Indagas-me acerca da felicidade,
a resposta a tenho na ponta da
língua,
para que a flor não feneça a
míngua,
para que não mingue o desejo por inutilidade.
Separar pétalas húmidas de orvalho,
perscrutar doce vão com intensa
brandura,
sugar o mel como o faz, com seu
trabalho,
a abelha, extraindo da flor toda doçura.
Interrogas-me acerca dos odores e
do gozo,
na ponta da língua, no tempo
exato, os trago,
fantasias, lisérgicos, indomados
pássaros de fogo
emulando um paraíso etéreo em
tenros afagos.
Perguntas-me acerca da felicidade,
perceba que nela, neste instante,
naufragas
tecendo com estrelas etéreas
divindades,
que pouco a pouco hão de extinguir tuas
brasas.
***
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