sábado, 30 de novembro de 2013

Brega



Brega...

Derramar flores aos seus pés.
Colher todas as estrela
E as lhe oferecer,
Ajoelhar-me aos teus pés.

Brega...

Colher as uvas
E derramar o vinho em seu ventre
Apenas para o colher no seu umbigo.

Brega...

Ver em seu olhar,
Luas e diamantes,
De seus cabelos
Escapar colibris.

Brega...

Brega, minha bela,
Minha eterna Cinderela.
Sendo por você,
Amor meu,
Serei eternamente,

Brega...

domingo, 24 de novembro de 2013

Sim, a vida é assim


Sim
A vida é assim.

Do caralho!

Maçãs, uvas,
Cebolas e alhos.

sim.
A vida e assim.

Do caralho!

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Errar é Divino



Se Deus me fez,
fez mal,
Muito mal.

Amanheço
Anoiteço
Como
Bebo...

Azar meu,
Dois ou três dias depois,
Feijão e arroz.

Digo adeus.

Mudando de assunto



Mudando de assunto,
Melhor molhar o ar,
Mudar...

Neblina,
Fina...

Cabeça sem lugar.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Retornando...





Andei um tanto desanimado com este Blog. Não, nenhuma razão específica. Acho que apenas me enchi... Mas sabem com é... Fica sempre aquela vontade de voltar a ativa.
 
Então, hoje fiz um quase nada: Postei uma foto nova no cabeçalho.
 
Essa foto foi obtida quando eu e Rose retornávamos de uma pescaria no Pantanal, lá pelos lado da Fazenda do Descavaldo.
 
Bonita, não?
 
Quem sabe me motivo de novo...

***

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

.....



Povoe de aves minha nave.

Semeie libélulas em minhas células.

Melodiosa medusa.

Seduza: serpenteando.

Reduza: redundando.

Sereia extravagante.

Musa e amante.

Que destece minha eterna entropia;

rejuvenesce e motiva minha estadia.

Acerte-me com todo seu feitiço,

e me vicie ao sabor do seu viço,

e me alimente da morte que sua paixão acende.

Encharque-me dessa sua interminável chuva;

minha chaga e minha cura;

minha causa e minha fuga.

Fissura.

Musa e amante.

Povoe de aves minha nave.

Melodiosa medusa.

Semeie libélulas em minhas células.

 

sábado, 28 de setembro de 2013

A fonte.

Da fonte jorra um jorro
Cristalino...
Não bastam foices, sequer enxadas.
Tão pouco o desejo
- O desejo usualmente a si basta -

Da fonte jorra um jorro
Mas a sede é sempre  maior
Do que o jorro que a fonte jorra
Não bastam punhos e braços
Tão pouco o desejo

O que resta após todo esforço
É apenas um olhar triste entristecido...


Envelhecido.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Entenda se puder

Tua culpa é ser feliz
sua risada incomoda
tua alegria irrita.
Não estamos acostumados
a levar a vida de maneira leve
Somos sérios sisudos

O rio é alegre
às vezes encachoeirado-cantante
as arvores não seguem padrões
as vezes são tortas
bailam alucinadas ao vento

Não gostamos de brincadeiras
afinal de contas
a vida é para ser cumprida
e não vivida de modo aleatório

Ás vezes penso
que a natureza
devia ser mais exata
por que é tão inconstante
tão linda,tão mistica.
Viver vale a pena.

sábado, 7 de setembro de 2013

Câmbio automático: Primeiras impressões.



Beirando os meia quatro, comprei uma belíssima HYLUX, completissima, flex, quatro por quatro e... Automática! Meu primeiro carro com câmbio automático! E essas sao minhas primeira impressões:

- Com o cambio mecânico de antes, a decisão de usar a primeira ou quinta era minha. Assim, na entrada de uma curva acentuada, eu que vinha a 140 ou até 160, metia o pé nos freios, enfiava uma teceira, ou quarta, como requerido, e saia com 110 ou 120 no velocímetro.

- indisciplina... Eu sei.

-  No cambio automático, eu aciono os freios e deixo o carro decidir por mim como eu vou sair de lá, e saio a 80 no maximo a 100... Ou seja, se segure camarada, quem manda aqui sou eu e e eu sou disciplinado.

- o cambio automático me botou no devido lugar de um senhor de idade, comportado.

- para quem conhece, exemplifico melhor: O cambio automático eqüivale ao Marengo. Umb belo queimado, de excelente marcha, tranquilo, que nem voltando para casa resfolegava. Na dele, imponente, marchava suave, sem solavancos, para alegria, principalmente, das mulheres. O cambio mecânico ao Moleque ou Corsário, prontos para arrancar, disparar e até jogar no chão o inábil peão.

