terça-feira, 29 de março de 2011
Cruzeiro Esporte Clube vira "Dolar" Esporte Clube: Estabelecido nos Estados Unidos com a marca Cruzeiro USA desde novembro do ano passado, o clube mineiro pretende estreitar os laços com a maior potência econômica mundial. O projeto celeste começa com a construção de um complexo esportivo na região de Atlanta, na Geórgia, e poderá resultar até mesmo na entrada da Raposa na Major League Soccer. Chegar ao campeonato nacional dos Estados Unidos, no entanto, ainda é um plano para ser concretizado a longo prazo. Primeiramente, outros passos importantes do Cruzeiro precisarão ser dados na América do Norte. - Ainda precisamos fortalecer bem a marca nos Estados Unidos em termos de divulgação, credibilidade e conhecimento público. Isso (jogar a MLS) é uma coisa para o futuro. Não tem nada pensado e projetado. Mas, se as coisas forem dando certo ao longo do tempo, pode ser interessante – avalia o gerente de futebol celeste, Valdir Barbosa, ao LANCENET!. Rose Soares Souza
sábado, 26 de março de 2011
Aniversário do Blog
Dia 25/03/2009, as 11:13, foi publicado o primeiro post do Blog Os Ferreira.
Desde lá muita coisa aconteceu, sendo o evento mais drástico e doloroso a perda de nossos imensamente amados pais - um, menos de um mês após o outro. Mas também tivemos muitos motivos para nos alegrarmos e, ao meu ver, o mais importante deles foi o fato de estarmos nos esforçando para manter e mantendo a unidade da família, mesmo sem a presença física de nossos baluartes.
Creio que o Blog também tem contribuído um pouco para isso.
Desde aquela data tivemos:
Ou seja, estamos aí pelo mundo.
Brincadeira. Os dados revelam um Blog muito modesto. Mas o seu objetivo sempre foi ser a "cozinha da casa de D. Lilia" e, se assim é, creio que um pouquinho disto está acontecendo.
/
Desde lá muita coisa aconteceu, sendo o evento mais drástico e doloroso a perda de nossos imensamente amados pais - um, menos de um mês após o outro. Mas também tivemos muitos motivos para nos alegrarmos e, ao meu ver, o mais importante deles foi o fato de estarmos nos esforçando para manter e mantendo a unidade da família, mesmo sem a presença física de nossos baluartes.
Creio que o Blog também tem contribuído um pouco para isso.
Desde aquela data tivemos:
- 259 post's publicados;
- 391 comentários emitidos;
- 7.098 visualizações de página, sendo:
- Brasil ------ --------- 6.333 visualizações
- Estados Unidos ------- 327 visualizações
- Portugal -------------- 159 visualizações
- França ---------------- 53 visualizações
- Canadá --------------- 41 visualizações
- Austrália -------------- 33 visualizações
- Japão ----------------- 27 visualizações
- Geórgia --------------- 24 visualizações
- Reino Unido ---------- 18 visualizações
- Macau ---------------- 14 visualizações
Ou seja, estamos aí pelo mundo.
Brincadeira. Os dados revelam um Blog muito modesto. Mas o seu objetivo sempre foi ser a "cozinha da casa de D. Lilia" e, se assim é, creio que um pouquinho disto está acontecendo.
Parabéns para o Blog "OS FERREIRA"!
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Valha-me Rainha
Peço-lhe respeito.
Morrer a tempo
é morrer direito!
Valha-me Deus!
Que a hora seja boa.
Sem catre, sem ossos,
sem ave-marias,
sem padre-nossos...
Valha-me Rainha!
Que eu tombe numa rinha.
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Morrer a tempo
é morrer direito!
Valha-me Deus!
Que a hora seja boa.
Sem catre, sem ossos,
sem ave-marias,
sem padre-nossos...
Valha-me Rainha!
Que eu tombe numa rinha.
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Poetando
Outono
Finda o outono
Cai o sol fechando a tampa do caixão
no qual jaz dilacerado o último sonho...
Acendo um cigarro, não há fumaça,
que coisa insossa, morna,
um cigarro assim é tão sem graça!
Mas a brasa, de qualquer forma,
faz arder o pulmão.
Imoral
O amor é uma bobagem,
assim como a adoração a Deus.
O que vale
é sexo, paixão e amizade.
Tudo o demais é imoralidade!
A qualquer hora
De véspera não padeço,
sei que ela tem meu endereço
e, se tanto mereço,
na hora certa – se é que uma há –
chegará branda como brando vento,
para ao meu lado tomar assento
e calmamente degustarmos um chá.
/
sábado, 19 de março de 2011
Goiabada
Naquela tarde eu já havia ido até a Estação, na Venda do João Lopes, de onde eu trouxe, a pedido de Dona Lilia, na garupa do Cavalo Marengo, o mais manso de todos, dois sacos com 50 kg de açúcar cada. Ficou na conta. Anotado numa caderneta de capa preta, sem a necessidade de ser a compra atestada.
“Dá pra começar... No sábado, buscamos mais.” – Sentenciou Dona Lilia, anunciando que teríamos pela frente uma atarefada e divertida semana fabricando Goiabada.
No dia seguinte, saímos nós, os “Colhedores de Goiaba”, em busca da matéria prima para o doce. Nos cavalos em montávamos – se não em todos, na maioria – estavam presos, um de cada lado e unidos entre si, dois latões com capacidade para cinqüenta litros de leite cada, os quais deveriam ser cheios com as frutas a serem colhidas. Algumas légua depois, nos campos do Mato sem Pau, ou nos pastos de Dona Chanica, ou ainda lá pras bandas do Seu Waldemarzinho, era iniciada uma alegre disputa de qual grupo encheria primeiro seus latões com aquelas frutas cheirosa, disputando-as com alguns maribondos e correndo sérios riscos de queda de uma goiabeira espigada.
