Bom, hoje é sexta-feira.
Sendo assim, nada melhor do que um pouco de filosofia.
Segue:
"Muitas pessoas me perguntam: ‘O que os velhos fazem quando se aposentam?'".
"Bem, eu tenho sorte de ter uma formação em engenharia química, e uma das coisas que eu mais gosto é transformar cerveja, vinho e outras bebidas alcoólicas em urina"
Harold deverá ser uma inspiração à todos.
Tô chegando lá!!!!!!
sexta-feira, 30 de abril de 2010
O Caso Paulino - Carrancas / MG
Recebi hoje um e-mail do Tio Tarley acerca do famoso "Caso Paulino" ocorrido em tempos idos (e muito idos) lá em Carrancas - MG.
Sei que muitos não conhecem o fato e, da forma que aqui será postado, pode se tornar um tanto incompreensével e misterioso. Contudo, gostei do mistério e como o Tio Tarley se comprometeu a fornecer os detalhes "após umas e outras crepusculares", segue abaixo o post com o exato texto que recebi por e-mail.
(Apenas para não ficarem totalmente perdidos, informo que o tal Paulino foi linchado pela povo de Carrancas, após um certo acontecido).
Eis o e-mail:
Marcos Aurélio,
Olha um "causo" interesante da nossa história. Não soube "blograr"
Abração a todos.
Tio Tarley
Eis o anexo do e-mail:
MEUS FILHOS:
Vou “transcrever” (que palavra) o que achei num livro de meu Pai. Ainda falam em Carrancas que o “caso Paulino” foi uma lenda, uma estória . . .
Esse livro, que me foi entregue pela minha mãe, achei e fiz a obrigação de passar p/ meu irmão mais velho (Tio Ruy). O “escrito” dizia o seguinte:
“Tendo pousado em casa do Sr. Ananias Ferreira e pela manhã quando descia, entrei na casa onde estava o Sr. Pereira, para cumprimental-o; ahi achei um grupo de pessoas que dentre este recordo-me do S.R.G. que convidou-me para matar o Paulino, ao que não lhe respondi. Tendo sahido o dito grupo, o Sr. Alfredo Roza perguntou-me: o que o Sr. Acha sobre isso? Respondi-lhe: Eu sou pela prudência; replicou elle: Eu concordo com o Sr.
E chegando onde estava o preso, achei ahi um considerável grupo de pessoas, exigindo o preso para matal-o ao que se opunha meo pae e mais pessoas.
Tendo já dados alguns arrancos para tiral-o, o que não conseguiam pelos esforços que meo pae e outras pessoas empregava. Vendo que o movimento alterava cada vez mais e alguns já muito irritados, julguei prudente previnir a meo pae que achava bom, elle retirar-se que se não elle podia ser desfeitiado e desrespeitado e tornaria se ........ Respondeo-me elle: Pois é o que faço. E tendo elle retirado ouvi o barulho e imediatamente vi o preso na rua.
Tão impressionado fiquei que nem ao menos vi quem o puxava. Vi que elle pisava firme e . . . e logo não o vi mais por ter sido encoberto pelo povo que o acompanhava.”
Tenho esse manuscrito original, num papelzinho amarelado pelo tempo. Depois, em momento oportuno, tomando uma “crepuscular”, lhes darei detalhes do fato.
É uma história muito interessante, será???
Abração a todos
Tio Tarley
Sei que muitos não conhecem o fato e, da forma que aqui será postado, pode se tornar um tanto incompreensével e misterioso. Contudo, gostei do mistério e como o Tio Tarley se comprometeu a fornecer os detalhes "após umas e outras crepusculares", segue abaixo o post com o exato texto que recebi por e-mail.
(Apenas para não ficarem totalmente perdidos, informo que o tal Paulino foi linchado pela povo de Carrancas, após um certo acontecido).
Eis o e-mail:
Marcos Aurélio,
Olha um "causo" interesante da nossa história. Não soube "blograr"
Abração a todos.
Tio Tarley
Eis o anexo do e-mail:
MEUS FILHOS:
Vou “transcrever” (que palavra) o que achei num livro de meu Pai. Ainda falam em Carrancas que o “caso Paulino” foi uma lenda, uma estória . . .
