quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mário Quintana


Explicação Parcial


No outro dia escrevi que já tinha passado da idade de ler coisas sérias. Vocês hão de achar engraçadíssimo, mas aos quinze anos devorei literalmente Dostoievski e roí com avidez canina não sei quantas ossadas metafísicas. Éramos assim, os da minha geração. A gente queria apenas decifrar o mistério da alma, o sentido da vida, a finalidade do mundo.

No fim, só me restou a poesia, outro enigma...

É que pensei comigo então, passada aquela enorme azia transcendental, se tão formidáveis problemas não os decifrou Platão, nem Aristóteles, nem outros de igual tamanho... muito menos eu, ou tu, ambicioso leitor.

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Sinônimos


Confesso que até hoje só conheci dois sinônimos perfeitos: "nunca" e "sempre".

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