Fazenda da Guanabara, 11 de dezembro de 2005.
Dos restos, ficou apenas o engasgo,
Gosmas atravessadas no por de sol,
Os gemidos encarcerados por reis magos,
E a vida que segue chafurdando no lamaçal.
É natal.
Despertai almas deprimidas
Espelhos estilhaçados desdenham sua dor
E expõem suas sórdidas feridas
Às asperezas do amor.
É natal.
Despertai instintos suicidas,
Que as noites estão inundadas de solidão
Que as lágrimas secaram como secou a vida.
Que dezembro é dezembro e dezembro é fim.
É natal.
Ah, sim. Todos se foram...
Ficaram apenas os doidos
E suas imagens enluaradas
Tremulando nas águas do rio.
Despertai poetas adormecidos!
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