão ardido, sem ousar em lhe dirigir a palavra.

Lá fora estava a Matilde, uma égua, a qual ele, por escárnio ou saudade, dera o nome de sua ex-noiva e que segundo também diziam lhe fora entregue em pagamento por dar cabo de uma outra zinha infiel. Amarrada no poste retorcido de eucalipto que sustentava uma lâmpada acesa, embora fosse dia, Matilde resfolegava... O pêlos molhados, cabeça pendida, indicavam que fora exigida além do que a idade lhe permitia.

Diziam – essas pessoas falam demais – que em noites de lua cheia, lá pelas bandas de Poconé, ele enfeitava Matilde com as flores do pantanal e pendurado nas suas ancas largas lembrava-se do quanto havia sido feliz.

Diziam.

Essas pessoas falam demais.

Nico Cachaça certamente nunca foi feliz, nem mesmo com a Matilde pessoa.

Nico quis mais uma... Bigode tremendo serviu...

Não bebeu.

Naquele momento rompeu bar adentro capangas de Juvenal, pai de um playboyzinho aleijado lá das Minas Gerais.

Nico matou três, feriu quatro e foi morto por cinco.

O JACA

(www.@.com)


Lá pelas bandas de Santo Antonio do Leverger, na região do pantanal norte, habitava um jacaré – o Jaca – e, como todos sabemos, jacarés devoram peixes, lontras, macacos e pessoas.

Não o Jaca.

O Jaca só devorava pessoas e não era qualquer pessoa.

O Jaca só devorava pessoas que devoravam o pantanal.

Mas devoraram o Jaca...

WWW. @.com.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Origem da Expressão Mineira UAI

Essa a Rose me mandou por e-mail, achei legal e decidi posta-la aqui.
No e-mail consta apenas que foi publicada no Jornal Correio Brasiliense, sendo assim, dou a ele o crédito.


O leitor e amigo Saulo Santiago, de Brasi­lia, DF, traz interessante contribuição à colu­na: O berço da expressão popular dos minei­ros "UAI".

Segundo o odontólogo Dr. Sílvio Carneiro e a professora Dorália Galesso, foi o presidente Juscelino Kubitschek que os in­centivou a lhe pesquisar a origem. Depois de exaustiva busca nos anais da Arquidiocese de Diamantina e em antigos arquivos do Es­tado de Minas Gerais, Dorália encontrou explicação provavelmente confiável.

Os Inconfidentes Mineiros, patriotas mas considerados subversivos pela Coroa Portu­guesa, comunicavam-se através de senhas, para se protegerem da polícia lusitana. Como conspiravam em porões e sendo quase todos de origem maçônica , recebiam os compa­nheiros com as três batidas clássicas da Ma­çonaria nas portas dos esconderijos. Lá de dentro, perguntavam: quem é ? e os de fora respondiam : UAI - as iniciais de União, Amor e Independência.

Só mediante o uso dessa se­nha a porta seria aberta aos visitantes.

Conjurada a revolta, sobrou a senha, que acabou virando costume entre as gentes das Alterosas.

Os mineiros assumiram a simpática palavrinha e, a partir de então, a incorpora­ram ao vocabulário quotidiano, quase tão indispensável como tutu e trem.

Uai, sô ...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Escombros

Esta casa
este fogão
crepida vida
faísca paixão

O pinicar da chuva
o viver sem razão
viver por viver
prosseguir sem tesão

A falta
a ausência
o medo
da solidão

A essência
o principal
deixado para traz
no último vagão

Cadê vocês
vocês todos
onde estão
meus irmãos

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Para ouvir e... chorar?

"O Violeiro (Elomar)

Vou cantar num canto de primeiro
As coisas lá da minha mudernagem
Que me fizeram errante violeiro
Eu falo sério e não é vadiagem
E pra você que agora está me ouvindo
Eu juro inté pelo santo menino
Virgem Maria que ouve o que eu digo
Se for mentira me mande um castigo

Ah, pois, pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola, nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não

Cantador de trovas e martelos
De gabinetes, ligeira e mourão
Ai cantador corri o mundo inteiro
Já inté cantei nas portas de um castelo
De um rei que se chamava de João
Pode acreditar meu companheiro
E dispois de eu ter cantado o dia inteiro
O rei me disse fica
Eu disse não

Ah, pois, pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola, nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não

Se eu tivesse de viver obrigado
Um dia e antes desse dia eu morro
Deus fez os homens e os bichos tudo forro
Já havia escrito no livro sagrado
Que a vida nessa terra é uma passagem
Cada um leva um fardo pesado
É o ensinamento que desde a mudernagem
Eu trago dentro do coração guardado

Ah, pois, pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola, nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não

Tive muita dor de não ter nada
Pensando que esse mundo é tudo ter
Mas só depois de penar pelas estradas
Beleza na pobreza é que fui ver
Fui ver na procissão louvado seja
Mal assombro das casas abandonadas
Coro de cego nas portas das igrejas
E o ermo da solidão nas estradas

Ah, pois, pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola, nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não

Pispiando tudo do começo
Eu vou mostrar como se faz um pachola
Ai, que enforca o pescoço da viola
E revira toda moda pelo avesso
Sem reparar sequer se é noite e dia
Vai hoje cantando o bem da forria
Sem um tostão na cuia o cantador
Canta até morrer o bem do amor

Ah, pois, pro cantador e violeiro
Só há três coisas nesse mundo vão
Amor, forria, viola, nunca dinheiro
Viola, forria, amor, dinheiro não."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Flores do Cerrado


Nem é primavera, mas como estava algum tempo sem postar e um tanto desinspirado para criar novos posts, resolvi mostrar minhas habilidades como fotógrafo e adicionar mais um album de fotografias.
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Fotografar flores é mais uma de minhas muitas manias!
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Assim como enventualmente compartilhamos nossos "versos", quero também compartilhar com a Ferreirada esta "arte".
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Como sempre, os caminhos até o album são os mesmos: No título "Ferreirada por aí (fotos)" na coluna da direita (onde estão todos os albuns), ou simplesmente clicar no link abaixo para acessar estas fotografias.
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