Como não poderia deixar de ser ,vou passar para vocês uns versinhos que eu fiz a algum tempo atras, para uma matinha em um momento de paz em sua sombra
Capão de mato
comun
sem trato
simplesmente
mato
nascido por acaso
num ato
divino
Mata cheirosa
sua tez
folhosa
sua cantiga
ventosa
me deixa
com gostosa
alegria
Mato grosso
de fato
um colosso
compacto
seu bailar jocoso
de várias espécies
no seu matoso
mundo,me encanta
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
domingo, 29 de novembro de 2009
Manga
Já chupei manga este ano. Ano passado chupar manga foi um desafio. Vamos torcer para que eu chupe manga por muitos anos. Aos leigos em assuntos de roça uma breve explicação: Quando nós da roça víamos um bezerrinho fraquinho,doentio, nós dizíamos este aí não chupa manga este ano.
Beijos
Beijos
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Festa nocéu
Hoje é dia 09 de novembro, hoje é aniversário de minha mãe. Ouça bem, é aniversário de minha mãe. Talvez você, insólito alguém, diria, mas aniversário comemora a vida, o tempo de existência de um ser humano. E sua mãe, não chore, não existe mais. Silêncio,tacanha criatura, você não sabe que a existência não está no outro,mas está em quem lhe permite ser. E em mim, minha mãe está e é sempre e hoje comemora seu aniversário. Ouça, cético fulano, brinca no ar a risada dengosa da eterna adolescente que pede um chocolate,espera uma rosa, e sonha uma festa assim, de surpresa. Abra os olhos, estúpido vivente, veja aquela ternura infantil,aqueles trejeitos sutis, mimados desejos aguardando seu presente. Sinta, abstrato estorvo,minha mãe comemora seu aniversário e o céu hoje está em festa.É certo que,voluntariosa, está deixando todo mundo lá de cima no sufoco, até o Todo Poderoso já está quase renunciando o cargo. Mas é a minha mãe que quer a festa de sempre, é minha mãe que busca o riso de todos, é minha mãe que, enternecida, agradece Deus Pai pelo melhor presente já recebido:acompanhar meu pai na travessia. Cale a boca, estúpido invejoso, hoje é aniversário de minha mãe e os anjos entoam os parabéns e um anjinho torto, desafinado, ao lado de Drumonnd, arrisca um " bonequita linda".Veja bem, os dois se enlaçam naquele abraço eterno e dançam entre risos e beijos e os anjos dizem amém!E você, tola figura, não queira me entristecer, pois minha mãe existe, existe em mim, existe em nós, frutos desse amor.
domingo, 8 de novembro de 2009
Manhã(zinha)
Ainda bem que eu acordei... Enquanto sonhava eu acreditei que morria.
Mamãe passou a mão nos meus cabelos e sorriu, papai me disse que eu estava lerdo... e de fato eu estava lerdo, eu pensava nela, não na minha mãe, nela, mas meu orgulho ainda era aquele homem, nem tão grande assim, até pequeno, usava uma sueter cinza, mas era forte, na verdade eu sou lerdo, não ouso, porque ousar, se ele ousou tudo? Aquele homem...
Aquele homem, um metro e setenta? Um pouco mais? Um pouco menos? Se tanto?
Mamãe beijou minha fronte. Ela sempre soube... E então eu quis e ele disse sim, porque ele sempre disse sim a quem quis, e ele me olhava, com um olhar de quem sabe olhar, com um olhar de vai, com um olhar de faça, com um olhar de vou estar e mamãe disse estou e então eu fui.
Meus cabelos não são bons cabelos: enrolam. Mas mamãe passa a mão nos meus cabelos e me conforta sejam eles bons ou ruins e ela me me diz: Filho, filho, filho... Não é tão dificil assim, um mais um, dois mais dois e vá e então eu fui.
Que bom, está amanhecendo!
Mamãe passou a mão nos meus cabelos e sorriu, papai me disse que eu estava lerdo... e de fato eu estava lerdo, eu pensava nela, não na minha mãe, nela, mas meu orgulho ainda era aquele homem, nem tão grande assim, até pequeno, usava uma sueter cinza, mas era forte, na verdade eu sou lerdo, não ouso, porque ousar, se ele ousou tudo? Aquele homem...
