domingo, 30 de outubro de 2011

Hoje - 35 anos de casados

Primeiramente, minhas desculpas aos seguidores do Blog pois irei "abusar" deste canal, um modo de repartir com vocês o dia especial de hoje e o motivo maior - chegar ao fundador deste blog, meu marido, o que escrevo abaixo.


Hoje, exatamente às 11 horas disse "SIM" na Capela Nossa Senhora do Rosário em Volta Redonda, capela esta no colégio de mesmo nome onde estudei por 13 anos. Isto há 35 anos....
Comemoro, embora à distância e apesar desta sinto-me neste momento perto de meu marido as bodas de 35 anos - Bodas de Coral.

Poucas pessoas conhecem a origem etimológica da palavra boda. Ela provém da palavra latina votum, que significa promessa (será qual heim???? Muita calma nesta hora rsrsrs...). Desta forma, quando se diz "minha boda" estamos dizendo "minha promessa".
De acordo com o seu significado religioso, sem dúvida é a promessa por excelência, que um homem e uma mulher podem fazer diante de Deus, realizando seu compromisso de esposo e esposa diante de um altar consagrado. Uma promessa para toda a vida, e esse é o ditame de seu ritual.
Por isso esse momento tão especial deverá ser comemorado em toda sua magnitude, unido a cada um dos elementos que contribuem para que essa promessa tenha a força simbólica que merece.

A própria definicação da palavra casamento (ou matrimônio) reforça esse caráter solene

Coral
Cor:Vermelho, róseo, branco, azul, preto.
Transparência: Opaco.
Dureza de Mohs: 3-4.
Sistema cristalino: Hexagonal, micro cristalino.
Composição química: Carbonato de cálcio + magnésia + matéria orgânica.
Proveniência: Mediterrâneo Ocidental, Canárias, Japão, Austrália.
Chacras: Segundo.
Tipo: Trata-se de uma gema orgânica, um empréstimo do reino animal ao reino mineral. Sua energia está intimamente ligada ao conceito da nutrição emocional e física. Incentiva o amor à natureza e a adaptabilidade ao plano físico. Aumenta a fertilidade em todos os sentidos. O Coral Negro age no chacra básico como curador de medo e ansiedade, principalmente na área do instinto e da sobrevivência.
Signos: Todos.
Profissões: Artista, Dentista, Fazendeiro, Jardineiro, Operário, Vendedor, Veterinário.
Planeta: Vênus.
POEMAS PARA ESTE DIA ESPECIAL:
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor ... não cante
O humano coração com mais verdade ...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes


E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...
e, uma canção de Roberto Carlos (do nosso tempo), esta relembrando o começo de tudo onde num baile de roça (casamento de empregado da fazenda) ficamos mais perto um do outro.....
O BAILE DA FAZENDA

(Roberto Carlos)


O baile vai correndo solto a noite inteira
Começa cedo e não tem hora pra acabar
Gente dançando só pelo prazer da dança
E outros só pelo prazer de se abraçar
O povo todo se diverte nessa festa
Que vai até o outro dia clarear
Quem já chegou acerta o passo nessa dança
Quem não chegou aperta o passo pra chegar
Casais dão passos soltos no salão inteiro
E um casalzinho quase não sai do lugar
Que tal o baile? Alguém pergunta, eles respondem
O baile tá bom, mas bom também é namorar
Quanta alegria está no rosto dessa gente
Que esquece tudo e não vê o tempo passar
Na madrugada o sanfoneiro toca forte
O baile esquenta e o povo começa a cantar

Ai, ai, ai,Ai, ai, ai,
A madrugada que passou não volta mais
Ai, ai, ai,Ai, ai, ai,
A madrugada que passou não volta mais

Tem sempre alguém de longe olhando alguém que ama
Há muito tempo e nunca pode lhe falar
Tira pra dança e par constante a noite inteira
Depois do baile estão falando em se casar
O sol nascendo e o sanfoneiro continua
O baile acaba e ele não pára de tocar
Sai pela porta e todo mundo vai seguindo
E pela estrada o povo todo a cantar

Ai, ai, ai,Ai, ai, ai,
A madrugada que passou não volta mais
Ai, ai, ai,Ai, ai, ai,
A madrugada que passou não volta mais
Um beijo especial ao meu marido,
Rose

sábado, 29 de outubro de 2011

Não sei se lembras, mas esta foto foi eu quem a tirou numa pretensão de eternizar "o momento".