No final da tarde retornávamos. As goiabas colhidas eram despejadas em grandes balaios de bambu e a noitinha, logo após o jantar, Dona Lilia juntava a “tropa” na cozinha e nos dividia em dois grupos: Os Cortadores, que armados com facas cumpriam as tarefas de limpar as goiabas – cortar a ponta e a bundinha e eliminar os “olhinhos pretos” – e as cortar, passando-as, em seguida, para a Turma da Colher, que, de colher em punho, se encarregava de retirar as sementes das goiabas cortadas, eliminando as sementes ruins e reservando as boas para a produção de geléia. A Turma da Colher era sempre constituída por menos componentes, uma vez que os Cortadores tinham mais atividades e, então, buscava-se manter o equilíbrio reduzindo a força daquela. Em que pese este artifício, era comum a Turma da Colher ficar sem matéria prima e quando isso ocorria todos batiam com a colher na mesa em provocação a lerdeza dos Cortadores.
Haja bagunça! Se Dona Lilia não impusesse ordem na turma, arriscava a cozinha transformar numa praça de guerra, com sementes e polpas de goiaba voando a esmo ou em direção dos adversários.
No dia seguinte as goiabas eram cuidadosamente lavadas, lançadas num tacho grande de cobre e levadas para uma fornalha baixa, acesa em fogo alto de lenha. Tudo isso na “casinha do tanque”, que era uma construção em meia-água, onde eram encontrados três tanques grandes de cimento e a tal fornalha. Ali Sá Eurides (a bem da verdade, não sei se era ela, Geracina, Maria Caetano... ou outra pessoa) com uma comprida colher de pau mexia sem parar as goiabas no tacho, até que se desfizessem numa massa avermelhada e fervente, espirrando para tudo quanto é lado e frequentemente atingindo a doceira, que se protegia como podia.
Nessa fase, cabia a nós, aguçados pelo cheiro intenso de goiabas cozinhando, aguardar o doce ficar no ponto – o que era precisamente decidido por Dona Lilia – e o tacho ser liberado para “ser raspado”.
Estripulias da Prole
Certamente isso tudo não ocorria sempre sem que a prole aprontasse alguma. Lembro-me agora dois casos:
A colherada:
Em certa ocasião, assim que o tacho de doce foi liberado para ser raspado pela galera miúda (raspar o tacho era a melhor atividade no processo de fabricação da goiabada) eu, com a autoridade que me conferia a primogenia, tratei logo de demarcar com o cabo da colher, áreas no tacho com porções mais ou menos equivalentes de doce. A cada um coube uma daquelas áreas para ser usufruída. Ao que me consta – mas sei que há controversas – Maria Aline andou invadindo a minha área... Também ao que me consta – e, uma vez mais, com contestações – foi alertada para a ilegalidade uma, duas, três vezes... Deu no que deu. Na quarta invasão, dei-lhe com o cabo da colher no cocuruto.
Foi uma sangueira dos Diabos!
Eu tentando acalmar Maria Aline – que já corria para me denunciar, ou para ser socorrida... Sei lá! – e com isso evitar os chinelos de mamãe ou o cinto de papai.
Do desfecho exato do acontecido eu não me lembro, mas sei que até hoje Maria Aline tem uma cicatriz (bem pequeninha) no topo da cabeça, que não a deixa esquecer de seu irmão querido.
O assalto às caixetas:
Muitos quilos de açúcar e de goiabas eram consumidos para fabricar muitas e muitas caixetas com goiabada, o suficiente para toda temporada de férias e mais uma grande parte do ano letivo. Em que pese a grande quantidade disponível, havia uma regra: “Sobremesa é uma vez só!” e sem discussões...
Não sei se todas as caixetas são assim, mas as nossas eram de madeiras, muito bem acabadas, e com uma tampa corrediça que deslizava horizontalmente, de modo a abrir e fechar a caixeta. Usualmente, essas caixetas eram guardas assim: Umas ou duas delas no armário da copa e que eram destinadas ao consumo diário, as demais – talvez cerca de vinte, ou mais – na casinha do canto. Essas eram destinadas a repor o de consumo diário e constituir o estoque a ser levado para a cidade, quando as férias terminassem.
Para servir o doce, papai, sempre ele, puxava a tampa da caixeta até cerca da metade da mesma, partia o doce e o distribuía para a turma.
Como eu disse: “Sobremesa uma vez só!”. Um pedaço para cada menino Eventualmente dois: Um para comer no prato com leite (não era sobremesa, eu creio) e outro como efetiva sobremesa. Fazer o que? O jeito foi apelar para o furto.
A casinha do canto, onde os mantimentos em geral eram estocados – inclusive as caixetas de goiabada – era mantida chaveada. O jeito era acessar a casinha do meio e, como todas – a do forno, a do meio e a do canto – não tinham laje, era só escalar a parede e pular de uma casinha para outra. Estando lá dentro, era abrir totalmente a caixeta e cortar o doce do fundo para a cabeceira, exatamente na direção contrária a do que papai seguiria, e depois voltar misturar a caixeta invadida entre as outras, cuidando para que ficasse o mais para fundo possível. Assim, mais tempo se levaria até que a tramóia fosse descoberta.
É claro que um dia descobriu-se... Sei lá o que aconteceu! Não me lembro de ter apanhado por conta disso.
“Dá pra começar... No sábado, buscamos mais.” – Sentenciou Dona Lilia, anunciando que teríamos pela frente uma atarefada e divertida semana fabricando Goiabada.
No dia seguinte, saímos nós, os “Colhedores de Goiaba”, em busca da matéria prima para o doce. Nos cavalos em montávamos – se não em todos, na maioria – estavam presos, um de cada lado e unidos entre si, dois latões com capacidade para cinqüenta litros de leite cada, os quais deveriam ser cheios com as frutas a serem colhidas. Algumas légua depois, nos campos do Mato sem Pau, ou nos pastos de Dona Chanica, ou ainda lá pras bandas do Seu Waldemarzinho, era iniciada uma alegre disputa de qual grupo encheria primeiro seus latões com aquelas frutas cheirosa, disputando-as com alguns maribondos e correndo sérios riscos de queda de uma goiabeira espigada.
No final da tarde retornávamos. As goiabas colhidas eram despejadas em grandes balaios de bambu e a noitinha, logo após o jantar, Dona Lilia juntava a “tropa” na cozinha e nos dividia em dois grupos: Os Cortadores, que armados com facas cumpriam as tarefas de limpar as goiabas – cortar a ponta e a bundinha e eliminar os “olhinhos pretos” – e as cortar, passando-as, em seguida, para a Turma da Colher, que, de colher em punho, se encarregava de retirar as sementes das goiabas cortadas, eliminando as sementes ruins e reservando as boas para a produção de geléia. A Turma da Colher era sempre constituída por menos componentes, uma vez que os Cortadores tinham mais atividades e, então, buscava-se manter o equilíbrio reduzindo a força daquela. Em que pese este artifício, era comum a Turma da Colher ficar sem matéria prima e quando isso ocorria todos batiam com a colher na mesa em provocação a lerdeza dos Cortadores.