Aquele homem, um metro e setenta? Um pouco mais? Um pouco menos? Se tanto?
Mamãe beijou minha fronte. Ela sempre soube... E então eu quis e ele disse sim, porque ele sempre disse sim a quem quis, e ele me olhava, com um olhar de quem sabe olhar, com um olhar de vai, com um olhar de faça, com um olhar de vou estar e mamãe disse estou e então eu fui.
Meus cabelos não são bons cabelos: enrolam. Mas mamãe passa a mão nos meus cabelos e me conforta sejam eles bons ou ruins e ela me me diz: Filho, filho, filho... Não é tão dificil assim, um mais um, dois mais dois e vá e então eu fui.
Que bom, está amanhecendo!
Protesto
Deus é pai
não é tirano
seja feita sua vontade
devemos viver implorando
Deus é pai
não é padastro
devemos seguir
seu rastro
O que posso fazer
além de gemer
além de chorar
O que posso fazer
além de pedir
além de implorar
A minha indignação
Pai perdoa
mais um que se foi
ouça o sino que soa.
não é tirano
seja feita sua vontade
devemos viver implorando
Deus é pai
não é padastro
devemos seguir
seu rastro
O que posso fazer
além de gemer
além de chorar
O que posso fazer
além de pedir
além de implorar
A minha indignação
Pai perdoa
mais um que se foi
ouça o sino que soa.
Justificativa que não justifica
Queridos companheiros ando um tanto quanto atarefado com a época de plantio; heis o motivo de não estar participando da nossa cozinha.
Beijos a todos
Tarlei
Beijos a todos
Tarlei
Capital
Foi mais fácil do que eu pensava.
A vida, usualmente rola com cada pessoa fazendo de tudo para interferir no seu rolar. Mas ela rola indiferentemente das interferências. Modificamos um ato? Sim. Mas nem eu nem você criamos o ato. Este se deveu, será?, Ao Sobrenatural de Almeida, personagem por demais conhecido entre as linhas do Mineirão.
Mas foi fácil.
Eu só tinha aquela chance. A bolinha "pingando na capital".
Nunca fui bom nisso. Pior, tinha medo de apanhar se fizesse o melhor. A vez era minha... Betão (que era foda nisso) só faltava me dar um cascudo... Eu sabia que podia, mas o olhar de Marcianinho fazia de mim um defunto.
Então decidi. Era Fazer "cricktpumcapitalecorrer".
Foi o o que eu fiz.
Dúvido, até hoje, que, tendo eu essas pernas tão compridas, alguém me pegue!
Foi fácil.
A vida, usualmente rola com cada pessoa fazendo de tudo para interferir no seu rolar. Mas ela rola indiferentemente das interferências. Modificamos um ato? Sim. Mas nem eu nem você criamos o ato. Este se deveu, será?, Ao Sobrenatural de Almeida, personagem por demais conhecido entre as linhas do Mineirão.
Mas foi fácil.
Eu só tinha aquela chance. A bolinha "pingando na capital".
Nunca fui bom nisso. Pior, tinha medo de apanhar se fizesse o melhor. A vez era minha... Betão (que era foda nisso) só faltava me dar um cascudo... Eu sabia que podia, mas o olhar de Marcianinho fazia de mim um defunto.
Então decidi. Era Fazer "cricktpumcapitalecorrer".
Foi o o que eu fiz.
Dúvido, até hoje, que, tendo eu essas pernas tão compridas, alguém me pegue!
Foi fácil.
Aniversários
Nunca fui bom para guardar datas. Desde o primário, quando Dona Maria Antonieta me questionava, por exemplo, sobre a data da proclamação da república, eu era um fracasso. Já aconteceu de eu ligar para mamãe para parabenizá-la no aniversário do Betão! (Um pequeno deslize de alguns meses, mas o dia nove estava correto).