35 Anos de Casados - é muito tempo......

Em resposta a "Amor Antigo"
Beijos, Rose

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

William Shakespeare

Amigos chegam

Não sei se vocês observaram, mas temos temos "novos" amigos no pedaço.

Mariluce Farias, do Mato Grosso do Sul, não a conheço, mas se se incluiu, gostou do que viu... Seja muito bem vinda e desculpe-nos pela pieguice dessa Ferreirada.

Guilherme Puccine, este eh (desculpem-me, o teclado tah uma m...) quase filho, vizinho de muro em Volta Redonda, RJ... Qualquer hora dessas, mando o e-mail que ele enviou, informando estar "inscrito" no "Os Ferreira". Muito show. Seja tambem muito bem vindo querido e, como sei que eh tambem um poeta (ou, igual ao tio aqui, um pretenso poeta), fique a vontade, a casa eh tambem sua.

Sua tambem, Mariluce.


***

Amor Antigo

(Carlos Drumond de Andrade)



Foi sob a sombra deste eucalipto, logo acima do curral, na Fazenda dos Coelhos, em Paulo Freitas, que tudo começou. A poesia abaixo, de Carlos Drumond de Andrade, é uma homenagem aos nossos 35 anos de casamento.


Amor Antigo


O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede. Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas,
feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,
o antigo amor, porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente, mais pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
e resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

***

Desviver

Das luas que, em cascata,
apartaram-se de seu olhar, apreendi
 – por que tantas, se uma basta? –
que ali, tão próximo, bem ali,
eclodiu um mar.

Mas foi necessário desaprender,
foi necessário desamar o desnecessário,
o excedente, o inútil ao meu viver,
seja ele coisa, gente ou este desvario
humano que é desviver.

***

sábado, 22 de outubro de 2011

Blue

Poucas coisas sao tao lindas
quanto um blue.

Minha amada,
meus filhos,
minhas netas,
sao mais!


***
Dia 20 de novembro.

Dia do POETA.

Feche a porteira

Passou.
Feche a porteira.
Eita, se brilhou,
brilhou.
Se magoou,
magoou.
Se desandou,
desandou...
Acabou.
Passou.
Adeus!
Feche a porteira
e cuide,
como deve ser,
dos seus...


***

Do que os homens falam

(Extraído do Blog PHD de Jorge Santana)

Do que falam os homens…

 Sebastián Wainraich

Duas semanas atrás, almocei com duas garotas da redação do Ohlalá!.  Elas –pelo menos, elas- queriam saber do que nós homens falamos quando as mulheres não estão por perto. mas é provável que todas as mulheres gostassem de saber isto. E é provável que se decepcionem, pois falamos o mesmo que elas. A diferença é que dedicamos tempos diferentes a temas semelhantes. Por exemplo: se um amigo aparece dizendo que sua mulher está grávida, explodimos de alegria. Trocamos abraços, damos tapas nas costas, fazemos piadas idiotas (“até que enfim, conseguiu, hem?”; “quem fez o filho, ô, babaca?”), perguntamos se o amigo prefere menino ou menina, se já escolheram o nome e pouca coisa mais. Os que já são pais dão conselhos e indicam estratégias pra viver / suportar / ser feliz  durante os próximos nove meses. E pronto. Não se recomenda ginecologistas, obstetras, clínicas, nem cursos de preparação. Ah, sim, nem perguntamos como está a mulher do amigo.

Dedicamos mais atenção ao amigo que nos conta uma aventura sexual: nisto, sim, prestamos bastante atenção. Pedimos detalhes. Queremos saber das posições, o que ela topa, do que gosta, o que fala na cama… “Tem alguma foto pra mostrar?” “Filmou alguma coisa?“ ”É casada?”. Bem, são perguntas que só rolam se a a relação do amigo é puramente sexual. Se o caso é de amor ou se envolve a mulher do sujeito, (o que nem sempre coincide), não se  estica a conversa. No máximo indagamos sobre a frequência com que o casal faz sexo. E, em vez de converser seriamente, acabamos fazendo piadas com o assunto.

Obviamente, falamos de futebol. Do passado, do presente e do futuro. Jogadores, gols e campeonatos.  Trocamos desafios: “Lembra quem pegou no gol do Racing em 95?” “Quem meteu o gol no Brasil naquele amistoso da era Passarela?” Falamos de política e tecnologia. De cinema. De mulheres famosas. “Você encarava a fulana?”, pergunta alguém, e lança um nome inesperado pela idade ou pelo perfil e todos dizem, em uníssono: “Putz, tá inteiraça, mesmo!”
Ocorre também de, às vezes, estarmos juntos sem falar. Brincando no playstation ou jogando ping pong. Perdão, falamos, sim. Mas apenas sobre o que está rolando. Quem vence sacaneia quem perde. Aí, viramos crianças de novo. Chega-se a lembrar da infância e a falar de carros. De música. De trabalho, é claro.“Tá indo bem no serviço?” Tá a fim de mudar de trampo?” “Tem mulher gostosa, lá?“.