- Moleque duro, trotao, Corsário marchador, suave, mas nao era isso o que se esperava nem de um e nem do outro. Indisciplina, ardência, fogo, espuma na boca... Cambio mecânico.

- cambio automático... Acho que vai me ensinar.

Ou talvez, me domesticar.... Ainda que tardiamente.




---



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Reflexões etílicas (?)

O dinheiro é bão,
mas é um cão.
Por ele valores se vão
Só nele se vive em vão.

Traz poder, acha-se o tal,
mas saiba: é do mal,
Por ele se torna um boçal,
só nele a vida é banal.

Traz o prazer,tudo parece anil,
mas,lá delineia-se o ardil.
Só nele a vida é vil,
mas sem ele, onde já se viu?

Entre o remédio e o veneno
o limite é pequeno.
E a ciência da lida,
dita como vai a vida.

Esse é um poema de autoria do Nelson, o título... apenas contextualizei!

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Iniciacao

Arrelampiou na escuridao
zóio de gato
anssim meio rasgados
zóio felino
cabocla do mato

No fundo do galpäo
zóio de gato
anssim meio espichados
zóio faminto-ronrorando
simulando o ato

Fui aproximando-negaceando
zóio de gato
fingindo näo perceber
zöio amarelado
pronto para o prazer

Fui de supetäo
Zöio de gato
fingiu que näo
zöio dissimulado da Capitu
de cacador
virei caca

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Natural


Quem sabe eu ainda
Tenha chance de cultivar uma horta
Quem sabe.
E que ela baste
Para eu e os meus viver.
Quem sabe...

Na manhã abrir a janela
E respirar... Ar
Eu e ela, na manhã,
Hortelã
Leite com café.

Quem sabe ainda,
Um dia,
Eu corra o dia suado,
E ao fim do dia
Me recolha no ninho
Realizado.

Natural... Quem sabe um dia.


&&&

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Saudade Caipira


Aperto nu coração,
É ruim e é bão.
 
É bão causdique
Nus ovidu a sodade cochicha
Du tanto qui eu gosto d'ocê,
Di minha pequena lagartixa
 
E é ruim
Causdique ficar longe,
– me acode, Jisuiz Cristim! –
Di minha desmilinguida lesminha

É o fim.

 
***

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Queria entender;
não compreendo.
Queria morrer;
vou vivendo

Onde vou
se nem sei onde estou
Como chegar
se não quero partir

Violão

Inté meu violão
embora na cidade
percebeu
que sou do sertão

Ficou satisfeito
pois lembrou
do seu passado
do que ele foi feito

Madeira do sertão
madeira de lei
sonoridade cabocla
que canta com paixão

Encostado no meu peito
aconchegou-se com jeito
e gemeu em dueto perfeito
com a minha solidão

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Cataratas


Besteira de Deus.
Rio errou o caminho
E despencou escarpa a baixo
Espumando, rugindo fracasso...

Não acho!

***

Giovani Baffô



 


 


Em casa
de menino de rua
o último a dormir
apaga a lua











***

sábado, 27 de julho de 2013

No que me coube....




No que me coube
eu sempre soube
cheguei o reio...
teve filhos da puta no meio
e eu sem arreio,
mas no que me cabe
faço o que cabe

estou aí para disputar.

Chamem a policia pra sangrar.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Coitadinhos

Nos, os coitadinhos,
temos, entre outros, o defeito
de termos pena de nós mesmos
e de querermos dos outros a mesma dó.

Coitadinhos de nós!
Se há algo que merecemos
é a dor que a nós impusemos.

***

sábado, 20 de julho de 2013

Cotidiano dos ausentes


Hoje, assim como ontem,
nao disse bom dia, meu  amor!
Nao ouvi que errei no pó.
Ontem, assim como hoje,
me sinto tão só!

terça-feira, 9 de julho de 2013

Versos - Tarlei




De vez em quando, tenho que resgatar versos, textos..., perdidos em "comentários" e os trazer para a "primeira página".

Como estes do maninho Tarlei.
Lembranças
que nada valem
embaralho
na imaginação
como retalhos
tempos idos
peito em frangalhos

Capiau
caipira
Natural
natureza
Teu visgo
nele insisto
estar preso
quase que como
uma mosca na teia.
***

Abismo II



Frágil. Sustentando-se há tanto, a vidraça estilhaçou.