Esse livro, que me foi entregue pela minha mãe, achei e fiz a obrigação de passar p/ meu irmão mais velho (Tio Ruy). O “escrito” dizia o seguinte:
“Tendo pousado em casa do Sr. Ananias Ferreira e pela manhã quando descia, entrei na casa onde estava o Sr. Pereira, para cumprimental-o; ahi achei um grupo de pessoas que dentre este recordo-me do S.R.G. que convidou-me para matar o Paulino, ao que não lhe respondi. Tendo sahido o dito grupo, o Sr. Alfredo Roza perguntou-me: o que o Sr. Acha sobre isso? Respondi-lhe: Eu sou pela prudência; replicou elle: Eu concordo com o Sr.
E chegando onde estava o preso, achei ahi um considerável grupo de pessoas, exigindo o preso para matal-o ao que se opunha meo pae e mais pessoas.
Tendo já dados alguns arrancos para tiral-o, o que não conseguiam pelos esforços que meo pae e outras pessoas empregava. Vendo que o movimento alterava cada vez mais e alguns já muito irritados, julguei prudente previnir a meo pae que achava bom, elle retirar-se que se não elle podia ser desfeitiado e desrespeitado e tornaria se ........ Respondeo-me elle: Pois é o que faço. E tendo elle retirado ouvi o barulho e imediatamente vi o preso na rua.
Tão impressionado fiquei que nem ao menos vi quem o puxava. Vi que elle pisava firme e . . . e logo não o vi mais por ter sido encoberto pelo povo que o acompanhava.”
Tenho esse manuscrito original, num papelzinho amarelado pelo tempo. Depois, em momento oportuno, tomando uma “crepuscular”, lhes darei detalhes do fato.
É uma história muito interessante, será???
Abração a todos
Tio Tarley
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Seixos Rolados
Lépido e faceiro montou no cavalo arreado com esmero e evidenciando grande destreza o pôs a trotar rumo aos campos do Retiro Alto. Pela primeira vez após longo tempo cavalgava com espírito aliviado da carga das dívidas que o atormentavam desde que decidira comprar uma cama de casal, um toucador, um guarda-roupa e atrelar à sua caminhada uma companheira que desde então com ele morava.
De lá para cá, os juros extorsivos, os caprichos da comparte e outras coisinhas mais só fizeram o débito crescer em tal proporção e descontrole que não era incomum lhes serem apresentadas contas das quais não lhe vinham ao tino suas origens.
Tinha especial estima por aquele cavalo, um animal sôfrego, de boa marcha, que respondia prontamente aos seus comandos e cavalga-lo, sobretudo naquela hora da manhã, quando a noite mal acabara de parir o sol e os campos ainda estavam cobertos pelo orvalho, lhe proporcionava imenso prazer. Naquele dia, em especial, o prazer da cavalgada era ainda maior. Isso porque, logo no primeiro resfolegar do baio, as preocupações se esfumaram nos vapores que escaparam de suas ventas, abrindo um imenso vazio a ser preenchido exclusivamente pela luz e o cheiro da manhã. Não que seus débitos houvessem sido quitados. Não. Sequer renegociados foram, nada disso... Apenas, subitamente deixaram de ter importância: Na sua frente apenas a serra a ser escalada e uma missão final a ser cumprida.
Então fustigou o baio fazendo com que ele passasse do trote curto para uma toada larga e em pouco tempo, sem olhar uma vez sequer para traz, chegou ao sopé da serra.
Após conquistar o primeiro patamar, como de costume, apeou da montaria e com as mãos em concha bebeu do regato cristalino que corria entre pedras à sombra de uma restinga rala. Tirou o chapéu, limpou com a mão o suor da testa e, também como sempre fazia, estendeu o olhar sobre a pradaria verde que se descortinava: Algumas manchas de neblina baixa, pequenos pontos de alagamento e lá no fundo a fumaça branca subindo da chaminé da sede.
Desta vez, contudo, não havia a fumaça branca escapando pela chaminé, mas grossos rolos avermelhados desprendiam-se da casa que era consumida pelas chamas... Talvez aquela fina fumaça rósea, que se destacava lírica entre os rolos rubros, bailando com extrema leveza, se desprendesse do corpo dela.
Suspirou aliviado...
Restava-lhe galgar a última encosta e, do cume, rolar com os seixos penhasco abaixo.
De lá para cá, os juros extorsivos, os caprichos da comparte e outras coisinhas mais só fizeram o débito crescer em tal proporção e descontrole que não era incomum lhes serem apresentadas contas das quais não lhe vinham ao tino suas origens.
