sábado, 28 de julho de 2012

Turquia

Meninos e Meninas,

    Já estamos no fim do passeio. Amanhã (29/07) pegaremos o voo de volta para o Brasil e amanhã mesmo estaremos em Beozonte.

    O passeio foi ótimo, depois farei uma sequência de posts para vocês "viajarem".

    Segue algumas delicias para vocês degustarem na seguinte sequencia:
# Passeio de balão na Capadoccia;
# Duas fotos da cidade subterranea na Capadoccia;
# Piscina natural de Pamukkale
# Passeio de barco pelas ilhas do meditarrêneo em Fethyie.
#Piscina do hotel em Oludeniz.

Beijos,
Dado, Lu e Isa






domingo, 22 de julho de 2012

Para pensar

Rancho de palha
criança faz pedido
comida que falha
panelão polido

Estrada poeirenta
chão batido
criança birrenta
coração sofrido

Mesmo assim peão
sente saudades
do tempo
de criança

brincadeiras no ribeirão
amor de pai
carinho de mãe
cachorro zangão




sábado, 21 de julho de 2012

Meninos & Meninas



Meninos e meninas.

Meninos são tão,
são tão... meninos.
Meninas não.
Meninas sempre serão
meninas, tão... tão...

Meninos e meninas.

Meninos vêm e vão.
Meninas nunca vêm
e nem nunca vão,
meninas estão.

Meninas e meninos.

Meninos nunca sabem
quem são.
Meninas sempre sabem
quem serão.

Meninos e meninas.

Tão iguais,
nunca iguais,
tão gente,
tão diferentes,
tão mutuamente dependentes.

Meninos e meninas.

Não se falarão jamais.


***

Dor



Uma dor etílica,
líquida,
vívida
mas dor.

Vazios invasivos invadem,
corrosivos, corroem,
destrutivos, destroem...

Uma dor inutil,
futil,
ignobil,
mas dor.

Uma dor vazia,
mas dor.

Trágica,
autofágica,
nutrindo-se da própria agonia,
mas dor...

Uma merda de dor.

***

Falsa

Teixeira,
desembanhou a peixeira
e estripou Joaquim,
ou melhor, Quinzim.
Antes que estripado fosse,
Quinzim,
regalou-se,
fartou-se,
lambuzou-se,
nas profundezas de Manuela.
E ela,
amiga de primeira
de Teixeira,
e que,
veja você,
se não me falha a memoria,
não tinha nada com a história,
viu, e depois
riu-se dos dois.

Juriti II

Este foi o comentario da maninha COCADA (vulgo Miriam), caroneando nos belos versos do Tarlei (Juriti). Não poderiam ficar escondidos em "comentários", por isso, os trouxe para a "primeira página":


Os olhos que vi foram outros, juruti!

"Ansiosa, Maria caminhou mato adentro. Os pés descalços seguiam rastros ali deixados.As mãos de quando em vez, arrancavam um capim que era colocado na boca.Azedinho bom.

- Esqueci de falar São Bento. Tem perigo de cobra?São Bento, São Bento...rezou.

- Se falar mais de três vezes o santo se irrita. Aí não vale –brincou Bené –Apresse Mariinha.

A menina caminhava de cabeça baixa cuidando para não pisar em cobra, Deus me livre. De repente, sentiu uma batida oca na testa.Um cochicho de onde o eu se fazia doutor avisou: sem alma é oco. Uma coisa fria, dura lhe alcançou o pensamento.Olhou para cima e viu abatida uma passarona enforcada.Olhou e viu olhos medonhamente esbugalhados. Olhou e viu a triste figura da juriti pendurada, balançando funebremente.Viu em dor a vítima da perversidade do menino capeta.Seus olhos estupefatos, abestados constataram: tarde demais; suas mãos ensaiaram um movimento inútil, seus joelhos teimaram em dobrar, mas as articulações enrijeceram.Maria fechou os olhos e abriu a boca, sorveu a ventania, as sombras e regurgitou um grito insano,sem fim, desesperado. Desnorteada virou-se, empurrou o irmão que se agachava de tanto rir, derrubou o primo que se fez escarlate com o gemido gritante.Sem interromper o berro, Maria voltou em disparada, deslizou as pedras, como água rolou, derriçando arbustos.Subiu a escadaria macabra sem recuperar o fôlego, atravessou o pomar ouvindo a sombra da mangueira ecoar seu grito e em cera alcançou a casa grande.

A pobre juriti não mais olharia inquieta pra ninguém..."

Então, "São Bento na água benta, Jesus Cristo no altar. Sai da frente bicho ruim, da caminho para eu passar.", esta era a oração "espanta cobra". Juro para vocês, era a declamar e "meter os peitos no mato" sem medo nenhum. Deu certo. Ninguém morreu picado por cobra. E saibam, sobravam cascaveis em Paulo Freitas!

É isto aí, Cocada. Como teclamos, histórias como estas, nos construiram. Por isso nos amamos, nos respeitamos e nos merecemos.


***

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Juriti


Juro pra ti
juriti
olhos iguais
aos teus
nunca vi

Dos teus olhos
tenho medo.
Olhar para eles
tira o sossego.
Serenos- incertos
novo enredo
que nunca entendi
juriti

Quero pensar
em ti
quero te ver
tímida
voando baixo
juriti

Eu menino
na galhada
arapuca armada
quando a capturava
teus olhos
me hipnotizavam

Juriti
forrageando
folhas secas
beirando córrego
debaixo do bambuzal
arrulhando

Sinal
algum sinal
juriti
me mostre
como ser feliz
igual a menino.

sábado, 7 de julho de 2012

Filhotes do rio


Filhotes do rio,
da verdade, da pureza
e de Deus.

Queria eu
ter igual alegria.


***

Francisco

Francisco
era um bom menino,
mas Francisco
tinha cisco
no olho.

Francisco
futucou a torto e a direito,
sem respeito,
futucou
onde não deveria futucar.

Minino,
foi de doer!
Francisco se meteu
onde não deveria se meter.

Deu no que deu,
Francisco morreu...


***