Família,
Olhem que eu achei de meu esposo!!
Título: Pequenos Poemas, envio alguns.
Família
A mãe, oficina, construía.
O pai provia,
Driblando credos e credores.
As crias cresciam:
Oficinas e provedores.
Aos pais saíam.
Arvoredo
Medo.
Fico assim:
Pendido – Sobre o rio que me levaria ao mar.
Preso – Ao solo que não me deixa ir a nenhum lugar.
Rochedo
Magma, sílica, séculos...
E o vento – filho indócil –
Molda.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Circo
José Saramago
(Portugal - 1922)
Poeta não é gente, é bicho raro
Que de jaula ou gaiola se escapou
E anda pelo mundo às cabriolas,
Aprendidas no circo que inventou.
Estende no chão a capa que o disfarça,
Faz do peito tambor, e rufa, salta,
É urso bailarino, mono sábio,
Ave de bico torto e pernalta.
Ao fim toca a charanga do poema,
Todo feito de notas arranhadas,
E porque bicho é, bicho ali fica,
A uivar às estrelas desprezadas.
(Portugal - 1922)
Poeta não é gente, é bicho raro
Que de jaula ou gaiola se escapou
E anda pelo mundo às cabriolas,
Aprendidas no circo que inventou.
Estende no chão a capa que o disfarça,
Faz do peito tambor, e rufa, salta,
É urso bailarino, mono sábio,
Ave de bico torto e pernalta.
Ao fim toca a charanga do poema,
Todo feito de notas arranhadas,
E porque bicho é, bicho ali fica,
A uivar às estrelas desprezadas.
sábado, 25 de setembro de 2010
Uma Pena!
Para voar, pássaros precisam apenas
de asas e penas.
Que pena,
não possuo nem uma nem outra!
E, sem roupa,
no topo do precipício,
sustento o suplício
de não ter escrito um só poema
que valesse a pena.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Fugidia
Escapou do encontro, levada por intrigas,
que nem gato arisco xispando com fogo no rabo.
Não carecia tanto. Queria apenas um trago
e uma palavra, que nem precisava ser amiga!
domingo, 19 de setembro de 2010
Meu Batizado
Queridos tios, tias, primos e primas, convido a todos para o meu batizado que será realizado no dia 09/10 às 14h00 na Paróquia Nossa Senhora da Rainha no bairro Belvedere em Belo Horizonte.
Entendo que a distância é um dificultador para a grande maioria de vocês, mas como é véspera de feriado, talvez alguns de vocês possam comparecer ao meu primeiro sacramento.
Beijos,
Isadora
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
"À Clarice ou aos tristonhos sem quimeras"
Assistindo a uma entrevista de Clarice Lispector, escrevi:
Hoje eu morri, talvez amanhã renasça, mas hoje eu morri. Falo: eu morri. Estou cansada. de viver essa existência do sonho. Há um vazio estrangeiro, sou toda uma dor não sentida, dor de morte. Hoje eu morri, repito. Venho morrendo pela vida afora,venho ficando assim solitária e cansada, mas não tenho vontade de ter companhia. As pessoas não me interessam, o interesse estava no que não eram, sabendo-as, não me interessam. Não me sabendo, sufoco. Hoje eu morri, morri de tanto saber o que não sei.Não há mais esperança, estou cansada... mas, talvez amanhã renasça e talvez até saiba que o que não sei é tão pouco, há muito mais o que não saber.Mas hoje eu morri e tudo está distante,impalpável...o morto não tem tato; e tudo está tão longe, inaudível...silenciou o que antes era música. Trago o olhar duro porque os olhos não me fecharam .Esse olhar de quem não sabe, esse olhar de cansaço, de solidão...mas o morto é mesmo solitário. E quando dele querem notícias perguntam aos outros, o morto não tem o que dizer, está morto. E assim, um dia, quem sabe, me fecharão os olhos para que não veja que a minha morte comove tão pouco, que essa ausência não faz falta. Hoje eu morri, e deixo, antes do estertor derradeiro, o silêncio dos que não precisam de consolo. O passado é uma roupa que não me veste mais. Entorna em mim o que é inexistência.
