quinta-feira, 23 de abril de 2009

Aniversário Isabela

Para mim a compreensão do sentido da vida tem vindo aos poucos, a conta gotas, e muito provavelmente quando for plena não mais se fará necessária.

Isabela é uma destas gotinhas, talvez a mais preciosa delas.

Em 28 de abril de 2009 completa-se um ano desde que essa doçura chegou na forma de neta, desde que chegou essa coisinha linda, capaz de fazer um senhor de cabelos brancos voltar a ser criança dentro de uma piscina.

Espero merecer este olhar para sempre!

Pois bem, os pais de minha neta - é claro que com sua chegada perderam o posto de minha filha e meu genro para mãe e pai de minha neta, respectivamente - gostariam muito que todos os Ferreira se fizessem presentes na festinha que prepararam: dia o2/05/2009, as 16h00min, em Macaé.

Vocês podem até estar questionando: "Porque não uma foto da família? David, Marcele e Isabela?" Tá certo... E vocês acham que eu perderia uma oportunidade destas?

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ostara


FELIZ PÁSCOA, FERREIRADA!


A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra "páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.

De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. A celebração de Ostara, comemora a fertilidade, um tradicional e antigo festival pagão que celebra o evento sazonal equivalente ao Equinócio da primavera. Algumas das tradições e rituais que envolve Ostara, inclui fogos de artifícios, ovos, flores e coelho.

Ostara é o espelho da beleza da natureza, a renovação do espírito e da mente. Seu rosto muda a cada toque suave do vento. Gosta de observar os animais recém-nascidos saindo detrás das árvores distantes, deixando seu espírito se renovar.

Os símbolos tradicionais da Páscoa vêm de Ostara. Os ovos, símbolo da fertilidade, eram pintados com símbolos mágicos ou de ouro, eram enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses. É o Ovo Cósmico da vida, a fertilidade da Mãe Terra.

A Páscoa foi adaptada e renomeada pelos cristãos, do feriado pagão Festival de Ostara, da maneira que melhor lhe convinha na época assim como a tradição dos símbolos do Ovo e do Coelho.

A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo "o primeiro Domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março.

A festa da Páscoa passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na Quinta-feira santa.

Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu. As imagens deste momento são a morte de Jesus na cruz e a sua aparição. A celebração sempre começa na Quarta-feira de cinzas e termina no Domingo de Páscoa: é a chamada semana santa.

A Páscoa de cada um.

Antigamente, não sei quão "antigamente", os ovos de páscoa eram tão somente ovos comuns de galinhas (também comuns), esvaziados da clara e da gema, pintados em cores vivas e com motivos alusivos ao evento. Posteriormente, estes ovos passaram a ser recheados (não me perguntem como) com amendoins revestidos com açúcar e chocolate. Tais ovos eram colocados em ninhos escondidos, em busca dos quais a criançada partiam em grande algazarra.

Contam que num sítio muito pobre, enquanto procuravam por seus ovos, as crianças viram um enorme coelho branco, de orelhas muito compridas, saindo em disparada de uma moita de capim... Justo onde havia sido escondido o ninho com grande quantidade de ovos de páscoa. Eufóricas, as crianças voltaram até seus aos berros, dando conta de que haviam sido presenteadas pelo "coelhinho da páscoa"!

Verdade? E quem duvida?

Lá em casa, quando as crianças eram realmente crianças, costumavamos esconder os ovos (de chocolate, naturalmente!) nos mais impossíveis esconderijos. Contudo, para lhes facilitar a busca, deixavamos pegadas no carpete, obtidas pressionando as pontas dos dedos sujas de talco contra o tapete, como se fossem pegadas do coelhinho (juro que acreditavam!).

Depois, era uma "lambuzação" só... De chocolate e alegria!

E vocês, o que contam de suas páscoas?

sábado, 4 de abril de 2009

Serra do Rola-Moça



Este Post é dedicado aos Ferreiras de Belo Horizonte, ou Beagá, ou Belzonte, ou Belô, como também é conhecida a Bela Capital Mineira – a maior roça do planeta – famosa pelos seus inúmeros botecos, pelo pão de queijo, pela beleza das mulheres e, claro, pelo jeito único belorizontino de ser. Mas isso é assunto para outro post que poderia muito bem ficar a cargo dos Ferreira que lá estão.

Aqui quero falar da “Serra do Rola-Moça” (sem hífen na nova ortografia?). Porque? Ora porque me deu vontade, uai!

