Domingo. Manhã de muita luz. Caminhamos, eu e minha netinha, pendurada na minha mão direita, no calçadão ensolarado da praia de Ipanema. Vamos quietos, eu carregando meus sessenta e ela a pureza de seus dois aninhos, até que surgiram os pombos...
Dezenas deles! Desceram em revoada, cobrindo de cinza o banco próximo e de espanto minha princesa, que subitamente lançou-se no meu colo. Também vestida de cinza, miúda, franzina, cabelos muito brancos e cuidadosamente enrolados num coque, uma velhinha estendia aos pombos sua mão frágil com um punhado de milho, daí a razão do alvoroço dos pássaros.
Aproximei-me, com minha netinha agarrada ao meu pescoço.
Durante alguns minutos, apenas fiquei ali. Ouvindo o incessante arrulhar e observando a extrema fragilidade da cena. A sensação que me tomou foi de que um único ruído, por mínimo que fosse, seria suficiente para espantar os pombos e fazer desaparecer no ar a bondosa senhora e que, tão logo isto acontecesse, também eu e Isabela seriamos tragados pelo nada, incorporados que estávamos ao cenário.
Ainda assim continuei um pouco mais ali.
Isabela, ainda no meu colo, olhos arregalados, mas já não tão assustados, acompanhava a movimentação dos bicos e asas... E, então, a vovozinha me ofereceu um punhado de milho para que eu alimentasse os pombos na minha mão. Aceitei. Com Isabela no meu colo, estendi meu braço oferecendo as sementes. Vieram aos montes, rodeando nossas cabeças, pousando no meu braço, arrulhando, bicando, engolindo os grãos dourados, para assombro de minha netinha...
Depois de nos desagarrarmos da cena, prosseguimos pelo calçadão até um quiosque e ali, enquanto Isabela bebia a água de um coco, eu pensava na efemeridade dos momentos. Assim como a fragilidade percebida na revoada dos pombos, esta cumplicidade, vovô e netinha, tem asas ligeiras que a levam para onde não sei.
No dia seguinte eu já estaria de volta em Mato Grosso... O que justifica esta ausência?
quarta-feira, 30 de junho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
29 de Junho - Dia do Futebol
"Os Ferreira - Também é cultura (Futebolistica)"
29 DE JUNHO - DIA DO FUTEBOL
[junho de 1999]
A bola vem alta na direção do atacante, que de costas para o gol, faz o impossível: levanta vôo e, sempre de costas para o gol, chuta a bola em pleno ar.
Está no filó!
No dia do esporte mais popular do país, recordamos Leônidas da Silva, o “Homem de Borracha”, criador de uma das mais belas jogadas do esporte: a bicicleta, mistura de futebol, balé e capoeira. Carioca, nascido em 1913, craque da seleção, Leônidas atuou em clubes do Rio e de São Paulo. Apelidado “Diamante Negro”, em sua homenagem foi criada linha de chocolates até hoje no mercado.
29 DE JUNHO - DIA DO FUTEBOL
[junho de 1999]
A bola vem alta na direção do atacante, que de costas para o gol, faz o impossível: levanta vôo e, sempre de costas para o gol, chuta a bola em pleno ar.
Está no filó!
No dia do esporte mais popular do país, recordamos Leônidas da Silva, o “Homem de Borracha”, criador de uma das mais belas jogadas do esporte: a bicicleta, mistura de futebol, balé e capoeira. Carioca, nascido em 1913, craque da seleção, Leônidas atuou em clubes do Rio e de São Paulo. Apelidado “Diamante Negro”, em sua homenagem foi criada linha de chocolates até hoje no mercado.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Pedro Henrique
Hoje me dei conta da existência, não sei desde quando, de mais um "seguidor" no blog: Pedro Henrique.
Que bom!
Seja bem vindo Pedrão!
Espero que sua presença se faça também com post's e comentários...
Abração do tio.
Colelo.
Que bom!
Seja bem vindo Pedrão!
Espero que sua presença se faça também com post's e comentários...
Abração do tio.
Colelo.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Mojica de Pintado
Dia destes meu irmão Milton (Tito - para os íntimos) me ligou todo empolgado, um dos três propósitos que ele firmou para serem cumpridos em 2010 havia se materializado: Tornara-se o legítmo proprietário de um belíssimo e cavalo, ao qual chamou de Marengo (em homenagem ao velho Marengo lá da Fazenda dos Coelhos, em Paulo Freitas).