Hoje eu morri, talvez amanhã renasça, mas hoje eu morri. Falo: eu morri. Estou cansada. de viver essa existência do sonho. Há um vazio estrangeiro, sou toda uma dor não sentida, dor de morte. Hoje eu morri, repito. Venho morrendo pela vida afora,venho ficando assim solitária e cansada, mas não tenho vontade de ter companhia. As pessoas não me interessam, o interesse estava no que não eram, sabendo-as, não me interessam. Não me sabendo, sufoco. Hoje eu morri, morri de tanto saber o que não sei.Não há mais esperança, estou cansada... mas, talvez amanhã renasça e talvez até saiba que o que não sei é tão pouco, há muito mais o que não saber.Mas hoje eu morri e tudo está distante,impalpável...o morto não tem tato; e tudo está tão longe, inaudível...silenciou o que antes era música. Trago o olhar duro porque os olhos não me fecharam .Esse olhar de quem não sabe, esse olhar de cansaço, de solidão...mas o morto é mesmo solitário. E quando dele querem notícias perguntam aos outros, o morto não tem o que dizer, está morto. E assim, um dia, quem sabe, me fecharão os olhos para que não veja que a minha morte comove tão pouco, que essa ausência não faz falta. Hoje eu morri, e deixo, antes do estertor derradeiro, o silêncio dos que não precisam de consolo. O passado é uma roupa que não me veste mais. Entorna em mim o que é inexistência.
sábado, 11 de setembro de 2010
Hugo de St.Victor,monge saxão do século XII
"Quem acha doce a terra natal ainda é um tenro principiante;
aquele para quem toda terra é natal já é forte;
mas é perfeito aquele para quem o mundo inteiro é um lugar estrangeiro.
A alma tenra fixou seu amor num único ponto do mundo;
a pessoa forte estendeu seu amor a todos os lugares;
o homem perfeito extinguiu o seu."
aquele para quem toda terra é natal já é forte;
mas é perfeito aquele para quem o mundo inteiro é um lugar estrangeiro.
A alma tenra fixou seu amor num único ponto do mundo;
a pessoa forte estendeu seu amor a todos os lugares;
o homem perfeito extinguiu o seu."
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
O canto do nhambu
Nhambu cantou soturno,
papai alertou: seis da tarde,
lua minguante invertida,
derramando água,
chuva na invernada.
Simples assim...
Por meu turno,
dimensiono a saudade.
Feliz agora, nesta lida?
Haja mágoa!
Não há de ser nada...
Hoje, todos somos assim.
papai alertou: seis da tarde,
lua minguante invertida,
derramando água,
chuva na invernada.
Simples assim...
Por meu turno,
dimensiono a saudade.
Feliz agora, nesta lida?
Haja mágoa!
Não há de ser nada...
Hoje, todos somos assim.
Vias
A vi numa vi_a
de única mão,
eu ia
ela voltava, eu não,
ainda assim, demos um encontrão.
Sorriu, sorri,
enlaçamos as mãos,
beijei-a, beijou-me,
enevoamos_nus, eternos segundos...
Nenhum quis a contramão.
Seguimos, cada um em seus mundos.
de única mão,
eu ia
ela voltava, eu não,
ainda assim, demos um encontrão.
Sorriu, sorri,
enlaçamos as mãos,
beijei-a, beijou-me,
enevoamos_nus, eternos segundos...
Nenhum quis a contramão.
Seguimos, cada um em seus mundos.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Dia do ex-alcoolatra
Hoje, além de ser o dia da independência do Brasil, é também o dia do EX-ALCÓOLATRA...
Vamos comemorar?
Claro, tomando umas...\
Paulo Freitas
Já que estava sem sono e tomando umas (ouvindo Super Tramp) fiquei "googleando"... Vontade de saber o que havia sobre Paulo Freitas.
Frequentemente sondo essas possibilidades, como se pudesse existir alguém que conhecesse mais do que sei.
O que segue, são fotos recentes e comentários de Fábio Libiano, encontrados na internet. Não sei de quem se trata...
Frequentemente sondo essas possibilidades, como se pudesse existir alguém que conhecesse mais do que sei.
O que segue, são fotos recentes e comentários de Fábio Libiano, encontrados na internet. Não sei de quem se trata...
