Manuela vestiu um vestidinho, bonitinho,
simplezinho, estampadinho... Tão chinfrim!
Passou nos lábios finos um batonzinho,
desbotadinho... Aí, quem lhe dera um carmim!
Nos cabelos loirinhos, cacheadinhos,
um laço coloridinho de azul jasmim.
Nos pés uns sapatinhos velhinhos,
Como alguns furinhos... assim, assim!
Manuela se viu num espelho manchado:
Seu olhar apagado, seu sorriso molhado,
seu corpo magrelinho, franzininho... Coitado!
Na beira da estrada,
na boleia de um caminhão,
um pirulito, alguns trocados
e na mesa um tantinho de feijão.
O que dizer de um poema assim, tão singelo e meu Deus, tão revelador!
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