Sinto falta
vazio
oco na alma
às vezes
perco a calma
Fico só
ouço o lamento
do jaó
solidão
de causar dó
A feliz zoeira
da chegada
junto à porteira
não ouço
nem vejo poeira
Estes atalhos
pedaços de tempo
retalhos
que na mente
embaralho
Mina dor doída
é saber
minha infância querida
que não voltas
para curar minha ferida
No chicuta
meu pai querido
cabra batuta
não mais
labuta
No capivari
não mais peleja
caboclo dali
Conversando com a solidão
percebi que não mais
geme o portão
que não mais
entoa bonequita o violão
Tio, não há solidão, pois a continuidade somos nós e os nossos. O ciclo é interminável e a transitoriedade atesta: aqueles que existiram e aqueles que existirão são tão concretos quanto os que existem. Pode parecer estranho, mas sinto como verdade. Fiquem com Deus. Thiago.
ResponderExcluirA propósito, lindos versos.
ResponderExcluirGosto tanto de seus versos...
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