A estação de Paulo Freitas fica aproximadamente a 15 km da cidade de Ingaí (Me parecia tão longe!). Apesar de existirem algumas fazendas na região (Algumas fazendas? Lá existiu, e certamente ainda existe A FAZENDA DOS COELHOS!), o local é um pouco isolado. Próximo da estação pude observar uma igreja e um grupo escolar (Estudei lá.). A estação em si parece ter sido modificada recentemente,e seu uso é o de moradia: notei uma pequena hortinha (Uma hortinha? Que coisa! Atrás, o que havia era um belíssimo bambual, ande amarrávmos os cavalos, enquanto esperávamos por alguém.) e uma antena parabólica no quintal da estação. Seu estado de conservação parece razoável, mas a placa indicando seu nome, além de ser de lata, está quase apagada. Pude fotografar neste dia um cargueiro de minério da FCA passando pela estação com locomotivas da EFVM atrelados à composição" (Fábio Libânio, 01/2007)".
No barranco a esquerda da fotagrafia havia uma mina onde lavávamos os pés antes de embarcar. Na minha lembrança a rampa de acesso a plataforma era mais íngreme e o desnível entre esta e os trilhos maior. Me lembrava de uma estação mais imponente... Que coisa, observando no cantinho direito da foto, me lembro de haver ali um grande desnível (que não aparece), o que levava mamãe a tentar nos controlar, preocupada com uma eventual queda. O sino não aparece... Juro que o devolvi! (Marcos Aurélio, Set/2010)
A verdadeira história da Independência do Brasil
Tendo em vista a data de comeração da da Indepedência do Brasil, segue um texto bem interessante sobre o a assunto.
(Fonte: http://crazymann.kit.net/historia/arquivo/indepen.htm).
Que saudade dos meus tempos de fanfarra no Colégio Estadual: Eu na frente, com um bumbo, com a pintura do ""Brasinha" no couro (duvido que algum de vocês saiba do que se trata!), um moleton (seria?) amarelo vivo, com detalhes em preto, as mãos sangrando e manchando o instrumento, me sentindo o mais importante dos mortais, especialmente quando passava em frente a uma meninha especial do Kemper ou do Lourdes, na Praça Augusto Silva...
Todos nós vimos na escola aquela visão oficial de nossa história, com D. Pedro gritando às margens do rio Ipiranga de espada em punho o brado retumbante de "independência ou morte". Sabemos que normalmente a história oficial costuma dourar a pílula, e isso não é prerrogativa exclusiva do Brasil.
Bem, o culpado, em parte, é o pintor Pedro Américo, que pintou um quadro com soldados bem fardados, enfiou uma colina no vale do Ipiranga e trocou o pangaré de D. Pedro I por um cavalo alazão. E a data é puramente simbólica, já que a independência propriamente dita ainda demorou uns anos e custou uma senhora grana à título de indenização paga à Portugal.
Voltando da cidade de Santos, D. Pedro e sua comitiva cavalgam em direção a São Paulo. À frente, montado em uma mula, vai o prícipe regente, ladeado por seu conselheiro Gomes, mais conhecido como Chalaça, cuja principal função é ajudar o príncipe em suas escapulidas sórdidas. Ambos conversam:
- Chalaça, acho que aquele doce de ovos queimados não me caíram bem..
- Vossa alteza é que exagerou na sobremesa. Comeu demais.
- O que eu queria comer mesmo era aquela formosura..
- Dona Domitila? Bem que desconfiei... Ela não é casada?
- Tudo bem não sou ciumento. Rêêêê!...
- Depois eu é que sou o Chalaça. Cara mais gaiato...
- Mas tirando essa dor de barriga, esta viagem foi proveitosa. Botamos ordem em São Paulo e os Andrada no poder de novo. Pelo menos Bonifácio não me torra mais a paciência com este assunto.
- Falando em torrar a paciência, como está seu pai? Ele tá digerindo bem esta sua história de se recusar a voltar a Portugal?
- Não me fale em digestão cacete! A minha não está das melhores. E não esquenta com o meu pai. Eu tou enrolando ele. Não viu no início do ano? Fiquei dizendo que irira voltar. Mas acabei ficando mesmo.
- Sei não, Pedro. Teu pai até que é tranquilo, mas o fresco do seu irmão Miguel e aquela rapariga de cego da Carlota enchem a cabeça de D. João.