Ultimamente, com a ajuda da informática, montei uma boa agenda a qual me alerta, com um mês, uma semana e um dia de antecedência, o aniversário de cada Ferreira descendente de Milton e Lilia e, assim, tenho procurado não só mandar meu beijinho para cada aniversariante, mas também alertar meus "genéticos" para o evento.
Pois então, amanhã nossa mamãe comemoria aniversário.
Pensei: Mando um e-mail para a galera? Não, não mando... Mando sim... São as únicas datas as quais eu devo reverenciar, nem uma de maio nem outra de junho... Apenas essas!
Dona Lilia, meu beijo de parabéns... Seu filho a ama, ontem, hoje e sempre!
Ultimamente, com a ajuda da informática, montei uma boa agenda a qual me alerta, com um mês, uma semana e um dia de antecedência, o aniversário de cada Ferreira descendente de Milton e Lilia e, assim, tenho procurado não só mandar meu beijinho para cada aniversariante, mas também alertar meus "genéticos" para o evento.
Pois então, amanhã nossa mamãe comemoria aniversário.
Pensei: Mando um e-mail para a galera? Não, não mando... Mando sim... São as únicas datas as quais eu devo reverenciar, nem uma de maio nem outra de junho... Apenas essas!
Dona Lilia, meu beijo de parabéns... Seu filho a ama, ontem, hoje e sempre!
sábado, 7 de novembro de 2009
Cadê todo mundo???
Uai, que tá se assucedendo, sô?
Correspondentes, não correspondem; comentarista, não comentam... Estariam os leitores lendo? Já falei pr'oceis, o importante é manter a cozinha viva... Ou, como disse o Tititito (a quantidade de "ti" aumenta a cada sobrinho) a amizade e o companheirismo.
Bão, só pra assoprar as cinzas: Ouvi uma prosa de que tem gente programando passagem de ano em Lavras (sítio? casa? cozinha?... Num sei!). Só quero saber quem tá a frente pra dizer: Tô aqui e muito disposto e muito lépido e fagueiro (hehehe essa é da Nairoca!), pra dar um adjutório, seja ele moral, braçal ou finaceiro.
E já parpitando: (1) Respondam, viablog ou e-mail, quem tá nessa; (2) Ronaldo e Dinha - com o suporte de quem já demonstrou competência (Dado e Lu), poderiam tocar o gado; (3) Digam quanto e onde depositar o $; (4) ignorem tudo se tô pr fora!
Beijos.
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Sorin
Ontem Sorin, um dos maiores ídolos de todos os tempos da torcida cruzeirense, se despediu do futebol. Foi no Mineirão, em uma partida festiva contra os Argentinos Jurniors, time que o lançou, vencida pelo Cruzeiro por 2 x 1, e cujo ingresso pode ser obtido através da troca por um quilo de alimento não perecível.
CRUZEIRO 2 x 1 ARGENTINOS JRS
Escalações:
Cruzeiro: Fábio (Andrey depois Rafael); Diego Renan, Gil (Jancarlos), Fabinho (Neguete) e Sorín (Athirson); Henrique, Marquinhos Paraná (Elicarlos depois Uchôa), Fernandinho (Sorín) e Gilberto (Bernardo); Thiago Ribeiro (Guerrón) e Wellington Paulista (Eliandro depois Leandro Lima)
Argentinos: Peric (Frandino); Basualdo, Fernández, Berardo (Sola) e Sola (Alfonso); Lima, Rius (Salazar), García (Dominguez) e Gianni (Santibañez); Romero (Jaime) e Alfonso (Sorín depois Franco
Técnicos: Adílson Batista (CRU) ; Norberto Batista (ARG)
Gols: Bernardo, 7min, 2ºT-Guerrón, 20min, 2ºT ; Santibañez, 44min, 2ºT
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Público: 42.216 (público presente) - 58.840 ingressos trocados
Arrecadação: 90 toneladas de alimentos não perecíveis
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira (MG) Auxiliares: Celso Luiz da Silva e Cinthia Mara da SilvaMotivo: Despedida de Juan Pablo Sorín do futebol.
.....
Como estou meio diferente hoje, deixo aqui uma carta escrita por Sorin, alguns meses após ter deixado o Cruzeiro, não sem antes ter participado da conquista da taça da copa SUL-MINAS.