Se algum amigo traz um problema familiar, a gente o escuta. E, rapidim, mudamos de assunto. Fugimos da dor. Se outro conta que foi traído pela mulher e vai se separar, escutamos, mas não rendemos a conversa com medo de que o casal volte a se juntar. Arranjamos um lugar pra ele dormir e pronto. De que mais falamos? De peitos e bundas, é normal. Sempre!!! E de cantadas. Fazendo piada (ou não seria tão de brincadeira, assim, Freud?), falamos do jeito que a mulher nos agrada, do que faríamos com ela e por aí vai. Quando estamos juntos, nós homens, falamos pra dedéu.

Será que é por isto que, de volta pra casa, quando ela nos pergunta se estamos bem e o que rolou, já não temos saco pra responder?

***

Alheio


Ando assim,
alheio,
meio a meio,
meio barro, meio tijolo,
chinfrim,
uma na canela,
outra no joelho.

Ando assim,
a merda ficou pouco,
a louca ficou rouca,
a rouca ficou louca,
e muita gente
disse sim.

Ando assim,
pedindo por mim.


***

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Infância - Lembranças

(O atirador)



Dona Maria Antonieta era nossa professora. Excelente professora, diga-se de passagem. Papai a contratou. Primeiro porque, diferentemente da maioria dos fazendeiros e sitiantes da região, confiava que dar estudo para suas crias era o que melhor poderia lhes legar. Depois por que, naquele cantinho do interior de Minas Gerais, o Estado oferecia apenas um Grupo Escolar – salvo engano, Grupo Escolar Dona Emerenciana – cujo ensino era fraquinho, fraquinho. Até andei frequentando algumas aulas lá, mas, creio que não aprendi muita coisa. Dona Maria Antonieta acabou sendo não apenas nossa professora, mas também professora de alguns filhos de empregados e filhos de alguns vizinhos.

Usualmente as aulas transcorriam na tulha do meio, onde papai até improvisou na parede um quadro negro, que nem era tão negro assim, mais para verde cimento, porém, naquele dia, não me lembro por qual razão, as aulas se davam na casinha do meio, no terreiro da cozinha.

Salvo engano, era hora do intervalo, numa manhã ensolarada como outra qualquer.

Estávamos lá: D. Maria Antonieta, Eu, Maria Aline, Humberto e mais alguns outros alunos. Eu tinha justo terminado o castigo de escrever cem vezes a tabuada dos sete. Cem, isso mesmo, não me esqueço, cem vezes e estava mal humorado como só eu sabia ficar. Creio que fiquei até complexado com isso, pois até hoje minhas contas na tabuada dos sete é assim: sete vezes oito? ... Sete x sete, quarenta e nove, mais sete, cinquenta e seis. Sete vezes nove? ... Sete vezes dez, setenta, menos sete sessenta e três. Então um bem-te-vi pousou numa árvore desfolhada, no pátio do galinheiro, logo acima, e disparou: bem-te-vi, bem-te-vi, bem-te-vi... 

Avistando-o, do nada, D. Maria Antonieta desafiou Humberto: 

– Quero ver. Você tem fama de bom com o estilingue...  – Desafiou ela, apontando para o bem-te-vi.

Humberto não tinha apenas fama, ele era mesmo muito bom, uma fera com um estilingue! E a arma, assim como a munição, estava sempre ao seu alcance. De um bolso saiu a atiradeira, do outro um seixo bem escolhido e... Pimba! Despenca o bem-te-vi do galho.

Fui o primeiro a correr até o galinheiro. Apanhei o bichinho e o entreguei mortinho da silva para D. Maria Antonieta – no meu olhar um brilho sacana de vingança por conta das cem vezes de tabuada. Ela estava simplesmente horrorizada, tomada por total sentimento de culpa, segurando com extrema delicadeza o passarinho abatido, sem saber o que fazer.

Põe água na cabecinha dele! – Sugeriu um.

Sopra no bico! – Receitou outro.

Que nada. A alminha do emplumado, provavelmente, já estaria a caminho do céu dos passarinhos.

Vamos fritar ele! – Eu, diabinho vingativo, propus.