- Aquela peste enche a cabeça de meu pai é de chifre. Ela deve ter dado pra todo mundo na guarda! E além disso... Ai!
- Que foi?
- Vamos dar uma paradinha estratégica. Ui...
- Que foi? São os ovos queimados?
- Queimado vai ficar meu cú. Com licença...
Com a rapidez de um raio, D. Pedro desce da mula e corre para uma moita às margens do rio Ipiranga. Escutam-se gemidos e som de flatulências.
- O négocio aí tá brabo, né Pedro?
- Foda-se, Chalaça. Mais uma piadinha e você vai precisar voltar a enganar velhas viúvas para poder comer.
Enquanto o príncipe se esvaía em bosta, dois cavaleiros aproximan-se. Ambos descem de suas montarias e dirigem-se ao Padre Belchior, que acompanhava a comitiva.
- Onde está o príncipe?
- Está, digamos, ocupado.
- Temos uma mensagem urgente da Corte de Portugal.
- Vou chamá-lo. Esperem.
O Padre se aproximou da moita com os papéis.
- Vossa alteza, dois estafetas reais com decretos...
- Mas que hora! Diga-lhes que estou cagando para eles e os decretos!
- Mas são estafetas...
- Está foda, isso sim! Vou é limpar minha bunda real com estes decretos!
- Não é melhor o Padre ler antes? - Intervem Chalaça.
- Que seja. Manda ver Padre!
Belchior lê os papéis em silêncio. D. Pedro se aborrece.
- Fala logo porra!
" Meu filho Pedro,
Tá na hora de acabar esta farra. Você tá muito teimoso e precisa de um exemplo. Enrole seus panos de bunda e volte para a Europa, que a corte tá muito puta com suas presepadas e desmandos aí neste cu-de-judas. Estamos anulando todas as suas ordens.
D. João VI
P.S.: Quem manda nessa porra sou eu!"
- No cú, pardal! - responde D. Pedro, que sai da moita, ajeitando as calças. Pega os papéis do Padre e os lê.
- Bem que lhe falei, Pedro. E agora? Fudeu tudo?
- É o que vamos ver.
Ao subir na mula, o Regente fala à guarda de honra que o acompanha:
- Escuta aí, ô cambada! Eu tou com a gôta! E quero mais é que a corte de Portugal se foda pra lá! Eu sou mais eu! Arranquem de suas fardas as fitas de Portugal! Tá anotando, Chalaça?
- Sim Senhor. "Independência ou morte...!
- Não foi isso que falei cacete!
- Vamos convir que isso fica melhor em documento oficiais do que mandar a corte se foder.
- Tá, tem razão. Que seja. Independência ou Morte, Porra! - Grita, já erguendo a espada. O pessoal da guarda se entreolha, confusos e sem muito entusiasmo. Então D. Pedro grita:
- Tá todo mundo de folga hoje a noite. Bedida e puta por minha conta!
A gritaria é geral, com os guardas arrancando as fitas com as cores portuguesas e jogando-as para o alto.
- Você sabe animar a multidão, majestade.
- É isso aí. E obrigado pelo majestade.
- Com essa sua diarréia, você vai para o trono antes do que imagina.
- Palhaço. Vamos embora que eu ainda tenho que compor um hino ainda hoje, antes de começar a farra.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
Entardecer Sertanejo
Continuo "navegando no meu caderno" (Ei, Nanda. Era assim antes do computer, tá?) e encontrei essa. Do tempo que eu era de esquerda... Desisti. PT? Argh!!!!
Como estamos em época de eleição resolvi a postar.
A noite é uma mentira,
assim como o dia foi,
morrem, um a um, meus sonhos,
como de sede morreu meu boi.
Calam-se as vozes e os lamentos,
na campina prospera a aridez,
no embalo de escaldante vento
que seca também o suor de minha tez.
flutuam no céu uma lua pálida
e esmaecida estrela de marfim,
um grito brota na noite cálida,
mas emudece dentro de mim.
Oro... Porque só me resta orar.
Para que lágrimas em nuvens se façam,
para que nuvens desabem um mar,
resgatando o verde dos que o desgraçam.
Oro... Porque só orar me resta,
esperar nos Santos e em Deus,
que o homem cumpra suas promessas
e lembre-se deste infeliz que o elegeu.
Como estamos em época de eleição resolvi a postar.
