Essas perdas, quem disse que necessárias?
Estancaram meu soluço
Secaram minhas lágrimas
Dilataram minhas narinas
Umedeceram minhas mãos
Paralisaram meus passos
Cortaram minha garganta
Calaram minha voz
Desenraizaram –me
No início, apenas um susto
Uma vaga consciência de perda.
Não reconhecimento do solo.
Amarga ausência.
Depois,
Espanto só.
O dia alimentou-se de seus segundos,
Faminto devorou seus minutos,
Guloso, sua hora... e agora?
O dia espetacular obeso...
Que me importa!
Espanto,espanto só
Não mais minha casa,
Não mais minha família
Não mais eu
Meu Deus, e agora?
Agora,abismo
Silêncio
Exílio
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Sina
A velhice esta chegando como uma sombra,tornando parda minha vida outrora colorida.
vem despontando por tráz da serra,trazendo um manto escuro,ofuscando minha alegria,meu sonho.Qual orvalho secando sob o sol da manhã minhas forças evaporando.Esvaindo sem retruco,sem oposição
vem despontando por tráz da serra,trazendo um manto escuro,ofuscando minha alegria,meu sonho.Qual orvalho secando sob o sol da manhã minhas forças evaporando.Esvaindo sem retruco,sem oposição
Perdi um companheiro
me dói a alma
me dói o peito.
Cadê meu ouvinte
Cadê meu irmão
dos causos de roça
dos causos de criação
Sabia ouvir
sabia interessar
interrogava na hora certa
A gente percebia seu interesse.
O brilho nos olhos
não negava sua satisfação
em me ver progredindo.
Você vai fazer falta
cunhado irmão
Tantas passagens me vem agora na mente
só para atormentar e atiçar a saudade
Você vai fazer muita falta a nós todos
Obrigado por ter existido
me dói a alma
me dói o peito.
Cadê meu ouvinte
Cadê meu irmão
dos causos de roça
dos causos de criação
Sabia ouvir
sabia interessar
interrogava na hora certa
A gente percebia seu interesse.
O brilho nos olhos
não negava sua satisfação
em me ver progredindo.
Você vai fazer falta
cunhado irmão
Tantas passagens me vem agora na mente
só para atormentar e atiçar a saudade
Você vai fazer muita falta a nós todos
Obrigado por ter existido
Cozinha
Mas que coisa boa, sô!
O blog ficou movimentado... Foi preciso fazer CD (C.. Doce) para a Ferreirada voltar a ativa.
É isso aí, a cozinha da Dona Lilia tem que manter unido esse bando.
Mas ainda está fazendo falta a presença de muitos: Cocada, Tarlei (que comentou, mas não postou)... etc,etc.
Beijos!
O blog ficou movimentado... Foi preciso fazer CD (C.. Doce) para a Ferreirada voltar a ativa.
É isso aí, a cozinha da Dona Lilia tem que manter unido esse bando.
Mas ainda está fazendo falta a presença de muitos: Cocada, Tarlei (que comentou, mas não postou)... etc,etc.
Beijos!
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Se lhe perguntarem meu nome,
silencie,
não diga nada.
Deixe-o guardado,
para o momento de menor recato,
ao ouvido apenas sussurrado.
Para quê gastá-lo?
Para quê diminui-lo?
Para quê desfazer seu encanto?
Melhor brincar com as sutilezas da vida,
que se entregar à seriedade fingida,
que busca ser mais do que é,
e por isso tanto aborrece.
Deixemos o mistério do signo,
em brincadeira insinuada,
ao zênite da lua,
quando minha carne se faz sua.
Meu nome,
que em repouso,
essa boca silencia.
silencie,
não diga nada.
Deixe-o guardado,
para o momento de menor recato,
ao ouvido apenas sussurrado.
Para quê gastá-lo?
Para quê diminui-lo?
Para quê desfazer seu encanto?
Melhor brincar com as sutilezas da vida,
que se entregar à seriedade fingida,
que busca ser mais do que é,
e por isso tanto aborrece.
Deixemos o mistério do signo,
em brincadeira insinuada,
ao zênite da lua,
quando minha carne se faz sua.
Meu nome,
que em repouso,
essa boca silencia.
sábado, 20 de agosto de 2011
Coisas de nego doido
Provavelmente eu diria
coisa linda é você!
Por que?
Porque é, porque linda voce é.
Provavelmente eu diria
não gosto de você!
Por que?
Ah tem dó!
Você é linda
e só!
coisa linda é você!
Por que?
Porque é, porque linda voce é.
Provavelmente eu diria
não gosto de você!
Por que?
Ah tem dó!
Você é linda
e só!
Para Rose (VIII)
Na ponta do reio
uma gota de suor do baio.
Valham-me bridões e arreios!
Desço a cava gritando como um gaio.
Na ponta do trem ela vem de lá.
Valha-me mundão,,
essa é quem eu hei
de pra sempre amar!
uma gota de suor do baio.
Valham-me bridões e arreios!
Desço a cava gritando como um gaio.
Na ponta do trem ela vem de lá.
Valha-me mundão,,
essa é quem eu hei
de pra sempre amar!
---
Mais recursos para o blog!
