Este Post é dedicado aos Ferreiras de Belo Horizonte, ou Beagá, ou Belzonte, ou Belô, como também é conhecida a Bela Capital Mineira – a maior roça do planeta – famosa pelos seus inúmeros botecos, pelo pão de queijo, pela beleza das mulheres e, claro, pelo jeito único belorizontino de ser. Mas isso é assunto para outro post que poderia muito bem ficar a cargo dos Ferreira que lá estão.
Aqui quero falar da “Serra do Rola-Moça” (sem hífen na nova ortografia?). Porque? Ora porque me deu vontade, uai!
O Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, é um parque brasileiro situado no estado de Minas Gerais. Está situado na região metropolitana de Belo Horizonte.
Criado pelo Decreto Estadual nº 36.017, em 27 de setembro de 1994, protege uma área de 3.941,09 hectares e abrange os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brmadinho, incluindo as bacias dos cursos d’água Taboão, Rola-Moça, Barreirinho, Barreiro, Mutuca e Catarina. O Parque foi criado em uma área de mananciais importantes para o abastecimento da região. Por isso, é uma área de proteção especial, cujas áreas de mananciais permanecem fechadas à visitação e ao turismo.
No Rola-Moça estão incluídas paisagens características de Mata Atlântica, Cerrado, Campos de Altitude e Campos Ferruginosos, além de alguns mirantes, como o Mirante do Morro dos Veados, localizado na estrada que corta o parque e chega ao distrito de Casa Branca onde são proporcionadas belas vistas panorâmicas. O relevo do parque é extremamente acidentado, incluindo algumas serras como a Serra do Rola-Moça, Serra do Jatobá, entre outras.
Apesar do inverno rigoroso, o Parque apresenta uma temperatura média amena de aproximadamente 25°C. A vegetação é de uma zona de tensão ecológica, isso significa que existem transições bruscas de Mata Atlântica para Cerrado e Campos de Altitude, o que faz com que a vegetação seja bastante diversificada, possibilitando encontrar espécies como: ipê, cambuí, aroeira branca, xaxim, sangra d'água, canela, unha-de-vaca, pau-d'óleo, quaresmeira, cangerana, cedro, carne-de-vaca, cambotá, pau-ferro, pequi, jacarandá do cerrado, ipê-cascudo, murici, jatobá-do-cerrado, pau-santo, pau-de-tucano, araticum e canela-de-ema.
O Rola-Moça possui uma mastofauna bastante diversificada, incluindo: onça parda, jaguatirica, gato mourisco, gato do mato, lobo-guará, raposa, mão-pelada, coati, irara, lontra, ouriço, preá, tamanduá-de-colete, tatu-peba, tatu-galinha, caititu, veado catingueiro, veado campeiro, guigó e mico-estrela.
Os principais atrativos do parque são seus mirantes, que possibilitam vistas únicas e incomparáveis. Os principais mirantes são: Mirante das Três Pedras, Mirante do Planeta, Mirante do Jatobá e Mirante Morro dos Veados. Além dos mirantes, o Parque tem ainda como atração os Campos Ferruginosos, que são extremamente raros, sendo encontrados, no Brasil, somente nessa Unidade e em Carajás (Pará). Por esse motivo, nestes campos as visitas só ocorrem com o acompanhamento de monitores.
O Parque conta ainda com um centro administrativo e com um centro de informações. Pode ser apreciado em uma região com boa infra-estrutura de pousadas e hotéis, em lugar próximo de cidades da região metropolitana de Belo Horizonte, de onde o parque está a 25 km.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Parque_Estadual_da_Serra_do_Rola-Mo%C3%A7a
E porque Rola Moça? A explicação está nos Versos de Mario Andrade, os quais Martinho da Vila tomou como letra de uma música sua.
A serra do rola-moça
Mário de Andrade
A Serra do Rola-Moça
Não tinha esse nome não...
Eles eram do outro lado,
vieram na vila casar.
E atravessaram a serra,
o noivo com a noiva dele
cada qual no seu cavalo.
Antes que chegasse a noite
se lembraram de voltar.
Disseram adeus pra todos
e se puserem de novo
pelos atalhos da serra
cada qual no seu cavalo.
Os dois estavam felizes,
na altura tudo era paz.
Pelos caminhos estreitos
ele na frente, ela atrás.
E riam. Como eles riam!
Riam até sem razão.
A Serra do Rola-Moça
não tinha esse nome não.
As tribos rubras da tarde
rapidamente fugiam
e apressadas se escondiam
lá embaixo nos socavões...
Temendo a noite que vinha.
Porém os dois continuavam
cada qual no seu cavalo,
e riam. Como eles riam!
E os risos também casavam
com as risadas dos cascalhos,
que pulando levianinhos
Da vereda se soltavam,
Buscando o despenhadeiro.
Ali, Fortuna inviolável!
O casco pisara em falso.
Dão noiva e cavalo um salto
precipitados no abismo.
Nem o baque se escutou.
Faz um silêncio de morte,
na altura tudo era paz ...
Chicoteado o seu cavalo,
no vão do despenhadeiro
o noivo se despenhou.
E a Serra do Rola-Moça
Rola-Moça se chamou.