quinta-feira, 25 de março de 2010
















MALVINA

Não é sua flor, minha querida,
que rasga o esplendor do dia,
que acusa o ligeiro golpe em agonia.

Tampouco seu broto, meu amor,
que confronta a coleante voz,
que estridula suplicante ao seu algoz.

Não poderia ser, meu bem, seu tronco,
em riste ou deitado,
ainda que acostumado,
ao lenho duro do machado.

Você, meu doce, é como abelha que junto à mais vistosa corola zune.
Como abutre que do mais alto galho crocita.
Pois em tudo sua natureza pune,
aquilo que no homem jamais ressuscita.

2 comentários:

  1. Caralho!
    (Não vou amenizar usando "carai" porque tem um engraçadinho que já me pegou no pé por conta disso!)
    GOstei, gostei muito.
    Maravilha, Thiago!

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  2. Tiago embora escrevemos de maneira tão diferente o tema natureza é lindo.Adoro quando se faz anologias e enaltecemos assim a 3ª mãe que temos a bela e surpreendente natureza

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