sexta-feira, 9 de abril de 2010

Moleca de rua

Mais um poeminha para encerrar a semana e antes de eu sair para tomar uma gelada:

Moleca de rua

Os tropeços da alma doem mais.
Os joelhos ralados, as palmas esfoladas,
não são nada, mamãe assopra e passa.
Mas o que fazer se minha alma é desenfreada?

Se é moleca,
sapeca,
de rua,
nua,
inocente,
indecente,
inconseqüente,
e pura?

Se aquieta, alma desatinada,
que a prudência é amiga
não abre tantas feridas,
e nem lhe põe a cabeça sob a espada.

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