Tinha especial estima por aquele cavalo, um animal sôfrego, de boa marcha, que respondia prontamente aos seus comandos e cavalga-lo, sobretudo naquela hora da manhã, quando a noite mal acabara de parir o sol e os campos ainda estavam cobertos pelo orvalho, lhe proporcionava imenso prazer. Naquele dia, em especial, o prazer da cavalgada era ainda maior. Isso porque, logo no primeiro resfolegar do baio, as preocupações se esfumaram nos vapores que escaparam de suas ventas, abrindo um imenso vazio a ser preenchido exclusivamente pela luz e o cheiro da manhã. Não que seus débitos houvessem sido quitados. Não. Sequer renegociados foram, nada disso... Apenas, subitamente deixaram de ter importância: Na sua frente apenas a serra a ser escalada e uma missão final a ser cumprida.
Então fustigou o baio fazendo com que ele passasse do trote curto para uma toada larga e em pouco tempo, sem olhar uma vez sequer para traz, chegou ao sopé da serra.
Após conquistar o primeiro patamar, como de costume, apeou da montaria e com as mãos em concha bebeu do regato cristalino que corria entre pedras à sombra de uma restinga rala. Tirou o chapéu, limpou com a mão o suor da testa e, também como sempre fazia, estendeu o olhar sobre a pradaria verde que se descortinava: Algumas manchas de neblina baixa, pequenos pontos de alagamento e lá no fundo a fumaça branca subindo da chaminé da sede.
Desta vez, contudo, não havia a fumaça branca escapando pela chaminé, mas grossos rolos avermelhados desprendiam-se da casa que era consumida pelas chamas... Talvez aquela fina fumaça rósea, que se destacava lírica entre os rolos rubros, bailando com extrema leveza, se desprendesse do corpo dela.
Suspirou aliviado...
Restava-lhe galgar a última encosta e, do cume, rolar com os seixos penhasco abaixo.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Redação Volkswagem
Se é verdade não sei, assim como também não sei quem o autor para lhe dar os devidos créditos. Recebi por e-mail e publico exatamente como recebi, pois achei muito genial:
Vale a EXPERIENCIA ao fazer esta leitura. Muito bom! vale a pena ler.
ESSA REDAÇÃO MERECE SER LIDA E DIGERIDA: O SUJEITO TEM ALMA!!!
REDAÇÃO DO CONCURSO DA VOLKSWAGEM
No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência'?
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos.
Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.
REDAÇÃO VENCEDORA:
"Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas...
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
'Qual sua experiência?' .
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.. .experiência. ..
Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência?
Vale a EXPERIENCIA ao fazer esta leitura. Muito bom! vale a pena ler.
ESSA REDAÇÃO MERECE SER LIDA E DIGERIDA: O SUJEITO TEM ALMA!!!
REDAÇÃO DO CONCURSO DA VOLKSWAGEM
No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência'?
A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos.
Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.
REDAÇÃO VENCEDORA:
"Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada de bunda.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua,
Já gritei de felicidade,
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.
Foram tantas coisas feitas...
Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.
E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
'Qual sua experiência?' .
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência.. .experiência. ..
Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência?
Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta:
Experiência?
"Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?"
quinta-feira, 22 de abril de 2010
O Primeiro Beijo
Sei que todos conhecem o poema.Mas o bonequita linda, me deixou assim, assim...
Ela estava na janela,
olhar distante, sonhadora,
pareceu-me assim, tão bela
como se uma deusa fora.
Nem notou minha presença,
ali encantada, embevecida
-Tão alheia, no que pensa?
-O que te faz tão ausente, querida?
-O primeiro beijo!
-Ó sim, lembro-me e quanto!
-Inda hoje te vejo
nos meus braços em doce encanto
Ante seu riso brejeiro,
notei que havia me enganado
e ela num gesto ligeiro
com o dedo me mostrava ao lado.
Olhando um pouco sem graça
para onde o dedo indicava,
vi o pé de beijo que juntos plantamos
que garboso, o primeiro beijo ostentava.
Milton
Ela estava na janela,
olhar distante, sonhadora,
pareceu-me assim, tão bela
como se uma deusa fora.
Nem notou minha presença,
ali encantada, embevecida
-Tão alheia, no que pensa?
-O que te faz tão ausente, querida?
-O primeiro beijo!
-Ó sim, lembro-me e quanto!