Haja bagunça! Se Dona Lilia não impusesse ordem na turma, arriscava a cozinha transformar numa praça de guerra, com sementes e polpas de goiaba voando a esmo ou em direção dos adversários.
No dia seguinte as goiabas eram cuidadosamente lavadas, lançadas num tacho grande de cobre e levadas para uma fornalha baixa, acesa em fogo alto de lenha. Tudo isso na “casinha do tanque”, que era uma construção em meia-água, onde eram encontrados três tanques grandes de cimento e a tal fornalha. Ali Sá Eurides (a bem da verdade, não sei se era ela, Geracina, Maria Caetano... ou outra pessoa) com uma comprida colher de pau mexia sem parar as goiabas no tacho, até que se desfizessem numa massa avermelhada e fervente, espirrando para tudo quanto é lado e frequentemente atingindo a doceira, que se protegia como podia.
Nessa fase, cabia a nós, aguçados pelo cheiro intenso de goiabas cozinhando, aguardar o doce ficar no ponto – o que era precisamente decidido por Dona Lilia – e o tacho ser liberado para “ser raspado”.
Estripulias da Prole
Certamente isso tudo não ocorria sempre sem que a prole aprontasse alguma. Lembro-me agora dois casos:
A colherada:
Em certa ocasião, assim que o tacho de doce foi liberado para ser raspado pela galera miúda (raspar o tacho era a melhor atividade no processo de fabricação da goiabada) eu, com a autoridade que me conferia a primogenia, tratei logo de demarcar com o cabo da colher, áreas no tacho com porções mais ou menos equivalentes de doce. A cada um coube uma daquelas áreas para ser usufruída. Ao que me consta – mas sei que há controversas – Maria Aline andou invadindo a minha área... Também ao que me consta – e, uma vez mais, com contestações – foi alertada para a ilegalidade uma, duas, três vezes... Deu no que deu. Na quarta invasão, dei-lhe com o cabo da colher no cocuruto.
Foi uma sangueira dos Diabos!
Eu tentando acalmar Maria Aline – que já corria para me denunciar, ou para ser socorrida... Sei lá! – e com isso evitar os chinelos de mamãe ou o cinto de papai.
Do desfecho exato do acontecido eu não me lembro, mas sei que até hoje Maria Aline tem uma cicatriz (bem pequeninha) no topo da cabeça, que não a deixa esquecer de seu irmão querido.
O assalto às caixetas:
Muitos quilos de açúcar e de goiabas eram consumidos para fabricar muitas e muitas caixetas com goiabada, o suficiente para toda temporada de férias e mais uma grande parte do ano letivo. Em que pese a grande quantidade disponível, havia uma regra: “Sobremesa é uma vez só!” e sem discussões...
Não sei se todas as caixetas são assim, mas as nossas eram de madeiras, muito bem acabadas, e com uma tampa corrediça que deslizava horizontalmente, de modo a abrir e fechar a caixeta. Usualmente, essas caixetas eram guardas assim: Umas ou duas delas no armário da copa e que eram destinadas ao consumo diário, as demais – talvez cerca de vinte, ou mais – na casinha do canto. Essas eram destinadas a repor o de consumo diário e constituir o estoque a ser levado para a cidade, quando as férias terminassem.
Para servir o doce, papai, sempre ele, puxava a tampa da caixeta até cerca da metade da mesma, partia o doce e o distribuía para a turma.
Como eu disse: “Sobremesa uma vez só!”. Um pedaço para cada menino Eventualmente dois: Um para comer no prato com leite (não era sobremesa, eu creio) e outro como efetiva sobremesa. Fazer o que? O jeito foi apelar para o furto.
A casinha do canto, onde os mantimentos em geral eram estocados – inclusive as caixetas de goiabada – era mantida chaveada. O jeito era acessar a casinha do meio e, como todas – a do forno, a do meio e a do canto – não tinham laje, era só escalar a parede e pular de uma casinha para outra. Estando lá dentro, era abrir totalmente a caixeta e cortar o doce do fundo para a cabeceira, exatamente na direção contrária a do que papai seguiria, e depois voltar misturar a caixeta invadida entre as outras, cuidando para que ficasse o mais para fundo possível. Assim, mais tempo se levaria até que a tramóia fosse descoberta.
É claro que um dia descobriu-se... Sei lá o que aconteceu! Não me lembro de ter apanhado por conta disso.
Minha Família
Resgatei essa poesia que escrevi há muito tempo e resolvi a publicar aqui.
É claro que com o passar dos anos muita coisa pode ter mudado e a culpa não é minha!
Deixo de falar sobre mim não atoa,
mas por modéstia, naturalmente.
Seriam tantas coisas boas
e eu prefiro passar discretamente.
Aline, minha irmã mais discreta,
amiga leal, dedicada e carinhosa,
Bela, tão bela que nas raras festas
é sempre, entre todas, a mais formosa.
Humberto, sujeito dos mais sensatos,
comunicativo, com todos se dá bem.
é, certamente, um político inato,
talvez seja esse o futuro que a ele convém.
Mirian, a irmã romantica e sentimental,
da família defensora ferina,
se sonhar lhe é um dom natural
amar os seus é a sua sina.
Naira, pimenta, dinamite, determinação.
Que sua opinião sempre prevaleça.
Nunca a conteste sem absoluta convicção
sob pena de perder a cabeça.
Tito, sistemático - se não tanto
quase isso - sensato e muito seguro.
Não, não será nenhum espanto
se brilhante for o seu futuro.
Tarlei, é de todos o mais gaiato,
menino de imenso coração.
Trata a vida sem muito tato,
ama a todos sem distinção.
Nelson, amigo dos mais discretos,
participa de sua vida sem nela entrar.
Seus anseios, seus sonhos tão secretos
Dificilmente se consegue desvendar.