Pessoal, acrescentei uma opção de vizualizar o blog no formato mobile. Muito útil para os ferreira que acompanham os posts pelo celular!
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Roça
Cá na roça,
carroça,
beija-flor beijoqueiro,
bem-te-vi fofoqueiro,
canarinho violeiro...
Cá na roça,
calo,
cabo de enxada,
tez queimada,
camisa empapada...
Cá na roça,
Maria
cria
muitas crias,
carrapicho,
comidinha boa,
com cheiro de lenha e
capricho.
Cá na roça
boa fé,
se disse,
lei é.
Crenças, crendices,
histórias com e sem agá.
Cá na roça,
compadre pode se achegar,
tem café coado.
e boa broa de fubá.
---
Friedrich Wilhelm Nietzsche
"As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”.
---
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Deitou na relva e desenhou o espaço,
em um cosmo negro, abissal e todo pincelado de luzes.
De dentro de seus dedos delicados saiu o arco-íris,
que era o nome do espectro da luz,
e composto em número igual ao da escala musical.
Seria melodia dos pássaros primevos?
Há algo melhor do que gostar e ser gostado?
As nuvens, poderosas nuvens, também podem sentir isso?
Mas nuvens não sentem, não falam.
Nem comigo,
nem contigo,
nem consigo.
Não falam e pronto!
Mas, ah, como são cheias de vida e de sabedoria!
Como são ricas essas nuvens.
Ambíguas feito a realidade.
Antigas feito o planeta.
Prismas multicolores da humanidade.
Por que se digo,
e ainda assim não acredito,
aconteceu?
Por que se sinto o tempo único que sempre prevalece,
onde realmente me encontro?
Desisto.
Nada é mais manifesto que o leão sob o sol da savana africana,
que esteve em ti,
e que conosco arde:
“Boceje, mas cace, meu filho.
Se espreguice à sombra,
mas emane toda ardência que de tua alma transborda!”
Radiante que se liberta.
Constante dessa terra dos milénios sempiternos.
Das rezas e dos mitos e dos muitos fados que precedem a criação das nebulosas divinais e de toda matéria desse nosso universo imponderável.
em um cosmo negro, abissal e todo pincelado de luzes.
De dentro de seus dedos delicados saiu o arco-íris,
que era o nome do espectro da luz,
e composto em número igual ao da escala musical.
Seria melodia dos pássaros primevos?
Há algo melhor do que gostar e ser gostado?
As nuvens, poderosas nuvens, também podem sentir isso?
Mas nuvens não sentem, não falam.
Nem comigo,
nem contigo,
nem consigo.
Não falam e pronto!
Mas, ah, como são cheias de vida e de sabedoria!
Como são ricas essas nuvens.
Ambíguas feito a realidade.
Antigas feito o planeta.
Prismas multicolores da humanidade.
Por que se digo,
e ainda assim não acredito,
aconteceu?
Por que se sinto o tempo único que sempre prevalece,
onde realmente me encontro?
Desisto.
Nada é mais manifesto que o leão sob o sol da savana africana,
que esteve em ti,
e que conosco arde:
“Boceje, mas cace, meu filho.
Se espreguice à sombra,
mas emane toda ardência que de tua alma transborda!”
Radiante que se liberta.
Constante dessa terra dos milénios sempiternos.
Das rezas e dos mitos e dos muitos fados que precedem a criação das nebulosas divinais e de toda matéria desse nosso universo imponderável.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Sede
Nem sede sentia,
mas um copo d’água cairia bem.
Ah sim, cairia!
Assim ela veio,
olhei-a meio de esgueio,
figurinha estranha,
translúcida e feia,
lagartinha branca,
arrastando-se lânguida n’areia,
contudo, enterneceu-me,
constrangeu-me,
endoideceu-me...
Nem sede sentia
– talvez minguada agonia –
mas a alma zonza, zonza...
fez-se em esponja
a espera da chuva,
do vinho de macerada vulva,
entorpecida que estava por tantos adeus.
Assim ela veio,
Figurinha estranha,
frágil e soberana,
sorveu-me...
mas um copo d’água cairia bem.
Ah sim, cairia!
Assim ela veio,
olhei-a meio de esgueio,
figurinha estranha,
translúcida e feia,
lagartinha branca,
arrastando-se lânguida n’areia,
contudo, enterneceu-me,
constrangeu-me,
endoideceu-me...
Nem sede sentia
– talvez minguada agonia –
mas a alma zonza, zonza...
fez-se em esponja
a espera da chuva,
do vinho de macerada vulva,
entorpecida que estava por tantos adeus.
Assim ela veio,
Figurinha estranha,
frágil e soberana,
sorveu-me...
Jogado às traças!!
Este blog está mesmo jogado às traças, recoberto de teias de aranhas e prontinho para abrigar assombrações!
Pudera, o administrador tornou-se um relapso e os colaboradores desistiram de colaborar!
Aqui neste país tropical, o tempo de muda dos pássaros acabou. Engalanados, com plumagem renovada e canto afinado eles inciam o ritual de acasalamento visando dar continuidade às suas respectivas espécies...
Esperemos o blogueiro e colaboradores também se sintam renovados após essa curta, porém intensa, hibernação e que assim fortalecidos retomem o cultivo deste cantinho.
Ânimo crianças!!!
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