-Inda hoje te vejo
nos meus braços em doce encanto
Ante seu riso brejeiro,
notei que havia me enganado
e ela num gesto ligeiro
com o dedo me mostrava ao lado.
Olhando um pouco sem graça
para onde o dedo indicava,
vi o pé de beijo que juntos plantamos
que garboso, o primeiro beijo ostentava.
Milton
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Bonequita Linda
Ontem, domingo, peguei meu violão e com aquela maestria que me é peculiar dedilhei um solinho: “Bonequita Linda”...
Como não lembrar?
A filharada em volta de nossos pais, na cozinha ou no alpendre. Papai dedilhando o violão, com aquelas mãos duras e dedos calejados, um "solinho limpo", básico, usando quase que apenas as cordas mais graves, sem nenhum acorde, e mamãe cantando, uma oitava acima, “Bonequita Linda”.
Uma musiquinha singela que fez sucesso (também) na voz de Nat King Cole.
Que simpicidade, que pureza de sentimentos inspirava aquela cena!
Saudade, saudade muita!
Então tá, segue a letra para os que não conhecem (os sobrinhos, talvez):
Bonequita linda,
De cabelos d’ouro
Olhos tentadores
Lábios de rubi.
Bonequita linda
Todo meu tesouro
Diz-me se me queres
Como eu a ti.
Às vezes escuto
Um eco divino
Mais parece a brisa
Que vem me dizer
Sim te quero muito
Muito, muito, muito...
Tanto quanto agora
Sempre até morrer.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Moleca de rua
Mais um poeminha para encerrar a semana e antes de eu sair para tomar uma gelada:
Moleca de rua
Os tropeços da alma doem mais.
Os joelhos ralados, as palmas esfoladas,
não são nada, mamãe assopra e passa.
Mas o que fazer se minha alma é desenfreada?
Se é moleca,
sapeca,
de rua,
nua,
inocente,
indecente,
inconseqüente,
e pura?
Se aquieta, alma desatinada,
que a prudência é amiga
não abre tantas feridas,
e nem lhe põe a cabeça sob a espada.
Moleca de rua
Os tropeços da alma doem mais.
Os joelhos ralados, as palmas esfoladas,
não são nada, mamãe assopra e passa.
Mas o que fazer se minha alma é desenfreada?
Se é moleca,
sapeca,
de rua,
nua,
inocente,
indecente,
inconseqüente,
e pura?
Se aquieta, alma desatinada,
que a prudência é amiga
não abre tantas feridas,
e nem lhe põe a cabeça sob a espada.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Desespero
Era tarde, calor intenso, ar parado, cheiro poeirento, energia paralisante.Pessoas que, por ele cruzavam nas calçadas, mostravam-se taciturnas, enfezadas mesmo.O tempo lhes emprestava um ar de desleixo,de sujeira. Havia uma claridade nauseante e enquanto com passos largos tentava alcançar seu destino, observava enojado o mundo ao seu redor.
Caminhava em desespero, sofreguidão...Caminhava estrangeiro, solidão.Estrangeiro era o que era. Estrangeiro era o que sobrara.O calor lhe ensopava o corpo, não lavava a alma.Não mais acreditava em terra prometida. A vida resultara nesse nada absoluto, nada resoluto.
Era a rua, era a multidão.Amontoado de gente entre carros e edifícios, ilusão.Caminhava ausentando o espírito do que os olhos viam. Ali naquele canto, andrajos jogados, um pé de sapato lamentando seu par.Lá, no estacionamento,uma criança se dobra cheirando cola.
Caminhava com pressa,o pulso na frente da cara, os ponteiros gritando a hora.Caminhava em desalento, os passos presos, a garganta seca.Estrangeiro por estradas senis, estrangeiro de poses servis.Nem mais queria a terra prometida,nem mesmo a terra esquecida.
Era a praça escaldante, era a pomba cambaleante.No centro, um santo de bíblia na mão proclama o reino de Deus, aqui na terra. Jogado no banco, o bêbado gargalha e murmura: aqui ....
Caminhava trôpego, no bolso o dinheiro pouco. Sentado na calçada, atrapalhando a circulação, um cego estende o chapéu, mutilação.O sol não dava trégua, mais três quarteirões. Sem trocado para o ônibus, anulação.Não sonhava a terra prometida, quase odiava a terra falida.
