
A pedido do dono do blog, aí está um fragmento de uma história que já tem ,creio que,cinquenta páginas...história abandonada.Não era assim tão boa.
Chegando em casa, as irmãs entraram pelo portão lateral, de cima Nas pedras Luminárias, luz e sombra brincavam num emaranhado louco. Naquele ponto em que nada se define, mas que tanto seduz, Maria chorou uma lágrima que rapidamente secou no calor do mármore. Há gente na varanda. O pai, atento, vê o abatimento da filha e num gesto tresloucado, estúpido, de brincadeira, atiça o cão Bandoleiro no gato Missifufi.Meu Deus, agora não! Os pelos do felino eriçados, os olhos buscando fuga, esconderijo...O embaixo-do-tanque,logo ali... Rosnar ruidoso rasgando rude o resto do dia; miados estridentes, lancinantes dilacerando a entrada da noite...Tudo no embaixo-do-tanque...Tentativa em vão de socorro, perplexidade, desespero e os olhos tão embaçados da incompreensão viram o gato, gatinho, nhonhento, amado, macio sair. Nossa Senhora, arrastando as patinhas traseiras, caminhando bêbado, não entendendo nada do ser meio-gato...Sete vidas? Sete mortes! Maria olha o pai, a tristeza grita, o eco imita...Leva ela prá -lá! Vai ter que sacrificá! Toma esse copo d’água com açúcar! Sai! Pai berra em desespero: SAI! Passarinho.Missifufi.O pai...Sal, açúcar, luto, medo, abandono... O eu se encolhendo...E novamente o temporal desaba, a terra lança seu cheiro de cio, uma manga cai da mangueira, verde...Verde...Um som seco de porrete ecoa. O silêncio do gato, a tagarelice do camarada-cachaceiro... O mundo nos seus indefinidos contornos, na sua fatalidade, no seu sufrágio...A vida no seu deboche, no seu faz-de-conta de ser feliz.
- Filha, se acalme. Papai só quis te alegrar; ele, às vezes, é tão desastrado –consola a mãe, segurando o copo.
Mergulhar, mergulhar, mrgglhr, mr...Ar! Ar...Ar...
Chegando em casa, as irmãs entraram pelo portão lateral, de cima Nas pedras Luminárias, luz e sombra brincavam num emaranhado louco. Naquele ponto em que nada se define, mas que tanto seduz, Maria chorou uma lágrima que rapidamente secou no calor do mármore. Há gente na varanda. O pai, atento, vê o abatimento da filha e num gesto tresloucado, estúpido, de brincadeira, atiça o cão Bandoleiro no gato Missifufi.Meu Deus, agora não! Os pelos do felino eriçados, os olhos buscando fuga, esconderijo...O embaixo-do-tanque,logo ali... Rosnar ruidoso rasgando rude o resto do dia; miados estridentes, lancinantes dilacerando a entrada da noite...Tudo no embaixo-do-tanque...Tentativa em vão de socorro, perplexidade, desespero e os olhos tão embaçados da incompreensão viram o gato, gatinho, nhonhento, amado, macio sair. Nossa Senhora, arrastando as patinhas traseiras, caminhando bêbado, não entendendo nada do ser meio-gato...Sete vidas? Sete mortes! Maria olha o pai, a tristeza grita, o eco imita...Leva ela prá -lá! Vai ter que sacrificá! Toma esse copo d’água com açúcar! Sai! Pai berra em desespero: SAI! Passarinho.Missifufi.O pai...Sal, açúcar, luto, medo, abandono... O eu se encolhendo...E novamente o temporal desaba, a terra lança seu cheiro de cio, uma manga cai da mangueira, verde...Verde...Um som seco de porrete ecoa. O silêncio do gato, a tagarelice do camarada-cachaceiro... O mundo nos seus indefinidos contornos, na sua fatalidade, no seu sufrágio...A vida no seu deboche, no seu faz-de-conta de ser feliz.
- Filha, se acalme. Papai só quis te alegrar; ele, às vezes, é tão desastrado –consola a mãe, segurando o copo.
Mergulhar, mergulhar, mrgglhr, mr...Ar! Ar...Ar...
Muito lindo este (texto, conto, poema...?)!
ResponderExcluirObrigado.
Alguns reparos: (1) Não sou o dono do blog, mas como cê viu tenho poderes... Até inseri a foto no seu post; (2) A história é boa sim e deveria ter continuidade, aliás o blog taqui pra isso memo - egoismo ficar só procê!.
Tô tentando abrir no blog um album de fotos. Creio que tenho que baixar o "Picasa", ou algo equivalente, e o colocar como link. Se alguém (Dado) puder me dar umas dicas. agradeço.
ResponderExcluirBom, perguntar num ofende... Vocês já perceberam que se "clicar" na fota ela é ampiada, não é? É importante saber que é a Bianca a garota do post...
ResponderExcluirTicolelo, o senhor realmente está de muitíssimo parabéns pelo engajamento. Apelemos às massas! Farei o meu (se é que de algo nos valerá). Enfim, se tenta, sempre. Beijos aos nossos. Thiago da cinzenta noite do formigueiro pauliceu.
ResponderExcluirQuando se lê, o que vejo, mamãe não vê.
ResponderExcluirMiriam, concordo com o Marco. A história é boa e deve ter continuidade..
ResponderExcluirMarco, vou ver o que tem que ser feito para criar o album de fotos.