Contorcendo-se de dor no estômago vomitou sangue

Sobre a serpente enrrodilhada junto aos seus pés. O bote é iminente.

O ribombar do trovão ecoou também em suas vísceras amorfas,

Inutilizando-as ainda mais. Um soco formidável num feto sem vida

Que o prostou de joelhos, com a cara esboroada entre as mãos.

 

Ora, ora... O vulto que se aproxima não lhe mete mêdo,

Apenas o odor que exala – terra bolorenta e velas apagadas –

Causa-lhe certo asco. E as mariposas fosforecentes que o circundam,

O desconforto de saber-se em pouco roído por malditas larvas.

No mais, alívio... A poucos passos está o alento definitivo

E, finalmente, o desfecho exato para séculos de solidão.

 

Não há mais o que temer. Nenhum risco na serpente aos seus pés.

O abismo o traga, mas a bruma é leve e surpreendentemente doce.

Súbita calma organiza e cataloga, uma gaveta para cada mistério,

Todos os seus dias, fragmentando sua existência até que nada mais reste.

Agora é só cerrar as janelas e lentamente deixar a paisagem desvanecer.

Sorver o ar num último trago e entregar-se, contrito, à imensidão.
 
 
***

 

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Zumbizinado




Zumbem nos meus ouvidos,
Desde minha alma,
Palavras, frases, estrofes...
Porque zumbem assim tão desconexas?
Poesia? Duvido!
Nada presta.
 
Mas zumbem.
Abelha colhendo mel?
Zumbe.
Estrela despencando do ceu?
Zumbe.
Flor se abrindo?
Zumbe.
Lua subindo?
Zumbe.
Sapo coachando?
Zumbe.
Seriama cochilando?
Zumbe.
Juriti no mato sombreado?
Zumbe
Cheiro de barranco molhado?
Zumbe
Rio deslizando entre pedras?
Zumbe.
Hera que da fresta medra?
Zumbe.
 
Zumbe e zumbe tudo.
E eu, mudo,
Meio que pasmo,
ainda calado,
fico assim zumbizinado.
 
E, então, disperso
zumbo versos.
 
***

 

sábado, 22 de junho de 2013

Um beijo de amor, um merecido beijo de amor....



quero um beijo
um beijo
que antes que os lábios se toquem
role
um mês, uma semana, um dia...
de olhar
de tocar
de roçar...
quero um beijo
um merecido beijo
disputado
conquistado
não escorregado
não roubado
quero um beijo
que me beije
que eu beije
que eu deseje
que me deseje
quero um beijo
um beijo
além do desejo

um beijo

um beijo merecido
um merecido beijo de amor!

...


sábado, 15 de junho de 2013

Ok... Um cigarro!



Ok,
se eu ainda fumasse,
um cigarro,
me faria  muito bem agora.

Ok.
a fumaça queimando as narinas
a conversa na esquina
a lua emoldurada na janela
a revolução
debulhando idéias
e  ideais....
ideias...
meu  olhar, seu olhar
e ela
ela
maltratando o corpo e coração.

Ok.
A felicidade ali
pendurada no varal
quarando no quintal
animal...

Ok
desceram rua abaixo
subiram rua acima
num só grito:

Salvem o que carece ser salvo!

Ok
Pena  que a tv
faz de tudo um show
(Assim foi, assim sempre será)!

Ok
que pena
não fumo mais

Ok
Que pena
não fumo mais

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Carta aberta à Ferreirada


Antes de mais nada quero enaltecer e valorizar as letras colelianas, bem como sua constância. Apesar de meus poucos comentários, que prometo hão de se tornar mais assíduos, essa breve ausência de textos me sobressaltou. Siga compartilhando conosco de suas pedras pantaneiras, meu tio. A "Quase rubronegrei" me fez gargalhar, enquanto que aos poemas e aos textos, o que comentar? Pérolas! Preciosidades! Perolidades!

Bem, passada essa temporada das colisões, entramos na dos casórios. Ufa e ojalá! Os bons velhinhos andaram se mantendo muito ocupados e, como sempre, belos têm sido os seus trabalhos. Mas demos um desconto doravante aos dois, uma colherzinha de chá para que possam descansar e namorar por seus pomares e jardins a perder de vista na vastidão do infinito...