Walisson, menino bom e esperto,
digo isso não porque é meu afilhadinho,
é de todos, afirmo seguro de que acerto,
o mais inteligente... Saiu ao padrinho!
É claro que com o passar dos anos muita coisa pode ter mudado e a culpa não é minha!
Deixo de falar sobre mim não atoa,
mas por modéstia, naturalmente.
Seriam tantas coisas boas
e eu prefiro passar discretamente.
Aline, minha irmã mais discreta,
amiga leal, dedicada e carinhosa,
Bela, tão bela que nas raras festas
é sempre, entre todas, a mais formosa.
Humberto, sujeito dos mais sensatos,
comunicativo, com todos se dá bem.
é, certamente, um político inato,
talvez seja esse o futuro que a ele convém.
Mirian, a irmã romantica e sentimental,
da família defensora ferina,
se sonhar lhe é um dom natural
amar os seus é a sua sina.
Naira, pimenta, dinamite, determinação.
Que sua opinião sempre prevaleça.
Nunca a conteste sem absoluta convicção
sob pena de perder a cabeça.
Tito, sistemático - se não tanto
quase isso - sensato e muito seguro.
Não, não será nenhum espanto
se brilhante for o seu futuro.
Tarlei, é de todos o mais gaiato,
menino de imenso coração.
Trata a vida sem muito tato,
ama a todos sem distinção.
Nelson, amigo dos mais discretos,
participa de sua vida sem nela entrar.
Seus anseios, seus sonhos tão secretos
Dificilmente se consegue desvendar.
Walisson, menino bom e esperto,
digo isso não porque é meu afilhadinho,
é de todos, afirmo seguro de que acerto,
o mais inteligente... Saiu ao padrinho!
quarta-feira, 16 de março de 2011
"O Boi Velho" de Simões Lopes
Cuê-pucha!... é bicho mau, o homem!
Conte vancê as maldades que nós fazemos e diga se não é mesmo!... Olhe, nunca me esqueço dum caso que vi e que me ficou cá na lembrança, e ficará té eu morrer... como unheiro em lombo de matungo de mulher.
Foi na estância dos Lagoões, duma gente Silva, uns Silvas mui políticos, sempre metidos em eleições e enredos de qualificações de votantes.
A estância era como aqui e o arroio como a umas dez quadras; lá era o banho da família. Fazia uma ponta, tinha um sarandizal e logo era uma volta forte, como uma meia-lua, onde as areias se amontoavam formando um baixo: o perau era do lado de lá. O mato aí parecia plantado de propósito: era quase que pura guabiroba e pitanga, araçá e guabiju; no tempo, o chão coalhava-se de fruta: era um regalo!
Já vê... o banheiro não era longe, podia-se bem ir lá de a pé, mas a família ia sempre de carretão, puxado a bois, uma junta, mui mansos, governados de regeira por uma das senhoras-donas e tocados com uma rama por qualquer das crianças.
Eram dois pais da paciência, os dois bois. Um se chamava Dourado, era baio; o outro, Cabiúna, era preto, com a orelha do lado de laçar, branca, e uma risca na papada.
Estavam tão mestres naquele piquete, que, quando a família, de manhãzita, depois da jacuba de leite, pegava a aprontar-se, que a criançada pulava para o terreiro ainda mastigando um naco de pão e as crioulas apareciam com as toalhas e por fim as senhoras-donas, quando se gritava pelo carretão, já os bois, havia muito tempo que estavam encostados no cabeçalho, remoendo muito sossegados, esperando que qualquer peão os ajoujasse.
Assim correram os anos, sempre nesse mesmo serviço.
Quando entrava o inverno eles eram soltos para o campo, e ganhavam num rincão mui abrigado, que havia por detrás das casas. Às vezes, um que outro dia de sol mais quente, eles apareciam ali por perto, como indagando se havia calor bastante para a gente banhar-se. E mal que os miúdos davam com eles, saíam a correr e a gritar, numa algazarra de festa para os bichos.
— Olha o Dourado! Olha o Cabiúna! Oôch!... oôch!...
E algum daqueles traquinas sempre desencovava uma espiga de milho, um pedaço de abóbora, que os bois tomavam, arreganhando a beiçola lustrosa de baba, e punham-se a mascar, mui pachorrentos, ali à vista da gurizada risonha.
Pois veja vancê... Com o andar do tempo aquelas crianças se tornaram moças e homens feitos, foram-se casando e tendo família, e como quera, pode-se dizer que houve sempre senhoras-donas e gente miúda para os bois velhos levarem ao banho do arroio, no carretão.
Um dia, no fim do verão, o Dourado amanheceu morto, mui inchado e duro: tinha sido picado de cobra.
Ficou pois solito, o Cabiúna; como era mui companheiro do outro, ali por perto dele andou uns dias pastando, deitando-se, remoendo. Às vezes esticava a cabeça para o morto e soltava um mugido... Cá pra mim o boi velho — uê! tinha caraca grossa nas aspas! — o boi velho berrava de saudades do companheiro e chamava-o, como no outro tempo, para pastarem juntos, para beberem juntos, para juntos puxarem o carretão...
— Que vancê pensa!... os animais se entendem... eles trocam língua!...
Quando o Cabiúna se chegava mui perto do outro e farejava o cheiro mim, os urubus abriam-se, num trotão, lambuzados de sangue podre, às vezes meio engasgados, vomitando pedaços de carniça...
Bichos malditos, estes encarvoados!...
Pois, como ficou solito o Cabiúna, tiveram que ver outra junta para o carretão e o boi velho por ali foi ficando. Porém começou a emagrecer... e tal e qual como uma pessoa penarosa, que gosta de estar sozinha, assim o carreteiro ganhou o mato, quem sabe, de penaroso. também...
Um dia de sol quente ele apareceu no terreiro.
Foi um alvoroto da miuçalha.
— Olha o Cabiúna! O Cabiúna! Oôch! Cabiúna! oôch!...
E vieram à porta as senhoras-donas, já casadas e mães de filhos, e que quando eram crianças tantas vezes foram levadas pelo Cabiúna; vieram os moços, já homens, e todos disseram:
— Olha o Cabiúna! Oôch! Oôch!...