A noite é uma mentira,
assim como o dia foi,
morrem, um a um, meus sonhos,
como de sede morreu meu boi.
Calam-se as vozes e os lamentos,
na campina prospera a aridez,
no embalo de escaldante vento
que seca também o suor de minha tez.
flutuam no céu uma lua pálida
e esmaecida estrela de marfim,
um grito brota na noite cálida,
mas emudece dentro de mim.
Oro... Porque só me resta orar.
Para que lágrimas em nuvens se façam,
para que nuvens desabem um mar,
resgatando o verde dos que o desgraçam.
Oro... Porque só orar me resta,
esperar nos Santos e em Deus,
que o homem cumpra suas promessas
e lembre-se deste infeliz que o elegeu.
A aranha, o graveteiro e minha poesia
A aranha tece a teia.
Que fina e leve renda faz
criatura tão medonha e feia!
O graveteiro tece o ninho.
Que desastrada estrura faz
tão delicado passarinho!
Minha alma, quando verseja,
é aranha quando agoniada,
e graveteiro quando em paz.
Que fina e leve renda faz
criatura tão medonha e feia!
O graveteiro tece o ninho.
Que desastrada estrura faz
tão delicado passarinho!
Minha alma, quando verseja,
é aranha quando agoniada,
e graveteiro quando em paz.
Anjos e Santos
Já que fuçamos na infância, acabei achando mais essa, ainda mais "velha"... Datada: Out/69!
Fluem em vagas, como os oceanos,
as lembranças, quase nunca amargas,
dos tempos idos, de outros anos...
Bom mesmo era meu Anjo da Guarda!
Hoje me acodem os Santos.
São bons, mas nem tanto.
Não havia medo de nenhum perigo,
fosse qual fosse o inimigo,
imaginário ou real,
ao meu lado sempre estava meu Amigo
me livrando de todo e qualquer mal.
Hoje me acodem os Santos.
São bons, mas nem tanto.
Hoje me acodem os Santos.
São bons... Eu já nem tanto!
Às margens do Rio Capivari
Nas águas do Capivarí:
Sol, chuva e lua.
Menino nu.
Piau, tubarana, lambari...
Nas águas do Capivarí.
Nas margens do Capivarí:
Mata virgem, expectativa...
Cavalo baio,
motin de gaios,
ronco de bugio.
Pendurado nos ombros:
Bornal, munição, fuzil.
Junto:
A bravura dos meus doze anos,
os subestimados conselhos de meu pai,
a aflição de minha mãe,
e, se ela pudesse me ver,
a admiração de meu amor.
Na volta:
Alforge lotado com estórias,
de lutas e vitórias.
Houve uma pintada ferida,
a descoberta de uma trilha perdida,
e, para meu espanto,
um bicho desconhecido,
meio homem, meio animal, meio santo,
com nada natural parecido.
Minha irmã atenta,
meu pai complascente,
e minha mãe ocupada
em esquentar o jantar
de seu herói.
sábado, 4 de setembro de 2010
Estive lá
Estive lá
vi a serra
vi o currá
estive lá
vi a luá
vi o bambuzá
Estive lá
outros na casa
outros no pomar
estive lá
outras pessoas
outro lar
Estive lá
murmura o corgo
assovia o vento
estive lá
do corgo um cochicho
do vento um lamento
Saudades- saudades
Cadê Seo Mirto
Cadê D.Maria
Cadê os meninos
Cadê minha alegria
vi a serra
vi o currá
estive lá
vi a luá
vi o bambuzá
Estive lá
outros na casa
outros no pomar
estive lá
outras pessoas
outro lar
Estive lá
murmura o corgo
assovia o vento
estive lá
do corgo um cochicho
do vento um lamento
Saudades- saudades
Cadê Seo Mirto
Cadê D.Maria
Cadê os meninos
Cadê minha alegria
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Deleite
Teu abraço
lagoa morna
mergulho profundo
deleite
Tuas palavras
vento que assovia
murmurio gostoso
chuvisco no telhado
Teu beijo
doce gosto
fruta macia
prazer suculento
lagoa morna
mergulho profundo
deleite
Tuas palavras
vento que assovia
murmurio gostoso
chuvisco no telhado
Teu beijo
doce gosto
fruta macia
prazer suculento
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