sexta-feira, 28 de junho de 2013

Zumbizinado




Zumbem nos meus ouvidos,
Desde minha alma,
Palavras, frases, estrofes...
Porque zumbem assim tão desconexas?
Poesia? Duvido!
Nada presta.
 
Mas zumbem.
Abelha colhendo mel?
Zumbe.
Estrela despencando do ceu?
Zumbe.
Flor se abrindo?
Zumbe.
Lua subindo?
Zumbe.
Sapo coachando?
Zumbe.
Seriama cochilando?
Zumbe.
Juriti no mato sombreado?
Zumbe
Cheiro de barranco molhado?
Zumbe
Rio deslizando entre pedras?
Zumbe.
Hera que da fresta medra?
Zumbe.
 
Zumbe e zumbe tudo.
E eu, mudo,
Meio que pasmo,
ainda calado,
fico assim zumbizinado.
 
E, então, disperso
zumbo versos.
 
***

 

sábado, 22 de junho de 2013

Um beijo de amor, um merecido beijo de amor....



quero um beijo
um beijo
que antes que os lábios se toquem
role
um mês, uma semana, um dia...
de olhar
de tocar
de roçar...
quero um beijo
um merecido beijo
disputado
conquistado
não escorregado
não roubado
quero um beijo
que me beije
que eu beije
que eu deseje
que me deseje
quero um beijo
um beijo
além do desejo

um beijo

um beijo merecido
um merecido beijo de amor!

...


sábado, 15 de junho de 2013

Ok... Um cigarro!



Ok,
se eu ainda fumasse,
um cigarro,
me faria  muito bem agora.

Ok.
a fumaça queimando as narinas
a conversa na esquina
a lua emoldurada na janela
a revolução
debulhando idéias
e  ideais....
ideias...
meu  olhar, seu olhar
e ela
ela
maltratando o corpo e coração.

Ok.
A felicidade ali
pendurada no varal
quarando no quintal
animal...

Ok
desceram rua abaixo
subiram rua acima
num só grito:

Salvem o que carece ser salvo!

Ok
Pena  que a tv
faz de tudo um show
(Assim foi, assim sempre será)!

Ok
que pena
não fumo mais

Ok
Que pena
não fumo mais

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Carta aberta à Ferreirada


Antes de mais nada quero enaltecer e valorizar as letras colelianas, bem como sua constância. Apesar de meus poucos comentários, que prometo hão de se tornar mais assíduos, essa breve ausência de textos me sobressaltou. Siga compartilhando conosco de suas pedras pantaneiras, meu tio. A "Quase rubronegrei" me fez gargalhar, enquanto que aos poemas e aos textos, o que comentar? Pérolas! Preciosidades! Perolidades!

Bem, passada essa temporada das colisões, entramos na dos casórios. Ufa e ojalá! Os bons velhinhos andaram se mantendo muito ocupados e, como sempre, belos têm sido os seus trabalhos. Mas demos um desconto doravante aos dois, uma colherzinha de chá para que possam descansar e namorar por seus pomares e jardins a perder de vista na vastidão do infinito...

Então feito o encômio, vamos ao arroz com feijão: me valendo do casório próximo de nosso ilustre Pequique - vulgo Pedro Henrique ou Pedrão, mais recentemente - e das férias acadêmicas e da necessidade de minha digníssima por férias e por viagens, eis que ao útil uno o agradável. A partir do dia 13, justamente, pretendemos passar uma semaninha em terras goianas, entre aqueles Ferreiras que as Goiás habitam. Estamos abertos a itinerários, sugestões, hospedagens e cafés-da-manhã. Estamos aí para o que der e vier. Para termas e para hippies; para fazendas e para alienígenas. Enfim, para celebrar essa nossa breve passagem pelo planeta azul. Para o espaço e avante!