Então feito o encômio, vamos ao arroz com feijão: me valendo do casório próximo de nosso ilustre Pequique - vulgo Pedro Henrique ou Pedrão, mais recentemente - e das férias acadêmicas e da necessidade de minha digníssima por férias e por viagens, eis que ao útil uno o agradável. A partir do dia 13, justamente, pretendemos passar uma semaninha em terras goianas, entre aqueles Ferreiras que as Goiás habitam. Estamos abertos a itinerários, sugestões, hospedagens e cafés-da-manhã. Estamos aí para o que der e vier. Para termas e para hippies; para fazendas e para alienígenas. Enfim, para celebrar essa nossa breve passagem pelo planeta azul. Para o espaço e avante!

sábado, 25 de maio de 2013

Balão



Digo a você,
acredite se quizer,
o meu amor,
Ah o meu amor,
é uma bolha
pendurada numa gota de ar.

***

Fazendo um poema de amor.


Fazendo um poema de amor:
Dilema
chave
palavra
bonita
amor
amar
ridiculo...

Fazendo um poema de amor:
flor.
...
Lua... Luanar
Sol... por de sol.
Beijo... luasolnar

Fazendo um poema de amor:
Melhor não fazer
Deus do céu
que saudade sinto de voce.

***

terça-feira, 21 de maio de 2013

Morre tecladista do "The Doors"

 
 
(Extraído de G1 - O Globo)

 

Morre Ray Manzarek, tecladista e fundador do Doors

Músico tinha 74 anos e lutava contra um câncer no ducto biliar.


Um dos maiores tecladistas do rock, ele tocou em hits como 'Light My Fire'.



Do G1, em São Paulo

 
Ray Manzarek, tecladista e fundador do Doors, em show em 2012 (Foto: AP/Chris Pizzello)
 
Ray Manzarek, tecladista e fundador do Doors, em show nos EUA em agosto de 2012 (Foto: AP/Chris Pizzello)
 
 
Morreu Ray Manzarek, tecladista e membro original do Doors, grupo de rock liderado por Jim Morrison, nesta segunda-feira (20). O anúncio foi feito por meio do Twitter e do Facebook oficiais da banda. Manzarek tinha 74 anos.
 
O músico norte-americano morreu na Clínica Romed, em Rosenheim, Alemanha, após batalha contra um câncer do ducto biliar. Ele estava ao lado de sua esposa Dorothy Manzarek, e de seus irmãos Rick e James Manczarek.
Manzarek, nascido em Chicago, foi um dos mais notáveis tecladistas da história do rock. Seu trabalho com o instrumento na banda, na época em que a guitarra era dominante, adicionou um tom sombrio que se juntava bem à imagem de Jim Morrison. A banda também incluía o guiarrista Robby Krieger e o baterista John Densmore.
O Doors foi formado em 1965, quando Manzarek se encontrou em Venice Beach, em Los Angeles, com o então poeta Jim Morrison. A banda se envolveu em polêmicas e vendeu mais de 100 milhões de discos no mundo inteiro. O sucesso veio por causa de músicas como "Break on through to the other side", "The end," "Hello, I love you" e "Light my fire".
 
Em foto de divulgação antiga dos The Doors, Ray Manzarek é o terceiro da esquerda para a direita, de óculos escuros (Foto: AP)
 
Em foto de divulgação antiga dos The Doors, Ray
Manzarek é o terceiro da esquerda para a direita,
de óculos escuros (Foto: AP)
 
Morrison morreu em 1971. Manzarek passou a ser um autor best-seller, além de manter uma carreira solo. Em 2002, voltou a fazer uma turnê para fãs do Doors ao lado do parceiro Robby Krieger.
"Fiquei profundamente triste ao ouvir sobre o falecimento do meu amigo e companheiro de banda Ray Manzarek", disse Krieger, em comunicado divulgado pelo Doors nas redes sociais. "Estou feliz por ter sido capaz de ter tocado canções do Doors com ele durante a última década. Ray foi uma grande parte da minha vida e sempre vou sentir falta dele", completou o músico.
Manzarek deixa sua esposa, Dorothy, os irmãos Rick e James Manczarek; e também o filho Pablo Manzarek.
 
 
***


segunda-feira, 20 de maio de 2013

Grandes poetas, grandes poemas - 3



O APANHADOR DE DESPERDÍCIOS

Manuel de Barros



Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fadigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou mais respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo inseto mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amos os restos
como as boas moscas.
Queria que minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.


***

sábado, 18 de maio de 2013

Quase rubroneguei... Mengo!


Foi assim:

Eu, Cruzeirense como sou, tenho cá comigo o meu lado insuportável  (muitos aprovam outros odeiam) mas, para minha desgraça (nem tanto assim) minha prole é flamenguista.