O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, é um parque brasileiro situado no estado de Minas Gerais. Está situado na região metropolitana de Belo Horizonte.
Criado pelo Decreto Estadual nº 36.017, em 27 de setembro de 1994, protege uma área de 3.941,09 hectares e abrange os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brmadinho, incluindo as bacias dos cursos d’água Taboão, Rola-Moça, Barreirinho, Barreiro, Mutuca e Catarina. O Parque foi criado em uma área de mananciais importantes para o abastecimento da região. Por isso, é uma área de proteção especial, cujas áreas de mananciais permanecem fechadas à visitação e ao turismo.
No Rola-Moça estão incluídas paisagens características de Mata Atlântica, Cerrado, Campos de Altitude e Campos Ferruginosos, além de alguns mirantes, como o Mirante do Morro dos Veados, localizado na estrada que corta o parque e chega ao distrito de Casa Branca onde são proporcionadas belas vistas panorâmicas. O relevo do parque é extremamente acidentado, incluindo algumas serras como a Serra do Rola-Moça, Serra do Jatobá, entre outras.
Apesar do inverno rigoroso, o Parque apresenta uma temperatura média amena de aproximadamente 25°C. A vegetação é de uma zona de tensão ecológica, isso significa que existem transições bruscas de Mata Atlântica para Cerrado e Campos de Altitude, o que faz com que a vegetação seja bastante diversificada, possibilitando encontrar espécies como: ipê, cambuí, aroeira branca, xaxim, sangra d'água, canela, unha-de-vaca, pau-d'óleo, quaresmeira, cangerana, cedro, carne-de-vaca, cambotá, pau-ferro, pequi, jacarandá do cerrado, ipê-cascudo, murici, jatobá-do-cerrado, pau-santo, pau-de-tucano, araticum e canela-de-ema.
O Rola-Moça possui uma mastofauna bastante diversificada, incluindo: onça parda, jaguatirica, gato mourisco, gato do mato, lobo-guará, raposa, mão-pelada, coati, irara, lontra, ouriço, preá, tamanduá-de-colete, tatu-peba, tatu-galinha, caititu, veado catingueiro, veado campeiro, guigó e mico-estrela.
Os principais atrativos do parque são seus mirantes, que possibilitam vistas únicas e incomparáveis. Os principais mirantes são: Mirante das Três Pedras, Mirante do Planeta, Mirante do Jatobá e Mirante Morro dos Veados. Além dos mirantes, o Parque tem ainda como atração os Campos Ferruginosos, que são extremamente raros, sendo encontrados, no Brasil, somente nessa Unidade e em Carajás (Pará). Por esse motivo, nestes campos as visitas só ocorrem com o acompanhamento de monitores.
O Parque conta ainda com um centro administrativo e com um centro de informações. Pode ser apreciado em uma região com boa infra-estrutura de pousadas e hotéis, em lugar próximo de cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, de onde o parque está a 25 km.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_da_Serra_do_Rola-Mo%C3%A7a


E porque Rola Moça? A explicação está nos Versos de Mario Andrade, os quais Martinho da Vila tomou como letra de uma música sua.

A serra do rola-moça
Mário de Andrade


A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...

Eles eram do outro lado,
vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
o noivo com a noiva dele
cada qual no seu cavalo.

Antes que chegasse a noite
se lembraram de voltar.
Disseram adeus pra todos
e se puserem de novo
pelos atalhos da serra
cada qual no seu cavalo.

Os dois estavam felizes,
na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos
ele na frente, ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.

A Serra do Rola-Moça
não tinha esse nome não.

As tribos rubras da tarde
rapidamente fugiam
e apressadas se escondiam
lá embaixo nos socavões...
Temendo a noite que vinha.

Porém os dois continuavam
cada qual no seu cavalo,
e riam. Como eles riam!
E os risos também casavam
com as risadas dos cascalhos,
que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam,
Buscando o despenhadeiro.

Ali, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.

Faz um silêncio de morte,
na altura tudo era paz ...
Chicoteado o seu cavalo,
no vão do despenhadeiro
o noivo se despenhou.

E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Despedida da Fazenda


Milton Ferreira Carvalho

Deixei lá no pé da serra: Minha casa,
Minha terra, a mata, o ribeirão.
Deixei a estrada sombreada na porteira da estrada
E o ipê junto ao portão
Deixei a mangueira frondosa, o canteiro de rosa,
O galinheiro e o galpão.

Deixei o eucalipto caído que em cuja tora estendida,
Assentado, lhe contava minha vida, meu sonho, minha ilusão.
Deixei a lua prateada que por trás da serra
Despontava como flocos de algodão

Deixei tudo, vim embora.
Mas sei que lá tudo chora pela minha ingratidão
Mas para redimir minha falha
Enterrado lá, como mortalha.
Deixei pedaços do meu coração.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Pescaria no Mato Grosso é assim!




Tudo bem que estou postando hoje, 01 de abril - dia da mentira, tudo bem que os pescadores (não eu, é claro!) são conhecidos pelas pequenas mentirinhas que contam após as sempre bem sucedidas pescarias, mas está aí a foto comprovando não se tratar de mais um daqueles famosos causos de pescador.
No domingo, 29 de março, encerrou-se a proibição da pesca nos rios de Mato Grosso, a qual se dá em razão do período da piracema, fenômeno que, para quem não sabe, consiste na subida dos peixes em direção às nascentes dos rios para a desova e consequente reprodução. Usualmente o período de restrição a pesca, por esse motivo, se prolonga desde 01 de novembro a 01 de março. Contudo, o final do ano de 2008 foi de pouca chuva aqui em Mato Grosso e consequentemente os rios não ficaram muito cheios no período da desova, forçando assim o Ibama prolongar o período até o final de março.
Domingo, pescaria aberta, eu já não me agüentando mais de tanta ansiedade... Não deu outra: Mesmo o tempo não estando lá essas coisas, o rio cheio e a água ainda muito suja, "cedim... cedim..." e já estava eu num barco, no meio do Rio Bugres, “batendo isca”.
Peixe? Só alguns bagres – que, quando menino, nos rios do sul de Minas, eu conhecia como mandi juba e que aqui são tratado pelos Cuiabanos por “cheque ouro”, certamente em razão de sua cor amarelada.
Mas aqui no Mato Grosso é assim: Se não tem peixe... Porque não uma cobra? Histórias (ou causos) para contar nunca faltam...