Parabéns, Maninho... Fico muito feliz por você!
Bom, os outros dois propósitos eram: Aprender fotografar e aprender cozinhar.
De minha parte, tenho procurado contribuir com o "aprender cozinhar" postando neste blog algumas receitas da culinária matogrossense. Então, motivado pela primeira conquista, aqui vai uma das melhores:
"Mojica de Pintado"
Ingredientes
(para 5 pessoas)
- 2 kg de pintado limpo e cortado em cubos médios
- 1/2 copo (americano) de óleo de soja (melhor usar azeite)
- 3 dentes grandes de alho
- 150 g de tomate cortado em cubinhos
- 150 g de cebola cortada em cubinhos
- 50g de cebolinha picada
- 50 g de coentro picado (eu não usaria... E o gosto de percevejo do carai?)
- 50g de salsa picada
- 2 colheres (sopa) de massa de tomate
- 700 g de mandioca cozida e cortada em cubos
- sal a gosto
Modo de preparo
Reserve a água com a qual cozinhou a mandioca.
Em uma panela, frite o alho socado no óleo. Adicione o tomate, a cebola, a cebolinha, o coentro e a salsa (reserve um pouco da cebolinha e da salsa para decorar) e frite um pouco mais. Adicione a massa de tomate até a mistura ficar rosé. Junte o peixe e, em seguida, a água da mandioca. Salgue a gosto. Quando levantar fervura, coloque a mandioca cozida. Cozinhe por cerca de 15 minutos e apague o fogo antes que a mandioca desmanche. Decore com salsa e cebolinha picadas.
domingo, 20 de junho de 2010
Psicografia?
Não me perguntei por que...
Cheguei em casa.Sinto medo. O peito aperta O vazio enche o espaço.A ausência espalha seu manto fúnebre.O silêncio grita sua presença .Com passos lentos, pesados busco meu canto.Preciso de alguns minutos para estar comigo mesma.Preciso me recompor. Espio meus filhos: trazem os olhos rasos, os ombros caídos, as mãos perdidas, o coração descompassado; os netos também buscam um lugar que lhes seja reconhecível.A mesa vazia transborda a toalha branca .Altar. Devem ter fome. Eu também estou faminta, fome enjoada.Quisera poder preparar um lanche. Por que as filhas não previram a fome? Por que não prepararam algo para comer?O depois sempre vem!Ainda não aprenderam?Vou ao banheiro.Preciso ir ao banheiro.Ali está ela.Sempre me vigiando.Olha aflita pela greta da porta.Comove-me.Quase bati a cabeça na barra de apoio no degrau do banheiro.Nunca me serviu essa barra...a não ser para isso.Inútil. Para ele também não servira. Inútil..Expulsei-o da minha suíte, da minha intimidade.Não, meu Deus não fui eu, foi a doença, maldita doença que o levou.Ela continua ali me vigiando; quero chorar,mas ela está ali, pode ouvir. Não quero que sofra mais.Coitadinhos dos meus filhos amavam tanto o pai.
Que benção, uma alma caridosa trouxe um lanche, completo. A toalha branca está repleta de salgadinhos, pães, bolos,sucos, chocolate quente, queijos...um café divertido diria aquela que afoga o choro.Deus seja louvado!Não saberia como prepará-lo.Há tempos não sei mais fazer as coisas. Não sei o que temos na cozinha, não sei quando a roupa de cama foi trocada. Tive até de fazer uma listinha com o nome dos filhos, noras, genros e netos...pode?Ando esquecida, acho até que tenho a mesma doença.É triste, deprimente...não quero seguir seu rastro, tenho tanto pudor, tanto medo.
Todos se aproximam timidamente da mesa e começam a comer.Respeitosamente comem; parece até que estão comungando. Corpo de Cristo...amém!Todos reunidos. Essa mesma mesa que já foi cenário de tantas festas, tantos natais, tantos reveillons...essa mesma mesa que já foi palco de tanta algazarra, de tanta alegria...Nunca mais, digo eu.Olho meus filhos e busco entre eles meu amado esposo...vejo-o aos pedaços ...no jeito de andar de um, no olhar de outra, no gesto daquele, na voz deste, no agrado de quem me consola, mas ele, ele se foi. Olho os genros e noras...são sim, uma só família!