Então, um notou a magreza do boi; outro achou que sim; outro disse que ele não agüentava o primeiro minuano de maio; e conversa vai, conversa vem, o primeiro, que era mui golpeado, achou que era melhor matar-se aquele boi, que tinha caraca grossa nas aspas, que não engordava mais e que iria morrer atolado no fundo dalguma sanga e... lá se ia então um prejuízo certo, no couro perdido...
E já gritaram a um peão, que trouxesse o laço; e veio. A mão no mais o sujeito passou uma volta de meia-cara; o boi cabresteou, como um cachorro...
Pertinho estava o carretão, antigão, já meio desconjuntado, com o cabeçalho no ar, descansando sobre o muchacho.
O peão puxou da faca e dum golpe enterrou-a até o cabo, no sangradouro do boi manso; quando retirou a mão, já veio nela a golfada espumenta do sangue do coração...
Houve um silenciozito em toda aquela gente.
O boi velho sentindo-se ferido, doendo o talho, quem sabe se entendeu que aquilo seria um castigo, algum pregaço de picana, mal dado, por não estar ainda arrumado... — pois vancê creia! —: soprando o sangue em borbotões, já meio roncando na respiração, meio cambaleando o boi velho deu uns passos mais, encostou o corpo ao comprido no cabeçalho do carretão, e meteu a cabeça, certinho, no lugar da canga, entre os dois canzis... e ficou arrumado, esperando que o peão fechasse a brocha e lhe passasse a regeira na orelha branca...
E ajoelhou... e caiu... e morreu...
Os cuscos pegaram a lamber o sangue, por cima dos capins... um alçou a perna e verteu em cima... e enquanto o peão chairava a faca para carnear, um gurizinho, gordote, claro, de cabelos cacheados, que estava comendo uma munhata, chegou-se para o boi morto e meteu-lhe a fatia na boca, batia-lhe na aspa e dizia-lhe na sua língua de trapos:
— Tome, tabiúna! Nó té... Nô fá bila, tabiúna!...
E ria-se o inocente, para os grandes, que estavam por ali, calados, os diabos, cá pra mim, com remorsos por aquela judiaria com o boi velho, que os havia carregado a todos, tantas vezes, para a alegria do banho e das guabirobas, dos araçás, das pitangas, dos guabijus!...
— Veja vancê, que desgraçados; tão ricos... e por um mixe couro do boi velho!
Cuê-pucha!...é mesmo bicho mau, o homem!"
Ah! essa estória lembrou-me do Jaguar!
Conte vancê as maldades que nós fazemos e diga se não é mesmo!... Olhe, nunca me esqueço dum caso que vi e que me ficou cá na lembrança, e ficará té eu morrer... como unheiro em lombo de matungo de mulher.
Foi na estância dos Lagoões, duma gente Silva, uns Silvas mui políticos, sempre metidos em eleições e enredos de qualificações de votantes.
A estância era como aqui e o arroio como a umas dez quadras; lá era o banho da família. Fazia uma ponta, tinha um sarandizal e logo era uma volta forte, como uma meia-lua, onde as areias se amontoavam formando um baixo: o perau era do lado de lá. O mato aí parecia plantado de propósito: era quase que pura guabiroba e pitanga, araçá e guabiju; no tempo, o chão coalhava-se de fruta: era um regalo!
Já vê... o banheiro não era longe, podia-se bem ir lá de a pé, mas a família ia sempre de carretão, puxado a bois, uma junta, mui mansos, governados de regeira por uma das senhoras-donas e tocados com uma rama por qualquer das crianças.
Eram dois pais da paciência, os dois bois. Um se chamava Dourado, era baio; o outro, Cabiúna, era preto, com a orelha do lado de laçar, branca, e uma risca na papada.
Estavam tão mestres naquele piquete, que, quando a família, de manhãzita, depois da jacuba de leite, pegava a aprontar-se, que a criançada pulava para o terreiro ainda mastigando um naco de pão e as crioulas apareciam com as toalhas e por fim as senhoras-donas, quando se gritava pelo carretão, já os bois, havia muito tempo que estavam encostados no cabeçalho, remoendo muito sossegados, esperando que qualquer peão os ajoujasse.
Assim correram os anos, sempre nesse mesmo serviço.
Quando entrava o inverno eles eram soltos para o campo, e ganhavam num rincão mui abrigado, que havia por detrás das casas. Às vezes, um que outro dia de sol mais quente, eles apareciam ali por perto, como indagando se havia calor bastante para a gente banhar-se. E mal que os miúdos davam com eles, saíam a correr e a gritar, numa algazarra de festa para os bichos.
— Olha o Dourado! Olha o Cabiúna! Oôch!... oôch!...
E algum daqueles traquinas sempre desencovava uma espiga de milho, um pedaço de abóbora, que os bois tomavam, arreganhando a beiçola lustrosa de baba, e punham-se a mascar, mui pachorrentos, ali à vista da gurizada risonha.
Pois veja vancê... Com o andar do tempo aquelas crianças se tornaram moças e homens feitos, foram-se casando e tendo família, e como quera, pode-se dizer que houve sempre senhoras-donas e gente miúda para os bois velhos levarem ao banho do arroio, no carretão.
Um dia, no fim do verão, o Dourado amanheceu morto, mui inchado e duro: tinha sido picado de cobra.
Ficou pois solito, o Cabiúna; como era mui companheiro do outro, ali por perto dele andou uns dias pastando, deitando-se, remoendo. Às vezes esticava a cabeça para o morto e soltava um mugido... Cá pra mim o boi velho — uê! tinha caraca grossa nas aspas! — o boi velho berrava de saudades do companheiro e chamava-o, como no outro tempo, para pastarem juntos, para beberem juntos, para juntos puxarem o carretão...
— Que vancê pensa!... os animais se entendem... eles trocam língua!...
Quando o Cabiúna se chegava mui perto do outro e farejava o cheiro mim, os urubus abriam-se, num trotão, lambuzados de sangue podre, às vezes meio engasgados, vomitando pedaços de carniça...
Bichos malditos, estes encarvoados!...
Pois, como ficou solito o Cabiúna, tiveram que ver outra junta para o carretão e o boi velho por ali foi ficando. Porém começou a emagrecer... e tal e qual como uma pessoa penarosa, que gosta de estar sozinha, assim o carreteiro ganhou o mato, quem sabe, de penaroso. também...
Um dia de sol quente ele apareceu no terreiro.
Foi um alvoroto da miuçalha.