.....
Há quatro meses conquistamos a Copa Sul Minas.
Há quatro meses fui embora do Cruzeiro
O texto abaixo escrevi para mim, porém, senti a necessidade de compartilhá-lo com vocês.
Simplesmente para que saibam a importância que tudo isso tem na minha vida.
Simplesmente para seguirmos juntos, apesar da distancia.
Hoje, estréio em meu novo time.
São muitas as expectativas e as vontades de sempre, mas esperando um dia retornar a minha segunda casa. 15:58 hs – Banderas en tu corazón (Bandeiras no teu coração). Setenta e cinco mil caras esperando ver o Cruzeiro campeão.
Saímos rodeados de mascotes e crianças, que nos acompanham sempre com um sorriso.
Pegamos forte e corremos para o gramado.
Uma olhada rápida, mãos para o alto e as primeiras emoções.
Não é comum e é até anormal muitas camisas argentinas, celestes e brancas, no Brasil todas sentimentalmente distinguíveis.
Chegam as placas de homenagem.
Primeiro, do presidente.
Depois, da Máfia Azul e logo uma camisa inesquecível com o meia dúzia nas costas, assinada por todos os funcionários do clube.
A melhor homenagem, da cozinheira ao roupeiro, os encarregados da limpeza, até meus colegas, médicos, técnicos...
Vale ouro! Vale mais suor, ainda!
Sorteio a moeda da Fifa.
Deu branco e ganhei.
No segundo tempo, atacaremos junto ao grosso da nossa torcida.
Antes de começar toca o hino brasileiro.
Todos cantam e eu não. Procuro minha companheira e concentro-me em silêncio.
Observo a torcida e na arquibancada há uma bandeira argentina.
Que orgulho! Não posso acreditar. Onde estão meus amigos do bairro para contar-lhes? Jogam balões para os céus com meu rosto estampado numa bandeira vertical.
É minha despedida, a parte da final. Contenho as lágrimas, soa o apito. 16h20 - Sarando as feridasMeu Deus! Um choque forte, toco a sobrancelha.
Sangue. Puta que pariu! De novo?
Quarto corte na cabeça em dois anos e meio.
Queria jogar e o juiz reserva "canarinho" disse-me que não!
Quase pede minha substituição e disse-me que há muito sangue.
Peço-lhe, por favor. Hoje, não me deixes de fora, irmão!
Ele não entende bem, mas me permite entrar e lá vou eu como um "papai smurf".
Serão seis pontos no intervalo, 0 a 0, com uma bola na trave e um susto forte. 17h40 - Oh meu pai, eu sou Cruzeiro meu pai... Tira a camisa! Tira a camisa!
Parece uma bola perdida, mas sei que o Ruy vai ganhá-la.
O "cabeção," meu amigo e parceiro de quarto, vai tocá-la por um lado e buscá-la pelo outro (fez uma gaúcha, berra o locutor).
Entra na área e só rola para trás.
Não sei o que faço aí, a não ser confiar nele.
Não sei o que faço senão ir além do sonho da despedida e não há tempo para pensar.
Com três dedos e meio esquisitos de prima, com a sempre canhota bendita e a rede se mexe, é o mundo que explode, vem o delírio, a festa...
Não pode ser real. As cabecinhas que pulam descontroladas, a camisa voando na mão e um grito eterno, inesquecível, uma dança especial. 17h55 - Ah, eu tô maluco!Bicampeão!
Faltam segundos e não existe sensação comparável como a de ser campeão.
Nos olhamos cúmplices com o Cris e rimos da conquista depois do esforço.
Somos irmãos, somos um punhado azul de raça inquebrantável, enquanto o pessoal na arquibancada baila, grita, goza e por fim estoura com o final.
Escuta-se um estrondo inconfundível.
Um abraço, dois, um milhão, a correria perdida, louca, entre pulos, festejos com cada companheiro, Toninho, Valdir, Tita e Bolinha, todos malucos.
De repente um cara me leva nas costas e damos a volta olímpica.