Era o bando de hippies. Malucos Beleza vendendo patética arte. Era o bando desfilando sina profética. Desviando,era uma lady que toma um táxi, repugnância.Era a polícia, ali no escondido, dando uma batida.Ignorância.
Caminhava exausto, suor nas mãos, ronco no estômago, dor na cabeça, confusão.Um vendedor ambulante na sua desvairada correria quase o derruba. Mas não vai sem gritar sua mercadoria.Um homem de terno tem, num átimo, sua maleta roubada.Inquietação.As mãos aflitas acenam , imploram socorro.Desolação.
Era a cabeça ensaiando respostas bem articuladas.Paciência.Era a entrevista marcada no arranhacéu ali adiante. Subserviência. Era a mão trêmula buscando o delírio.Inconseqüência.Era a buzina agonizante, era a fúria , era já.
Caminhava decidido. Só mais um passo. Uma mulher balofa o empurra. Tem em sua pele o suor melado, feminino, asqueroso. A mãe enlouquecida arrasta uma criatura esquelética que quase voa.Ignorava a terra prometida, afundava na terra ensandecida.
Era a mão deslizando na superfície lisa, arredondada,no vazio do bolso.Mescalina.Era a boca seca engolindo a danação.Era a primeira onda submergindo a cidade.Eram os passos ganhando agilidade.Eram os olhos ampliando a visão
Caminhava se arrastando por entre baratas homicidas Insetos de antenas perfurantes entocando transeuntes.Caminhava encharcando os pés na matéria purulenta que escorria dos edifícios.Derretia sob o sol indiferente.Desfazia-se em inflamação.
Era a rua coberta de alucinados motores.. Eram cabeças flutuantes gritando das janelas.Era a travessia aguardada.O sinal hemorrágico desavisando-o.Mais um passo e ...nada
Caminhava em desespero, sofreguidão...Caminhava estrangeiro, solidão.Estrangeiro era o que era. Estrangeiro era o que sobrara.O calor lhe ensopava o corpo, não lavava a alma.Não mais acreditava em terra prometida. A vida resultara nesse nada absoluto, nada resoluto.
Era a rua, era a multidão.Amontoado de gente entre carros e edifícios, ilusão.Caminhava ausentando o espírito do que os olhos viam. Ali naquele canto, andrajos jogados, um pé de sapato lamentando seu par.Lá, no estacionamento,uma criança se dobra cheirando cola.
Caminhava com pressa,o pulso na frente da cara, os ponteiros gritando a hora.Caminhava em desalento, os passos presos, a garganta seca.Estrangeiro por estradas senis, estrangeiro de poses servis.Nem mais queria a terra prometida,nem mesmo a terra esquecida.
Era a praça escaldante, era a pomba cambaleante.No centro, um santo de bíblia na mão proclama o reino de Deus, aqui na terra. Jogado no banco, o bêbado gargalha e murmura: aqui ....
Caminhava trôpego, no bolso o dinheiro pouco. Sentado na calçada, atrapalhando a circulação, um cego estende o chapéu, mutilação.O sol não dava trégua, mais três quarteirões. Sem trocado para o ônibus, anulação.Não sonhava a terra prometida, quase odiava a terra falida.
Era o bando de hippies. Malucos Beleza vendendo patética arte. Era o bando desfilando sina profética. Desviando,era uma lady que toma um táxi, repugnância.Era a polícia, ali no escondido, dando uma batida.Ignorância.
Caminhava exausto, suor nas mãos, ronco no estômago, dor na cabeça, confusão.Um vendedor ambulante na sua desvairada correria quase o derruba. Mas não vai sem gritar sua mercadoria.Um homem de terno tem, num átimo, sua maleta roubada.Inquietação.As mãos aflitas acenam , imploram socorro.Desolação.
Era a cabeça ensaiando respostas bem articuladas.Paciência.Era a entrevista marcada no arranhacéu ali adiante. Subserviência. Era a mão trêmula buscando o delírio.Inconseqüência.Era a buzina agonizante, era a fúria , era já.
Caminhava decidido. Só mais um passo. Uma mulher balofa o empurra. Tem em sua pele o suor melado, feminino, asqueroso. A mãe enlouquecida arrasta uma criatura esquelética que quase voa.Ignorava a terra prometida, afundava na terra ensandecida.