Domingão, primeiro jogo da final do estadual de 2013 eu e minha neta "discutiámos"; eu trajando a maravilhosa zul celeste e Bela, cinco aninhos, por influências malígnas, uma camisa vermelho é preta horrorosa.

- Cruzeiro é o melhor, é o máximo...

- Não é não, vovô. É o FLAMENGO.

- É nada, o CRUZEIRO é muito melhor... ZERO!!

- MENGO!!!

E assim foi o dia, até as dezesseis.

Rolou o jogo e o CRUZEIRO perdeu fácil ... Pro arquirival.

- Está triste vovô?

- Tô muito triste, muito puto!

 - Fica triste não, vovô. Vira flamengo vovô... Por favor, vovô.

...

- Por favor!

Quase "rubroneguei"....


***

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Brasinha


A foto da maninha Cocada... Meu Deus! A famosa (famosíssima) fanfarra do Colégio Estadual Dr. João Batista Hermeto, em Lavras-MG, na qual Eu, o Stoessel e o Atanasio estávamos entre os, não menos famosos,  "bumbeiros"...

Juntamente com o Otto Penido tínhamos alguma influencia na organização da banda e com apoio do Professor Nelson, deixamos nossas marcas como o Brasinha estampado no couro dos bumbos e também nas costas do moletom amarelo com listra preta nas mangas, usado nos desfiles de 7 de setembro e nas excursões por cidades vizinhas.

Na época, o Brasinha se tornou o símbolo do Estadual e, quando dos jogos intercolegiais, era comum o ver em nossas bandeiras tendo um papagaio (representando o Instituto Gammo - cujo uniforme era verde) espetado no seu tridente.

O Gammon era muito mais estruturado, com um centro esportivo incomparável e nos a terceira forca, abaixo, muito abaixo, do colégio N S Aparecida que, por sua vez, também não era páreo para o Gammon.

Restava-nos o orgulho e a raça que sempre resultava em "O importante e competir".


BRASINHA

(WikipédiA)

Hot Stuff, the Little Devil (Brasinha, no Brasil e Portugal) era uma personagem de história em quadrinhos, publicada pela editora estadunidense Harvey Comics (responsável também por Gasparzinho e Riquinho, nomes no Brasil) a partir de outubro de 1957.

Em língua portuguesa Brasinha foi publicado pela Editora O Cruzeiro, Editora Vecchi e finalmente pela Rio Gráfica Editora, nos anos 60 e 70.1

Howard Post e Warren Kremer foram os principais desenhistas das histórias do Brasinha, sendo o último seu criador. O humor inventivo de Howard Post dominou os temas das estórias durante anos. Warren Kremer também ilustrou Miudinho por muitos anos, tendo sido também responsável pela maioria das capas das revistas do Brasinha.

Personagens que frequentemente apareciam no Gibi: Miudinho e Lelo.

O personagem Brasinha está fora de circulação ha muitos anos mesmo nos Estados Unidos, seu país de origem. Atualmente há uma compilação de algumas estórias classicas de Brasinha no especial Harvey Classics nº 3 pela Dark Horse Comics.

Diferente de Gasparzinho, Brasinha nunca teve um desenho animado, suas vendas também nunca atingiram grandes patamares apesar de roteiros e desenhos superiores. Seu lado sombrio não era facilmente deglutível pela sociedade conservadora americana.

No Brasil, Brasinha concorria em paridade de vendas com gibis infantis já consolidados no mercado nacional como Turma da Mônica e Disney. No final dos anos 80 com a queda nas vendas, a RGE 
deixou de publicar o gibi e nenhuma outra editora se interessou em dar prosseguimento a publicação. Em janeiro de 2013 foi confirmada a volta da publicação em língua portuguesa pela Pixel Media, selo da Ediouro Publicações2

A modelo cubana Vida Guerra tem uma tatuagem da personagem.

O America Football Club e o América Futebol Clube (São Paulo) o tem como Mascote.



...



segunda-feira, 6 de maio de 2013

Grandes poetas, grandes poemas - 2




Versos íntimos

(Augusto dos Anjos)


Vês? Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te a lama que espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca que te beija.

***

domingo, 5 de maio de 2013

Inexorável



Adiante desfilam.
Quantos desejam voltar?
Mas não agora.
A estrada se desfez
as pernas fadigadas
o passado não sobreviveu
e, sobretudo, ninguém a esperar.

Adiante desfilam.
Quantos desejam se matar?
Mas não agora.
acabou o gás
a corda é podre
o chão é fluído
e munição não há.


***