Não quero que isso termine e penso se pudesse parar o tempo nesse instante, mas não posso.
E aí, vou dando-me conta que também é o final para mim, que estou indo embora do meu time, da minha cidade, da minha gente.
Então, vem a enorme emoção e comemoro como sempre, desenfreado, sem limites, como se fosse a última vez.
Comemoro e cumprimento cada canto do maravilhoso Mineirão.
Despeço-me e quero abraçar a todos.
Quero que dêem a volta conosco, quero dizer-lhes que eles não sabem como necessitamos de todos aqui dentro.
Vejo as faixas e ainda não acredito.
Vejo os rostos de alegria e até hoje nada sai da minha mente.
Depois de tudo, a surpresa com a presença de minha mãe exatamente no Dia das Mães e é impossível não chorar. Finalmente, recebo a Copa tão desejada.
É bonito ser capitão.
É grandioso ser capitão do Cruzeiro e ser campeão.
Levantamos a taça, desfrutamos e saímos a oferecer aos milhares que estavam por todas as partes até o cansaço.
Imagino Minas.
Imagino Belo Horizonte.
Tudo se acaba e não podia ser tão perfeito.
Será que sonhei?
Nem um sonho seria tão incrível.
Estou partindo e pensando se algum outro dia serei tão feliz!
Juan Pablo Sorín
CRUZEIRO 2 x 1 ARGENTINOS JRS
Escalações:
Cruzeiro: Fábio (Andrey depois Rafael); Diego Renan, Gil (Jancarlos), Fabinho (Neguete) e Sorín (Athirson); Henrique, Marquinhos Paraná (Elicarlos depois Uchôa), Fernandinho (Sorín) e Gilberto (Bernardo); Thiago Ribeiro (Guerrón) e Wellington Paulista (Eliandro depois Leandro Lima)
Argentinos: Peric (Frandino); Basualdo, Fernández, Berardo (Sola) e Sola (Alfonso); Lima, Rius (Salazar), García (Dominguez) e Gianni (Santibañez); Romero (Jaime) e Alfonso (Sorín depois Franco
Técnicos: Adílson Batista (CRU) ; Norberto Batista (ARG)
Gols: Bernardo, 7min, 2ºT-Guerrón, 20min, 2ºT ; Santibañez, 44min, 2ºT
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Público: 42.216 (público presente) - 58.840 ingressos trocados
Arrecadação: 90 toneladas de alimentos não perecíveis
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira (MG) Auxiliares: Celso Luiz da Silva e Cinthia Mara da SilvaMotivo: Despedida de Juan Pablo Sorín do futebol.
.....
Como estou meio diferente hoje, deixo aqui uma carta escrita por Sorin, alguns meses após ter deixado o Cruzeiro, não sem antes ter participado da conquista da taça da copa SUL-MINAS.
.....
Há quatro meses conquistamos a Copa Sul Minas.
Há quatro meses fui embora do Cruzeiro
O texto abaixo escrevi para mim, porém, senti a necessidade de compartilhá-lo com vocês.
Simplesmente para que saibam a importância que tudo isso tem na minha vida.
Simplesmente para seguirmos juntos, apesar da distancia.
Hoje, estréio em meu novo time.
São muitas as expectativas e as vontades de sempre, mas esperando um dia retornar a minha segunda casa. 15:58 hs – Banderas en tu corazón (Bandeiras no teu coração). Setenta e cinco mil caras esperando ver o Cruzeiro campeão.
Saímos rodeados de mascotes e crianças, que nos acompanham sempre com um sorriso.
Pegamos forte e corremos para o gramado.
Uma olhada rápida, mãos para o alto e as primeiras emoções.
Não é comum e é até anormal muitas camisas argentinas, celestes e brancas, no Brasil todas sentimentalmente distinguíveis.
Chegam as placas de homenagem.
Primeiro, do presidente.
Depois, da Máfia Azul e logo uma camisa inesquecível com o meia dúzia nas costas, assinada por todos os funcionários do clube.
A melhor homenagem, da cozinheira ao roupeiro, os encarregados da limpeza, até meus colegas, médicos, técnicos...