— Olha o Cabiúna! O Cabiúna! Oôch! Cabiúna! oôch!...
E vieram à porta as senhoras-donas, já casadas e mães de filhos, e que quando eram crianças tantas vezes foram levadas pelo Cabiúna; vieram os moços, já homens, e todos disseram:
— Olha o Cabiúna! Oôch! Oôch!...
Então, um notou a magreza do boi; outro achou que sim; outro disse que ele não agüentava o primeiro minuano de maio; e conversa vai, conversa vem, o primeiro, que era mui golpeado, achou que era melhor matar-se aquele boi, que tinha caraca grossa nas aspas, que não engordava mais e que iria morrer atolado no fundo dalguma sanga e... lá se ia então um prejuízo certo, no couro perdido...
E já gritaram a um peão, que trouxesse o laço; e veio. A mão no mais o sujeito passou uma volta de meia-cara; o boi cabresteou, como um cachorro...
Pertinho estava o carretão, antigão, já meio desconjuntado, com o cabeçalho no ar, descansando sobre o muchacho.
O peão puxou da faca e dum golpe enterrou-a até o cabo, no sangradouro do boi manso; quando retirou a mão, já veio nela a golfada espumenta do sangue do coração...
Houve um silenciozito em toda aquela gente.
O boi velho sentindo-se ferido, doendo o talho, quem sabe se entendeu que aquilo seria um castigo, algum pregaço de picana, mal dado, por não estar ainda arrumado... — pois vancê creia! —: soprando o sangue em borbotões, já meio roncando na respiração, meio cambaleando o boi velho deu uns passos mais, encostou o corpo ao comprido no cabeçalho do carretão, e meteu a cabeça, certinho, no lugar da canga, entre os dois canzis... e ficou arrumado, esperando que o peão fechasse a brocha e lhe passasse a regeira na orelha branca...
E ajoelhou... e caiu... e morreu...
Os cuscos pegaram a lamber o sangue, por cima dos capins... um alçou a perna e verteu em cima... e enquanto o peão chairava a faca para carnear, um gurizinho, gordote, claro, de cabelos cacheados, que estava comendo uma munhata, chegou-se para o boi morto e meteu-lhe a fatia na boca, batia-lhe na aspa e dizia-lhe na sua língua de trapos:
— Tome, tabiúna! Nó té... Nô fá bila, tabiúna!...
E ria-se o inocente, para os grandes, que estavam por ali, calados, os diabos, cá pra mim, com remorsos por aquela judiaria com o boi velho, que os havia carregado a todos, tantas vezes, para a alegria do banho e das guabirobas, dos araçás, das pitangas, dos guabijus!...
— Veja vancê, que desgraçados; tão ricos... e por um mixe couro do boi velho!
Cuê-pucha!...é mesmo bicho mau, o homem!"
Ah! essa estória lembrou-me do Jaguar!
domingo, 13 de março de 2011
Domingo
O torvo pensa em mim.
Seria cômico, se não fosse fim.
O mingau tá gostoso.
Mamãe entendeu, ou quis entender, assim.
O torvo pensa em mim.
Que bom querido,
Gostou do mingau?
Ah deixa ...
O que é torvo?
Tira no dicionário
Responde, como quem
Me chama de otário.
... Torvo - Carrancudo,
E em um segundo
Segue o dia sisudo
Em seu mundo.
Nelson
Seria cômico, se não fosse fim.
O mingau tá gostoso.
Mamãe entendeu, ou quis entender, assim.
O torvo pensa em mim.
Que bom querido,
Gostou do mingau?
Ah deixa ...
O que é torvo?
Tira no dicionário
Responde, como quem
Me chama de otário.
... Torvo - Carrancudo,
E em um segundo
Segue o dia sisudo
Em seu mundo.
Nelson
sábado, 12 de março de 2011
Eita!
Seu olhar
areia movediça
luar
faísca e atiça
coisas no coração.
Eita!
Vontade de dizer
amo sim, amo não.
- há que se benzer -
sonhos vêm e vão
Foi bom!
areia movediça
luar
faísca e atiça
coisas no coração.
Eita!
Vontade de dizer
amo sim, amo não.
- há que se benzer -
sonhos vêm e vão
Foi bom!
sexta-feira, 11 de março de 2011
A Presidenta
Está nossa presidenta, numa quarta-feira cinzenta, ensimesmada, quando lhe anunciam a visita pré-agendada de uma estudante.
- Olá Sra. presidente – a cumprimenta a estudante, assim que entra.
- PRESIDENTA. Por favor. Afinal, sou a primeira mulher presidente do Brasil e quero ser conhecida como a PRESIDENTA.
- Ok. Então eu sou estudanta, uma vez que sou a primeira estudante que visita a primeira presidenta.
- Que seja... Mas o que deseja?
- Quero saber da presidenta o que nos reserva o futuro... Para o Brasil e, por conseqüência para essa estudanta que a entrevista.
- Acaso tenho cara de videnta? Por favor, vá até a sala ao lado e peça a minha ajudanta que providencie com urgência uma videnta para esclarecer para essa presidenta e para essa estudanta o que nos reserva o futuro.
Lá pelas tantas, entra a ajudanta.
- Sra. presidenta, não encontrei nenhuma videnta...
- Essa minha ajudanta é mesmo uma ignoranta – afirma a presidenta.
- Não seria uma anta? – Indaga a estudanta.
- Não... Uma ignoranta! – Ratifica a presidenta – Melhor recorrer aos universitários, ou seja, à estudanta. Por favor (pelo menos tem educação), traga-nos uma videnta.
Tempos depois retorna a estudanta:
- Sra. Presidenta, a ajudanta não é uma ignoranta (Tão pouco uma anta...): Também não encontrei uma videnta... Por outro lado, encontrei uma viajanta.
- E de que me serve uma viajanta?
- Uai! (A estudanta também é mineira, igual à presidenta) Uma viajanta, por óbvio, viaja muito, conversa com muita gente e, certamente, tem informações muito úteis acerca do futuro do país.
- Muito bem pensado, ainda bem que recorri aos universitários, sô!... Que nos tragam a viajanta!
Por fim chega a viajanta que, por aqueles dias, estava lá pras bandas do Nordeste.
- Então, minha cara viajanta, o que o futuro nos reserva nesse Brasil inzoneiro?
