Recebi hoje um e-mail do Tio Tarley acerca do famoso "Caso Paulino" ocorrido em tempos idos (e muito idos) lá em Carrancas - MG.
Sei que muitos não conhecem o fato e, da forma que aqui será postado, pode se tornar um tanto incompreensével e misterioso. Contudo, gostei do mistério e como o Tio Tarley se comprometeu a fornecer os detalhes "após umas e outras crepusculares", segue abaixo o post com o exato texto que recebi por e-mail.
(Apenas para não ficarem totalmente perdidos, informo que o tal Paulino foi linchado pela povo de Carrancas, após um certo acontecido).
Eis o e-mail:
Marcos Aurélio,
Olha um "causo" interesante da nossa história. Não soube "blograr"
Abração a todos.
Tio Tarley
Eis o anexo do e-mail:
MEUS FILHOS:
Vou “transcrever” (que palavra) o que achei num livro de meu Pai. Ainda falam em Carrancas que o “caso Paulino” foi uma lenda, uma estória . . .
Esse livro, que me foi entregue pela minha mãe, achei e fiz a obrigação de passar p/ meu irmão mais velho (Tio Ruy). O “escrito” dizia o seguinte:
“Tendo pousado em casa do Sr. Ananias Ferreira e pela manhã quando descia, entrei na casa onde estava o Sr. Pereira, para cumprimental-o; ahi achei um grupo de pessoas que dentre este recordo-me do S.R.G. que convidou-me para matar o Paulino, ao que não lhe respondi. Tendo sahido o dito grupo, o Sr. Alfredo Roza perguntou-me: o que o Sr. Acha sobre isso? Respondi-lhe: Eu sou pela prudência; replicou elle: Eu concordo com o Sr.
E chegando onde estava o preso, achei ahi um considerável grupo de pessoas, exigindo o preso para matal-o ao que se opunha meo pae e mais pessoas.
Tendo já dados alguns arrancos para tiral-o, o que não conseguiam pelos esforços que meo pae e outras pessoas empregava. Vendo que o movimento alterava cada vez mais e alguns já muito irritados, julguei prudente previnir a meo pae que achava bom, elle retirar-se que se não elle podia ser desfeitiado e desrespeitado e tornaria se ........ Respondeo-me elle: Pois é o que faço. E tendo elle retirado ouvi o barulho e imediatamente vi o preso na rua.
Tão impressionado fiquei que nem ao menos vi quem o puxava. Vi que elle pisava firme e . . . e logo não o vi mais por ter sido encoberto pelo povo que o acompanhava.”
Tenho esse manuscrito original, num papelzinho amarelado pelo tempo. Depois, em momento oportuno, tomando uma “crepuscular”, lhes darei detalhes do fato.
É uma história muito interessante, será???
Abração a todos
Tio Tarley
Que história!...Estou embasbacada! Segundo sei, esse Paulino havia matado uma moça em um baile, não é isso?
ResponderExcluirMuito interessante o jeito de Papai Américo (?) relatar o fato...que caso incrível!