Era a mão deslizando na superfície lisa, arredondada,no vazio do bolso.Mescalina.Era a boca seca engolindo a danação.Era a primeira onda submergindo a cidade.Eram os passos ganhando agilidade.Eram os olhos ampliando a visão
Caminhava se arrastando por entre baratas homicidas Insetos de antenas perfurantes entocando transeuntes.Caminhava encharcando os pés na matéria purulenta que escorria dos edifícios.Derretia sob o sol indiferente.Desfazia-se em inflamação.
Era a rua coberta de alucinados motores.. Eram cabeças flutuantes gritando das janelas.Era a travessia aguardada.O sinal hemorrágico desavisando-o.Mais um passo e ...nada
Arroz Maria Isabel
Continuando com minhas dicas culinárias, no firme intento de ajudar meu irmão a cumprir um de seus propósitos para ano 2010, segue mais uma receita típica do Mato Grosso.
É bom que eu explique, contudo, que eu, dadas minhas condições de um "sem lar", não preparei nenhuma delas. Apenas as conheço de as apreciar em algum restaurante ou casa de algum amigo aqui no MT.
Feita a resalva, segue a receita:
Ingredientes
- 500 g de carne de sol picada
- 2 xícaras de arroz
- 2 1/2 xícaras de água quente
- 2 dentes de alho picado
- 1 cebola (pequena) picada
- 1 tablete de caldo de carne
- óleo
- 4 pimentas de cheiro
- 2 maços de cheiro verde
- 4 folhas de louro
- pimenta a gosto
- sal
Em uma panela, coloque o óleo e deixe esquentar. Junte o alho, a cebola, a carne, o tablete de carne e o sal e deixe refogar por cerca de cinco minutos. Acrescente o arroz e meixa bem... Deixe fritar por alguns minutos.
Coloque a água quente e os demais temperos e deixe cozinhando a "meia tampa" e quando o arroz estiver secando, tampe totalmente a panela e deixe finalizar em fogo baixo.
Pronto!
quarta-feira, 7 de abril de 2010
Porque os casamentos duravam?
Mais uma no velho "estilo almanaque"... Vocês sabem porque os casamentos de antigamente duravam mais (muito mais...)?
Em revistas antigas foram encontradas as respostas.
Vejam a seguir:
(Com essa, as mulheres Ferreira vão acabar comigo!)
PORQUE OS CASAMENTOS DURAVAM
Frases retiradas de revistas femininas das décadas de 50 e 60:
1. Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças, 1957);
2. Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo. (Revista Claudia, 1962);
3. A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa. (Jornal das Moças, 1965)
4. A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas. (Jornal das Moças, 1959);
5. Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete.Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa. (Jornal das Moças, 1957);
6. A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré - núpcias, mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara. (Revista Claudia, 1962);
7. Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (Revista Querida, 1954);
8. O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. ELE é quem decide - sempre (Revista Querida, 1953);
9. Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil (Jornal das Moças, 1958);
10. É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal das Moças, 1957);
E para finalizar...
11. O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza. (Revista Querida, 1955).
CONCLUSÃO:
Não se fazem mais revistas instrutivas como antigamente!!!
Em revistas antigas foram encontradas as respostas.
Vejam a seguir:
(Com essa, as mulheres Ferreira vão acabar comigo!)
PORQUE OS CASAMENTOS DURAVAM
Frases retiradas de revistas femininas das décadas de 50 e 60:
1. Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas. (Jornal das Moças, 1957);
2. Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto, sem questioná-lo. (Revista Claudia, 1962);
3. A desordem em um banheiro desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa. (Jornal das Moças, 1965)
4. A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas, servindo-lhe uma cerveja bem gelada. Nada de incomodá-lo com serviços ou notícias domésticas. (Jornal das Moças, 1959);
5. Se o seu marido fuma, não arrume briga pelo simples fato de cair cinzas no tapete.Tenha cinzeiros espalhados por toda a casa. (Jornal das Moças, 1957);
6. A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar uma mulher por não ter resistido às experiências pré - núpcias, mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara. (Revista Claudia, 1962);
7. Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (Revista Querida, 1954);
8. O noivado longo é um perigo, mas nunca sugira o matrimônio. ELE é quem decide - sempre (Revista Querida, 1953);
9. Sempre que o homem sair com os amigos e voltar tarde da noite, espere-o linda, cheirosa e dócil (Jornal das Moças, 1958);
10. É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido. (Jornal das Moças, 1957);
E para finalizar...