Nunca mais...
Finalmente me esqueceram.Disse que queria deitar um pouquinho.Sempre respeitaram meu sono.Minha filha muito amada me pôs para dormir. Pedi para não fechar a janela:é só um cochilinho!
São cinco horas.O sol despeja claridade nas brancas casas do morro.Fica bonito.Ele gostava tanto de ver essa tela. Achava extasiante essa luminosidade etérea derramando sobre o mundo.Nestas horas do dia, ele que é poeta, desejava ser pintor: não há palavras que pintem essa beleza, dizia. Olho a luz despejando-se... e aos poucos o branco se dissolve em tonalidades douradas, matizes vermelhos...é o crepúsculo chegando.
Será que ele me vê do outro lado?Será que vê a lágrima que não derrama?Será que ele desarma o desespero?Quebrou o juramento?Quem disse que você está feliz?Não pode estar feliz sem mim!Não pode!Não tínhamos um trato?Por que não me levou?Não, não quebrou. Apenas me deu um tempo para preparar as malas, uma pausa para despedidas. Sou manhosa. Há amores assim, inseparáveis. E eu sei, estarei logo com ele e a nossa cama ,agora tão vazia,vai refletir a luminosidade da tarde dos amantes eternos
Que benção, uma alma caridosa trouxe um lanche, completo. A toalha branca está repleta de salgadinhos, pães, bolos,sucos, chocolate quente, queijos...um café divertido diria aquela que afoga o choro.Deus seja louvado!Não saberia como prepará-lo.Há tempos não sei mais fazer as coisas. Não sei o que temos na cozinha, não sei quando a roupa de cama foi trocada. Tive até de fazer uma listinha com o nome dos filhos, noras, genros e netos...pode?Ando esquecida, acho até que tenho a mesma doença.É triste, deprimente...não quero seguir seu rastro, tenho tanto pudor, tanto medo.
Todos se aproximam timidamente da mesa e começam a comer.Respeitosamente comem; parece até que estão comungando. Corpo de Cristo...amém!Todos reunidos. Essa mesma mesa que já foi cenário de tantas festas, tantos natais, tantos reveillons...essa mesma mesa que já foi palco de tanta algazarra, de tanta alegria...Nunca mais, digo eu.Olho meus filhos e busco entre eles meu amado esposo...vejo-o aos pedaços ...no jeito de andar de um, no olhar de outra, no gesto daquele, na voz deste, no agrado de quem me consola, mas ele, ele se foi. Olho os genros e noras...são sim, uma só família!
Nunca mais...
Finalmente me esqueceram.Disse que queria deitar um pouquinho.Sempre respeitaram meu sono.Minha filha muito amada me pôs para dormir. Pedi para não fechar a janela:é só um cochilinho!
São cinco horas.O sol despeja claridade nas brancas casas do morro.Fica bonito.Ele gostava tanto de ver essa tela. Achava extasiante essa luminosidade etérea derramando sobre o mundo.Nestas horas do dia, ele que é poeta, desejava ser pintor: não há palavras que pintem essa beleza, dizia. Olho a luz despejando-se... e aos poucos o branco se dissolve em tonalidades douradas, matizes vermelhos...é o crepúsculo chegando.
Será que ele me vê do outro lado?Será que vê a lágrima que não derrama?Será que ele desarma o desespero?Quebrou o juramento?Quem disse que você está feliz?Não pode estar feliz sem mim!Não pode!Não tínhamos um trato?Por que não me levou?Não, não quebrou. Apenas me deu um tempo para preparar as malas, uma pausa para despedidas. Sou manhosa. Há amores assim, inseparáveis. E eu sei, estarei logo com ele e a nossa cama ,agora tão vazia,vai refletir a luminosidade da tarde dos amantes eternos
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Deu no "Liberal"
(Jornal de Nova Olímpia - MT)
Motel na Feira
por: Jurandy Santana
(Transcrito exatamente como publicado)
Há tempos que venho recebendo reclamações sobre o assunto, tanto de moradores próximos quanto dos próprios feirantes, trata-se do "Motel" que foi inaugurado recentemente no próprio barracão da Feira Municipal.