- Ôchente (convivência é foda!), sou lá eu alguma videnta? – Indaga perplexa a viajanta – Se uma estudanta não sabe, se uma presidenta não sabe, porque há de saber uma pobre viajanta?
Nesse momento a ajudanta tenta interferir.
- Ei, posso falar?... Posso falar?... Deixa eu falar...
- Fala filhote de asa-branca fidumaégua (Tô falando? Convivência com seu antecessor)!
- Eu trabalhava antes para uma eleganta senhora... Não. Não senhora. Ela não era também uma presidenta, mas outra viajanta que só viajava para o exterior. Ela ia sempre para Índia consultar com um profeta...
- Ah, querem saber? Isso já encheu o saco! (A educação foi pro espaço!). Saiam todos: estudanta, ajudanta, viajanta... Que a presidenta tem mais o que fazer do que se preocupar com o futuro do Brasil!
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- Olá Sra. presidente – a cumprimenta a estudante, assim que entra.
- PRESIDENTA. Por favor. Afinal, sou a primeira mulher presidente do Brasil e quero ser conhecida como a PRESIDENTA.
- Ok. Então eu sou estudanta, uma vez que sou a primeira estudante que visita a primeira presidenta.
- Que seja... Mas o que deseja?
- Quero saber da presidenta o que nos reserva o futuro... Para o Brasil e, por conseqüência para essa estudanta que a entrevista.
- Acaso tenho cara de videnta? Por favor, vá até a sala ao lado e peça a minha ajudanta que providencie com urgência uma videnta para esclarecer para essa presidenta e para essa estudanta o que nos reserva o futuro.
Lá pelas tantas, entra a ajudanta.
- Sra. presidenta, não encontrei nenhuma videnta...
- Essa minha ajudanta é mesmo uma ignoranta – afirma a presidenta.
- Não seria uma anta? – Indaga a estudanta.
- Não... Uma ignoranta! – Ratifica a presidenta – Melhor recorrer aos universitários, ou seja, à estudanta. Por favor (pelo menos tem educação), traga-nos uma videnta.
Tempos depois retorna a estudanta:
- Sra. Presidenta, a ajudanta não é uma ignoranta (Tão pouco uma anta...): Também não encontrei uma videnta... Por outro lado, encontrei uma viajanta.
- E de que me serve uma viajanta?
- Uai! (A estudanta também é mineira, igual à presidenta) Uma viajanta, por óbvio, viaja muito, conversa com muita gente e, certamente, tem informações muito úteis acerca do futuro do país.
- Muito bem pensado, ainda bem que recorri aos universitários, sô!... Que nos tragam a viajanta!
Por fim chega a viajanta que, por aqueles dias, estava lá pras bandas do Nordeste.
- Então, minha cara viajanta, o que o futuro nos reserva nesse Brasil inzoneiro?
- Ôchente (convivência é foda!), sou lá eu alguma videnta? – Indaga perplexa a viajanta – Se uma estudanta não sabe, se uma presidenta não sabe, porque há de saber uma pobre viajanta?
Nesse momento a ajudanta tenta interferir.
- Ei, posso falar?... Posso falar?... Deixa eu falar...
- Fala filhote de asa-branca fidumaégua (Tô falando? Convivência com seu antecessor)!
- Eu trabalhava antes para uma eleganta senhora... Não. Não senhora. Ela não era também uma presidenta, mas outra viajanta que só viajava para o exterior. Ela ia sempre para Índia consultar com um profeta...
- Ah, querem saber? Isso já encheu o saco! (A educação foi pro espaço!). Saiam todos: estudanta, ajudanta, viajanta... Que a presidenta tem mais o que fazer do que se preocupar com o futuro do Brasil!
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Coisas que aprendemos morando em Cuiabá
1 – Se o termômetro marcar 25 graus aproveite para estrear o casaco novo. Pode ser a única oportunidade do ano.
2- O aeroporto internacional de Cuiabá não existe. A gente usa o do vizinho.
3- Se o relógio estiver marcando 18:20 e você estiver na Av. Isaac Povoas, você está com raiva.
4- Se o relógio estiver marcando 18:20, você estiver na Av. Isaac Povoas e seu carro não tiver ar condicionado, você provavelmente se enforcou com o cinto.
5- Se você ainda não bateu em um dos cruzamentos do bairro Boa Esperança, renove seu seguro, você ainda vai bater.
6- A cidade possui 3 Shoppings, em um deles você vai ao cinema, no outro fazer compras e no terceiro só para almoçar.
7- Segundo indícios o baguncinha começou aqui. E é verdade, ele valia só 1 real.
8- Chapada dos Guimarães já foi mar.
9- O filme “Inferno de Dante” foi baseado em nossa política.
10- Mas vale um pequi ruído que dois no pé.
11- Se um dos times grandes vier jogar em nosso estádio, aproveite, essa pode ser a única oportunidade da década.
12- A chuva da manga existe! E a do caju também.
13- Festival de inverno é propaganda enganosa.
14- Existem pessoas que comem a cabeça do boi... E gostam!
15- O Sesc Arsenal fecha muito cedo.
16- Para algumas pessoas a história de Cuiabá se divide em antes e depois da chegada do Mc Donald’s.
7- Shopping 3 Américas era uma galeria, cresceu e agora todo mês é interditado.
18- Exposição Agropecuária é mais importante que o Rock in Rio.
19- ITA Center Park mata mais que a guerra no Iraque
20- "Frutos da Terra" é o melhor picolé do mundo.
21- Se for ao bairro "Parque Cuiabá" faça uma revisão no carro, encha o tanque e boa viagem.
22- Pacu, pirarucu e baiacu não tem nada a ver Cuscus.
23- Pelo amor de Deus !!! Jacaré na rua é coisa de paulista desinformado.
24- Escaldado de madrugada no Choppão é a melhor maneira de curar a bebedeira.
25- No final do arco-íris existe uma vaga na praça popular.
26- O posto Gil é uma lenda.
27- Se chover fique em casa.
28- O nosso bairro Leblon deve ter mais concentração de drogas que o Rio de Janeiro inteiro.
29- A Ponte Nova é velha.
30- A invenção do ar condicionado é tão importante quanto a invenção da escrita.
