Deitou na relva e desenhou o espaço,
em um cosmo negro, abissal e todo pincelado de luzes.
De dentro de seus dedos delicados saiu o arco-íris,
que era o nome do espectro da luz,
e composto em número igual ao da escala musical.
Seria melodia dos pássaros primevos?
Há algo melhor do que gostar e ser gostado?
As nuvens, poderosas nuvens, também podem sentir isso?
Mas nuvens não sentem, não falam.
Nem comigo,
nem contigo,
nem consigo.
Não falam e pronto!
Mas, ah, como são cheias de vida e de sabedoria!
Como são ricas essas nuvens.
Ambíguas feito a realidade.
Antigas feito o planeta.
Prismas multicolores da humanidade.
Por que se digo,
e ainda assim não acredito,
aconteceu?
Por que se sinto o tempo único que sempre prevalece,
onde realmente me encontro?
Desisto.
Nada é mais manifesto que o leão sob o sol da savana africana,
que esteve em ti,
e que conosco arde:
“Boceje, mas cace, meu filho.
Se espreguice à sombra,
mas emane toda ardência que de tua alma transborda!”
Radiante que se liberta.
Constante dessa terra dos milénios sempiternos.
Das rezas e dos mitos e dos muitos fados que precedem a criação das nebulosas divinais e de toda matéria desse nosso universo imponderável.
Esse é o Thiago!
ResponderExcluirBela poesia, garoto!!
Colelo
Lindona!!!!!
ResponderExcluirBjo,
Tia Rose