Vale ouro! Vale mais suor, ainda!
Sorteio a moeda da Fifa.
Deu branco e ganhei.
No segundo tempo, atacaremos junto ao grosso da nossa torcida.
Antes de começar toca o hino brasileiro.
Todos cantam e eu não. Procuro minha companheira e concentro-me em silêncio.
Observo a torcida e na arquibancada há uma bandeira argentina.
Que orgulho! Não posso acreditar. Onde estão meus amigos do bairro para contar-lhes? Jogam balões para os céus com meu rosto estampado numa bandeira vertical.
É minha despedida, a parte da final. Contenho as lágrimas, soa o apito. 16h20 - Sarando as feridasMeu Deus! Um choque forte, toco a sobrancelha.
Sangue. Puta que pariu! De novo?
Quarto corte na cabeça em dois anos e meio.
Queria jogar e o juiz reserva "canarinho" disse-me que não!
Quase pede minha substituição e disse-me que há muito sangue.
Peço-lhe, por favor. Hoje, não me deixes de fora, irmão!
Ele não entende bem, mas me permite entrar e lá vou eu como um "papai smurf".
Serão seis pontos no intervalo, 0 a 0, com uma bola na trave e um susto forte. 17h40 - Oh meu pai, eu sou Cruzeiro meu pai... Tira a camisa! Tira a camisa!
Parece uma bola perdida, mas sei que o Ruy vai ganhá-la.
O "cabeção," meu amigo e parceiro de quarto, vai tocá-la por um lado e buscá-la pelo outro (fez uma gaúcha, berra o locutor).
Entra na área e só rola para trás.
Não sei o que faço aí, a não ser confiar nele.
Não sei o que faço senão ir além do sonho da despedida e não há tempo para pensar.
Com três dedos e meio esquisitos de prima, com a sempre canhota bendita e a rede se mexe, é o mundo que explode, vem o delírio, a festa...
Não pode ser real. As cabecinhas que pulam descontroladas, a camisa voando na mão e um grito eterno, inesquecível, uma dança especial. 17h55 - Ah, eu tô maluco!Bicampeão!
Faltam segundos e não existe sensação comparável como a de ser campeão.
Nos olhamos cúmplices com o Cris e rimos da conquista depois do esforço.
Somos irmãos, somos um punhado azul de raça inquebrantável, enquanto o pessoal na arquibancada baila, grita, goza e por fim estoura com o final.
Escuta-se um estrondo inconfundível.
Um abraço, dois, um milhão, a correria perdida, louca, entre pulos, festejos com cada companheiro, Toninho, Valdir, Tita e Bolinha, todos malucos.
De repente um cara me leva nas costas e damos a volta olímpica.
Não quero que isso termine e penso se pudesse parar o tempo nesse instante, mas não posso.
E aí, vou dando-me conta que também é o final para mim, que estou indo embora do meu time, da minha cidade, da minha gente.
Então, vem a enorme emoção e comemoro como sempre, desenfreado, sem limites, como se fosse a última vez.
Comemoro e cumprimento cada canto do maravilhoso Mineirão.
Despeço-me e quero abraçar a todos.
Quero que dêem a volta conosco, quero dizer-lhes que eles não sabem como necessitamos de todos aqui dentro.
Vejo as faixas e ainda não acredito.
Vejo os rostos de alegria e até hoje nada sai da minha mente.
Depois de tudo, a surpresa com a presença de minha mãe exatamente no Dia das Mães e é impossível não chorar. Finalmente, recebo a Copa tão desejada.
É bonito ser capitão.
É grandioso ser capitão do Cruzeiro e ser campeão.
Levantamos a taça, desfrutamos e saímos a oferecer aos milhares que estavam por todas as partes até o cansaço.
Imagino Minas.
Imagino Belo Horizonte.
Tudo se acaba e não podia ser tão perfeito.
Será que sonhei?
Nem um sonho seria tão incrível.
Estou partindo e pensando se algum outro dia serei tão feliz!
Juan Pablo Sorín
Acreditar na Vida
O texto a seguir, de autoria de Clarissa Vilela, foi enviado, por e-mail, de Mila para a Rose. Rose gostou tanto que pediu para que eu o postasse no Blog.