Segundo essas reclamações, o bicho pega por lá na calada da madrugada co o sexo rolando livre, lindo e solto, quanto às camas é claro, são utilizadas as próprias barracas, cada espaço serve como suite, e assim vários casais podem amar a vontade, e aí, é claro está instalada a Feira Sexual da cidade: pepinos, cenouras, nabos, mandiocas e quiabos são expostos e vendidos sem a menor fiscalização, cada um vende pelo preço que quer, e grita o mais alto que puder, é uma feira literalmente.
Logo em seguida, lá por volta de quatro horas, chegam os feirantes de verdade para a verdadeira Feira do Prdutor, com seus produtos para serem colocados a venda, e adivinhem onde? Nos mesmos locais onde antes o sexo e a droga corriam solto (Hummmmmmmmm). Com a palavra... Sei lá quem, já sei a guarda pretoriana da rainha Elizabeth II.
Motel na Feira
por: Jurandy Santana
(Transcrito exatamente como publicado)
Há tempos que venho recebendo reclamações sobre o assunto, tanto de moradores próximos quanto dos próprios feirantes, trata-se do "Motel" que foi inaugurado recentemente no próprio barracão da Feira Municipal.
Segundo essas reclamações, o bicho pega por lá na calada da madrugada co o sexo rolando livre, lindo e solto, quanto às camas é claro, são utilizadas as próprias barracas, cada espaço serve como suite, e assim vários casais podem amar a vontade, e aí, é claro está instalada a Feira Sexual da cidade: pepinos, cenouras, nabos, mandiocas e quiabos são expostos e vendidos sem a menor fiscalização, cada um vende pelo preço que quer, e grita o mais alto que puder, é uma feira literalmente.
Logo em seguida, lá por volta de quatro horas, chegam os feirantes de verdade para a verdadeira Feira do Prdutor, com seus produtos para serem colocados a venda, e adivinhem onde? Nos mesmos locais onde antes o sexo e a droga corriam solto (Hummmmmmmmm). Com a palavra... Sei lá quem, já sei a guarda pretoriana da rainha Elizabeth II.
Para aqueles que um dia saíram de casa
Carrinho de fruta de loba
estilingue, bodoque
cavalinho de pau
boizinho de sabugo
Sombra de mangeiras
e jabuticabeiras
Lá vai
sua infância
Vento, brisa
algo te avisa
sua infância
vai acabar
Necessidade -precisão
sua infância
não deve voltar
só crescer
só ganhar
só vencer
Inôcencia e´bobagem
este mundo
não permite transparência
Temos que nos
acautelar
não podemos mostrar
o que sentimos
o que pensamos
temos que nos defender
As pessoas são
más
não te querem o bem
te invejam
te apedrejam
Tua infância
já acabou
agora não adianta
pedir clemência
Teu dodói
não deve doer
estilingue, bodoque
cavalinho de pau
boizinho de sabugo
Sombra de mangeiras
e jabuticabeiras
Lá vai
sua infância
Vento, brisa
algo te avisa
sua infância
vai acabar
Necessidade -precisão
sua infância
não deve voltar
só crescer
só ganhar
só vencer
Inôcencia e´bobagem
este mundo
não permite transparência
Temos que nos
acautelar
não podemos mostrar
o que sentimos
o que pensamos
temos que nos defender
As pessoas são
más
não te querem o bem
te invejam
te apedrejam
Tua infância
já acabou
agora não adianta
pedir clemência
Teu dodói
não deve doer
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Vinicius de Moraes
Um dia dei para nosso pai uma Antologia Poética de Vinicius de Moraes... Após algum tempo ele comentou, encantado: "Sempre acreditei se tratar de um mero cachaceiro... Mas que poeta!".
Gosto muito da poesia de Vinicius!
Vejam estes versos:
De manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo.
Gosto muito da poesia de Vinicius!
Vejam estes versos:
De manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Navegar é preciso
Navegadores antigos tinham
uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso;
viver não é preciso".
Quero para mim o
espírito [d]esta frase,
transformada a forma para
a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o
que é necessário é criar.
Não canto gozar a minha vida;
nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha
de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Fernando Pessoa fez-me lembrar desses poetas família
uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso;
viver não é preciso".