11. O lugar de mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza. (Revista Querida, 1955).
CONCLUSÃO:
Não se fazem mais revistas instrutivas como antigamente!!!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Tanto Vinho
quinta-feira, 1 de abril de 2010
Perdão
Sei apenas que,como o rancor faz mal e ocasiona danos ao nosso sistema nervoso,o perdão,ao contrário,aumenta nossa imunidade da alma e do corpo.
Um tipo de perdão que precisamos exercitar urgentemente,è o autoperdão
Não devemos cobrar de nós mesmos nem de ninguém o acerto a todo instante
Teresa de Calcutá pelas mãos de Robson Pinheiro
Um tipo de perdão que precisamos exercitar urgentemente,è o autoperdão
Não devemos cobrar de nós mesmos nem de ninguém o acerto a todo instante
Teresa de Calcutá pelas mãos de Robson Pinheiro
Mar Morto
O rio Jordão (hebraico: נהר הירדן, nehar hayarden; árabe: nahr al-urdun) é um rio de grande importância religiosa que se situa na Terra Santa, formando o talvegue do Vale do Jordão, a fronteira natural entre Israel e a Jordânia.
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Jordão significa aquele que desce ou também lugar onde se desce (bebedouro).
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As suas margens, em especial no troço de montante que transporta água doce, são muito aproveitadas para agricultura, tanto do lado de Israel como do lado da Jordânia.
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Desse rio originam-se dois grandes lagos, tão grandes que são conhecidos como mar: O Mar da Galileia e o Mar Morto.
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O Mar da Galileia, também dito Mar de Tiberíades ou Lago de Genesaré (em língua hebráica: ים כנרת, Kinneret) é um extenso lago de água doce, o maior de Israel, com comprimento máximo de cerca de 19 km e largura máxima de cerca de 13 km. É um lago piscoso e cheio de vida e Grande parte do ministério de Jesus Cristo decorreu nas margens do lago de Genesaré.
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O Mar Morto (em hebráico: ים המלח; em árabe: البحر الميت.) é um lago de água salgada. Com uma superfície de aproximadamente 1050 km2, correspondente a um comprimento máximo de 80 km e a uma largura de máxima de 18 km banha a Jordânia, Israel e a Cisjordânia. O Mar Morto tem esse nome devido a grande quantidade de sal por ele apresentada, dez vezes superior à dos demais oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida - flora ou fauna - em suas águas. Qualquer peixe que seja transportado pelo Rio Jordão morre imediatamente, assim que desagua neste lago de água salgada. Em termos de concentração, e em comparação com a concentração média dos restantes oceanos em que o teor de sal, por 100 ml de água, não passa de 3 g, no Mar Morto essa taxa é de 30 a 35 g de sal por 100 ml de água, ou seja, dez vezes superior.
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Como isso ocorre se ambos são alimentados pela a mesma fonte? Se ambos são formados pelas águas do Rio Jordão?
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Bem, a explicação que ouvi, e que muito me emocionou, foi proferida pelo Pastor Diolindo, quando da celebração do Culto Ecumênico para Início da Safra 2010/2011: Ocorre, disse ele, que o Mar da Galileia recebe as águas do Rio Jordão e repassa grande parte dela adiante, não a retém exclusivamente para si, enquanto o Mar Morto retém toda a água recebida e morre ali o Rio Jordão.
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Sendo a região de alta salinidade e retendo egoisticamente toda a água recebida o Mar Morto retém também grande quantidade de sal e com isso a impossibilidade de ter vida. Já o Mar da Galileia que repassa muito do que recebe, é abençoado com a vida.
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Fica a mensagem para refletirmos agora na Páscoa!
Início de Safra
Teve hoje o início da safra 2010/2011 na Usinas Itamarati S.A., para a qual estão previstos os seguintes números:
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Moagem: 5.900.000 toneladas de cana moída;
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Açúcar: 5.070.000 sacas (50 kg) de açúcar;
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Alcoo Hidratado: 205.477.000 litros (para ser usado no seu carro)
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Alcool Anidro: 94.795.000 litros (para ser misturado na sua gasolina)
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E o que que eu tenho com isso? Podem estar perguntando meus queridos Ferreiras.
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Nada, eu lhes respondo.
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Mas se vocês soubessem o trabalho que me deu (não só para mim, é claro!), vocês compreenderiam o meu entusiasmo com o início desta safra!
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