quinta-feira, 9 de abril de 2009

Ostara


FELIZ PÁSCOA, FERREIRADA!


A Páscoa sempre representou a passagem de um tempo de trevas para outro de luzes, isto muito antes de ser considerada uma das principais festas da cristandade. A palavra "páscoa" – do hebreu "peschad", em grego "paskha" e latim "pache" – significa "passagem", uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro.

De fato, para entender o significado da Páscoa cristã, é necessário voltar para a Idade Média e lembrar dos antigos povos pagãos europeus que, nesta época do ano, homenageavam Ostera, ou Esther – em inglês, Easter quer dizer Páscoa.

Ostera (ou Ostara) é a Deusa da Primavera, que segura um ovo em sua mão e observa um coelho, símbolo da fertilidade, pulando alegremente em redor de seus pés nus. A deusa e o ovo que carrega são símbolos da chegada de uma nova vida. A celebração de Ostara, comemora a fertilidade, um tradicional e antigo festival pagão que celebra o evento sazonal equivalente ao Equinócio da primavera. Algumas das tradições e rituais que envolve Ostara, inclui fogos de artifícios, ovos, flores e coelho.

Ostara é o espelho da beleza da natureza, a renovação do espírito e da mente. Seu rosto muda a cada toque suave do vento. Gosta de observar os animais recém-nascidos saindo detrás das árvores distantes, deixando seu espírito se renovar.

Os símbolos tradicionais da Páscoa vêm de Ostara. Os ovos, símbolo da fertilidade, eram pintados com símbolos mágicos ou de ouro, eram enterrados ou lançados ao fogo como oferta aos deuses. É o Ovo Cósmico da vida, a fertilidade da Mãe Terra.

A Páscoa foi adaptada e renomeada pelos cristãos, do feriado pagão Festival de Ostara, da maneira que melhor lhe convinha na época assim como a tradição dos símbolos do Ovo e do Coelho.

A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicéa, em 325 d.C., como sendo "o primeiro Domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou no equinócio da primavera boreal, adotado como sendo 21 de março.

A festa da Páscoa passou a ser uma festa cristã após a última ceia de Jesus com os apóstolos, na Quinta-feira santa.

Os fiéis cristãos celebram a ressurreição de Cristo e sua elevação ao céu. As imagens deste momento são a morte de Jesus na cruz e a sua aparição. A celebração sempre começa na Quarta-feira de cinzas e termina no Domingo de Páscoa: é a chamada semana santa.

A Páscoa de cada um.

Antigamente, não sei quão "antigamente", os ovos de páscoa eram tão somente ovos comuns de galinhas (também comuns), esvaziados da clara e da gema, pintados em cores vivas e com motivos alusivos ao evento. Posteriormente, estes ovos passaram a ser recheados (não me perguntem como) com amendoins revestidos com açúcar e chocolate. Tais ovos eram colocados em ninhos escondidos, em busca dos quais a criançada partiam em grande algazarra.

Contam que num sítio muito pobre, enquanto procuravam por seus ovos, as crianças viram um enorme coelho branco, de orelhas muito compridas, saindo em disparada de uma moita de capim... Justo onde havia sido escondido o ninho com grande quantidade de ovos de páscoa. Eufóricas, as crianças voltaram até seus aos berros, dando conta de que haviam sido presenteadas pelo "coelhinho da páscoa"!

Verdade? E quem duvida?

Lá em casa, quando as crianças eram realmente crianças, costumavamos esconder os ovos (de chocolate, naturalmente!) nos mais impossíveis esconderijos. Contudo, para lhes facilitar a busca, deixavamos pegadas no carpete, obtidas pressionando as pontas dos dedos sujas de talco contra o tapete, como se fossem pegadas do coelhinho (juro que acreditavam!).

Depois, era uma "lambuzação" só... De chocolate e alegria!

E vocês, o que contam de suas páscoas?

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