Pois aí está:
É ter esperança no amanhã. Saber que após a noite vem o dia.
Viver intensamente as emoções! Pular de alegria.
Não invadir o espaço alheio.
Ser espontâneo.
Apreciar o nascer e o pôr-do-sol.
Amar as pessoas incondicionalmente.
Aproveitar todos os momentos... Fazer trabalho voluntário.
Vencer a depressão! Confiar na voz da intuição.
Perdoar as pessoas.
Estimular a criatividade.
Não se prender a detalhes.
Brincar como uma criança. Chorar de felicidade... Deixar para lá.
Ter pensamento positivo. Respeitar os sentimentos dos outros. Rir sozinho.
Saber trabalhar em equipe.
Ser sincero.
Encontrar a felicidade nas pequenas coisas. Entender que somos pessoas únicas.
É dançar sem medo.
Não se apegar a bens materiais.
Respirar a brisa do mar. Ouvir a melodia suave de uma fonte.
Observar a natureza. Adorar um dia de chuva.
Ter motivação!
Enxergar além das aparências.
Descobrir que precisamos dos outros. Esquecer o que já passou.
Buscar novos horizontes.
Perceber que somos humanos. Vencer a nós mesmos.
Ver a beleza da alma.
Sair da passividade.
Saber que a vida é conseqüência de nossas atitudes... Não procrastinar as decisões.
Mimar a criança interior.
Deixar acontecer... Praticar a humildade.
Adorar calor humano.
Curtir as pequenas vitórias. Viver apaixonado pela vida!
Visualizar só coisas boas.
Entender que há limites.
Mentalizar positivo. Ter auto-estima.
Colocar sua energia positiva em tudo que realizar!
Ver a vida com outros olhos... Só se arrepender do que não fez.
Fazer parcerias com os amigos. Crescer juntos.
Dormir feliz.
Emanar vibração de amor... Saber que estamos só de passagem.
Melhorar os relacionamentos. Aproveitar as oportunidades.
Ouvir o coração... Acreditar na vida!
Pois aí está:
É ter esperança no amanhã. Saber que após a noite vem o dia.
Viver intensamente as emoções! Pular de alegria.
Não invadir o espaço alheio.
Ser espontâneo.
Apreciar o nascer e o pôr-do-sol.
Amar as pessoas incondicionalmente.
Aproveitar todos os momentos... Fazer trabalho voluntário.
Vencer a depressão! Confiar na voz da intuição.
Perdoar as pessoas.
Estimular a criatividade.
Não se prender a detalhes.
Brincar como uma criança. Chorar de felicidade... Deixar para lá.
Ter pensamento positivo. Respeitar os sentimentos dos outros. Rir sozinho.
Saber trabalhar em equipe.
Ser sincero.
Encontrar a felicidade nas pequenas coisas. Entender que somos pessoas únicas.
É dançar sem medo.
Não se apegar a bens materiais.
Respirar a brisa do mar. Ouvir a melodia suave de uma fonte.
Observar a natureza. Adorar um dia de chuva.
Ter motivação!
Enxergar além das aparências.
Descobrir que precisamos dos outros. Esquecer o que já passou.
Buscar novos horizontes.
Perceber que somos humanos. Vencer a nós mesmos.
Ver a beleza da alma.
Sair da passividade.
Saber que a vida é conseqüência de nossas atitudes... Não procrastinar as decisões.
Mimar a criança interior.
Deixar acontecer... Praticar a humildade.
Adorar calor humano.
Curtir as pequenas vitórias. Viver apaixonado pela vida!
Visualizar só coisas boas.
Entender que há limites.
Mentalizar positivo. Ter auto-estima.
Colocar sua energia positiva em tudo que realizar!
Ver a vida com outros olhos... Só se arrepender do que não fez.
Fazer parcerias com os amigos. Crescer juntos.
Dormir feliz.
Emanar vibração de amor... Saber que estamos só de passagem.
Melhorar os relacionamentos. Aproveitar as oportunidades.
Ouvir o coração... Acreditar na vida!
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