Quero para mim o
espírito [d]esta frase,
transformada a forma para
a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o
que é necessário é criar.
Não canto gozar a minha vida;
nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha
de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Fernando Pessoa fez-me lembrar desses poetas família
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Versejando
Gêiser
Minha alma, torta,
quando arrota,
um gêiser:
De chofre
enxofre,
do nada
um poema.
Laços & Amassos
Abraço,
um laço.
Amasso,
desfaço
com um adeus.
Frustação
Faria agora, na madrugada,
um bolo de fubá.
- cheiro do que de melhor há.
Belíssima cagada!
Não posso comer bolo de fubá,
não a noite,
me dá azia...
Talvez de dia.
Evolução
Deus,
esperto como ele só,
aperfeiçoou:
Fez primeiro o pai,
depois a mãe
e ainda depois a avó!
(E o avô?
O avô ora,
ficou de fora!
Sequer fez parte da história.)
Piracema
Felizes são os peixes,
que só nadam contra a corrente
durante alguns meses!
Distintos
Entre o que o que sou
e o que sinto
há o vidro de um espelho.
Um azul, outro vermelho,
um chocolate, outro absinto.
Para quando o sol se por
Deite azeite no candeeiro,
em teu corpo brejeiro,
e antes de todas as luas,
acenda teu beijo, doçura,
para que o sol se ponha
entre as pernas tuas.
Minha alma, torta,
quando arrota,
um gêiser:
De chofre
enxofre,
do nada
um poema.
Laços & Amassos
Abraço,
um laço.
Amasso,
desfaço
com um adeus.
Frustação
Faria agora, na madrugada,
um bolo de fubá.
- cheiro do que de melhor há.
Belíssima cagada!
Não posso comer bolo de fubá,
não a noite,
me dá azia...
Talvez de dia.
Evolução
Deus,
esperto como ele só,
aperfeiçoou:
Fez primeiro o pai,
depois a mãe
e ainda depois a avó!
(E o avô?
O avô ora,
ficou de fora!
Sequer fez parte da história.)
Piracema
Felizes são os peixes,
que só nadam contra a corrente
durante alguns meses!
Distintos
Entre o que o que sou
e o que sinto
há o vidro de um espelho.
Um azul, outro vermelho,
um chocolate, outro absinto.
Para quando o sol se por
Deite azeite no candeeiro,
em teu corpo brejeiro,
e antes de todas as luas,
acenda teu beijo, doçura,
para que o sol se ponha
entre as pernas tuas.
domingo, 6 de junho de 2010
Crepúsculo
Crepúsculo
imensidão parda
sem cor
sombras
vultos
imensa dor
O sertão
sem forma
torna-se sombrio
medos
traumas
sinto frio
Canto noturno
mau agouro
lamento
lembranças
saudades
um só tormento
Mas amanhã
o sol vem
pintar,colorir
dar forma
esperança
vou voltar a sorrir
Os relampeios de solidão me assolam ,como se fossem vultos,que surgem tal qual a lua por de traz das nuvens,salpicando de algodão os tristonhos cerrados que teiman em ficar na penumbra.
Nas manhãs são raios de sol em feixes atravessando o telhado fazendo um tunel empoeirado no rancho.Um zumbido de mosca.O primeiro cantar do galo.A rês que berra sua cria.Aumentam ainda mais minha agonia.
O sertão de certa forma é meu cumplice; me trazendo em sobressaltos lembranças confusas,saudades doídas
imensidão parda
sem cor
sombras
vultos
imensa dor
O sertão
sem forma
torna-se sombrio
medos
traumas
sinto frio
Canto noturno
mau agouro
lamento
lembranças
saudades
um só tormento
Mas amanhã
o sol vem
pintar,colorir
dar forma
esperança
vou voltar a sorrir
Os relampeios de solidão me assolam ,como se fossem vultos,que surgem tal qual a lua por de traz das nuvens,salpicando de algodão os tristonhos cerrados que teiman em ficar na penumbra.
Nas manhãs são raios de sol em feixes atravessando o telhado fazendo um tunel empoeirado no rancho.Um zumbido de mosca.O primeiro cantar do galo.A rês que berra sua cria.Aumentam ainda mais minha agonia.
O sertão de certa forma é meu cumplice; me trazendo em sobressaltos lembranças confusas,saudades doídas
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