31- Cuiabá tem 4 estações do ano: verão, abafado, mormaço e quentura.
32- Em Cuiabá urubu voa com uma asa e se abana com a outra.
33- Vento? Fecha as janelas que é chuva.
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2- O aeroporto internacional de Cuiabá não existe. A gente usa o do vizinho.
3- Se o relógio estiver marcando 18:20 e você estiver na Av. Isaac Povoas, você está com raiva.
4- Se o relógio estiver marcando 18:20, você estiver na Av. Isaac Povoas e seu carro não tiver ar condicionado, você provavelmente se enforcou com o cinto.
5- Se você ainda não bateu em um dos cruzamentos do bairro Boa Esperança, renove seu seguro, você ainda vai bater.
6- A cidade possui 3 Shoppings, em um deles você vai ao cinema, no outro fazer compras e no terceiro só para almoçar.
7- Segundo indícios o baguncinha começou aqui. E é verdade, ele valia só 1 real.
8- Chapada dos Guimarães já foi mar.
9- O filme “Inferno de Dante” foi baseado em nossa política.
10- Mas vale um pequi ruído que dois no pé.
11- Se um dos times grandes vier jogar em nosso estádio, aproveite, essa pode ser a única oportunidade da década.
12- A chuva da manga existe! E a do caju também.
13- Festival de inverno é propaganda enganosa.
14- Existem pessoas que comem a cabeça do boi... E gostam!
15- O Sesc Arsenal fecha muito cedo.
16- Para algumas pessoas a história de Cuiabá se divide em antes e depois da chegada do Mc Donald’s.
7- Shopping 3 Américas era uma galeria, cresceu e agora todo mês é interditado.
18- Exposição Agropecuária é mais importante que o Rock in Rio.
19- ITA Center Park mata mais que a guerra no Iraque
20- "Frutos da Terra" é o melhor picolé do mundo.
21- Se for ao bairro "Parque Cuiabá" faça uma revisão no carro, encha o tanque e boa viagem.
22- Pacu, pirarucu e baiacu não tem nada a ver Cuscus.
23- Pelo amor de Deus !!! Jacaré na rua é coisa de paulista desinformado.
24- Escaldado de madrugada no Choppão é a melhor maneira de curar a bebedeira.
25- No final do arco-íris existe uma vaga na praça popular.
26- O posto Gil é uma lenda.
27- Se chover fique em casa.
28- O nosso bairro Leblon deve ter mais concentração de drogas que o Rio de Janeiro inteiro.
29- A Ponte Nova é velha.
30- A invenção do ar condicionado é tão importante quanto a invenção da escrita.
31- Cuiabá tem 4 estações do ano: verão, abafado, mormaço e quentura.
32- Em Cuiabá urubu voa com uma asa e se abana com a outra.
33- Vento? Fecha as janelas que é chuva.
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segunda-feira, 7 de março de 2011
Dinha - Aniversário 2011
Pois é Ferreirada.
Como divulgado através de e-mail, Maria Aline, nossa querida Dinha, completou 60 anos (como ela disse: Arredondou idade) no dia 05/03/11.
À noite liguei para ela para completar o parabens virtual e fiquei sabendo que a Kitty a presenteou com uma festa surpresa, da qual participaram importantes personalidades, como: Tia Chiquinha, Tia Lili, Tia Cidinha, algumas primas, entre outras... Muito show!
Pedi, então, para a Kitty que me enviasse as fotos da festa e as publiquei no Blog. Para acessar é só clicar em "Ferreirada por aí (fotos)", em Links, na coluna direita do blog, selecionar a aba "minhas fotos", e então clicar no album - Aniversario Dinha - 2011.
Ou mais simples, cliquem abaixo:
https://picasaweb.google.com/maferreira90/FotosAniversarioDinha?authkey=Gv1sRgCKHDzYKDgeGJmwE#
Vai aqui o meu beijo para a Kitty... Muito legal a inciativa dela!
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Como divulgado através de e-mail, Maria Aline, nossa querida Dinha, completou 60 anos (como ela disse: Arredondou idade) no dia 05/03/11.
À noite liguei para ela para completar o parabens virtual e fiquei sabendo que a Kitty a presenteou com uma festa surpresa, da qual participaram importantes personalidades, como: Tia Chiquinha, Tia Lili, Tia Cidinha, algumas primas, entre outras... Muito show!
Pedi, então, para a Kitty que me enviasse as fotos da festa e as publiquei no Blog. Para acessar é só clicar em "Ferreirada por aí (fotos)", em Links, na coluna direita do blog, selecionar a aba "minhas fotos", e então clicar no album - Aniversario Dinha - 2011.
Ou mais simples, cliquem abaixo:
https://picasaweb.google.com/maferreira90/FotosAniversarioDinha?authkey=Gv1sRgCKHDzYKDgeGJmwE#
Vai aqui o meu beijo para a Kitty... Muito legal a inciativa dela!
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terça-feira, 1 de março de 2011
+ Alguns Versinhos
Intento
Se nada me acontecer, até o fim dessa tarde ensolarada
escrevo para você, do fundo de mim, uns versos bem bonitos.
Mas sabe como é: Há tanta curva e poeira na estrada
que pode muito bem ficar o dito pelo não dito.
Culpa
Não houvesse estrelas, tão pouco a lua
talvez não houvesse força anímica
para aquele beijo, tão pouco seria sua
aquela poesia tão absurdamente lírica.
Fugaz
A espera o quedou frágil, cristal em gume.
Houvesse tinta, talvez uma deseperada aquarela...
Mas não, contentou-se com o brilho de um vaga-lume
e assim, num instante, a vida lhe pareceu tão bela.
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Se nada me acontecer, até o fim dessa tarde ensolarada
escrevo para você, do fundo de mim, uns versos bem bonitos.
Mas sabe como é: Há tanta curva e poeira na estrada
que pode muito bem ficar o dito pelo não dito.
Culpa
Não houvesse estrelas, tão pouco a lua
talvez não houvesse força anímica
para aquele beijo, tão pouco seria sua
aquela poesia tão absurdamente lírica.
Fugaz
A espera o quedou frágil, cristal em gume.
Houvesse tinta, talvez uma deseperada aquarela...
Mas não, contentou-se com o brilho de um vaga-lume
e assim, num instante, a vida lhe pareceu tão bela.
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