Não! – Gemeu D. Maria Antonieta.

Finalmente, decidiu-se, contra minha vontade, pelo enterro do bichinho num canteiro da horta de couve.  Exceto, pelo meu ar ironicamente macabro, o funeral transcorreu com a requerida solenidade. Uma cruzinha de madeira, confeccionada pelo Humberto – bom coração tinha o menino! – sinalizou a cova.

De triste mesmo, só os suspiros contidos de Dona Maria Antonieta...


***

Comentário sobre Manos

Desculpe-me ferreirada, estou postando o comentário porque não consigo fazê-lo no espaço adequado. Quando se pede para escolher um perfil, não me abre opções e mesmo fazendo o login, não consigo Portanto , aí está.

Confesso Marco Aurélio: você me deu um nó!Tento compreender o que quis dizer a meu respeito quando se referiu ao ícone. Bom,a palavra ícone vem do grego eikon, que significa imagem. Quando falamos em imagem,estamos falando da representação de um objeto. O ícone é, portanto, segundo a Semiótica, uma imagem que tenha alguma relação de semelhança entre a representação e o objeto. O ícone é sempre uma abstração, metáforas para facilitar a compreensão (?).
Como diria Dado:NOSSA!!!
Pois é: se sou do alto clero, se sou ícone, se escrevem (alguns) meu nome com m, sou mesmo representação?Ha!Ha! Ha! (Ainda não aprendi a rir neste canal)
Mas, pensando bem, ser representação, metáfora, ícone ...é muito bom e chic,não? NOSSA!... Pensando melhor, me agrada a ideia de ser ainda mistério!Não é Nelson? E além de tudo ser amada! É divino! Ui!
Valeu Colelo!

sábado, 15 de outubro de 2011

Aconteceu

Inexplicavelmente,
subitamente,
sem alarde,
anoiteceu...
E, então, ja era tarde.
Não restou ninguem,
nem voce, nem eu,
apenas a saudade.



***

Bodas de trinta e cinco...

(uma historinha de gente feliz)

Dia 30 de outubro de 2011, faremos, Eu e Rose, 35 anos de casados!

Bom, o número pode ser considerado fantástico, mas não é. Extraordinária é a sucessão de eventos que levou aos trinta e cinco anos.

Quando vi Rose pela primeira vez, ela era uma garotinha com cerca de nove anos - muito precoce, diga-se de passagem -, eu tinha quatorze. Na roça, as margens do Rio Capivari, eu (bonito e garboso) montado num fogoso baio, ela passeando a pé com as primas, shortinho curto e narizinho arrebitado de menininha metida da cidade (não existia na época o termo "patricinha". Se existisse, encaixaria como uma luva.). Cumprimentei as primas dela, amigas minha, e cochichei com os arreios: "Desabuso ela!". Ela, naturalmente, solenemente me ignorou.

Tempos depois, eu com dezessete anos, 1,84 metros de altura e 64 quilos de peso, cabelos ruins presos num rabo de cavalo, barba rala sujando a cara e cheio de ideias e ideais, trabalhando como garçon voluntário, numa "brincadeira" (para quem não sabe: Brincadeira era uma domingueira, uma tarde dançante... Ah, deixa pra lá!), do Colégio Estadual Dr. João Batista Hermeto, a servindo. Ela com  doze anos, 1,60 metros de altura, saia muito curta, meias, botas, com um sorriso de quem aceitou "ser desabusada", olhou para mim.  Dançamos ao som de Beatles (tocado por um conjunto de meninas, uma das quais , a baterista, era namorada minha).

- Vocês, certamente conhecem as estórias de "a bela e a fera". Eramos nós. Polos opostos: Ela linda, eu feio. Ela correta, eu contestador. Ela ojetiva, eu sonhador... Mas, deu no que deu: Ela amor e eu amor! - hoje, eu não deixaria uma filha minha, com doze anos, namorar um carinha com dezessete! Em especial se este carinha fosse eu aos dezessete anos!

Mas então, trinta e cinco anos fazem histórias que não acaba mais!

Só pra resumir, daí em diante fui fazer cursinho em BH, estudando p'racabá, me virando, correndo das fardas, namorando o nada, cruzando estradas e ela em Volta Redonda, tocando piano, fazendo balet, primeira na escola, dona da galera, orgulho dos professores e dos pais... Escrevi cartas aos montes, recebi cartas aos montes, namorei aos montes, namorou aos montes, me ferrei em vários vestibulares (quatro, em um ano e meio) e fui parar em Volta Redonda, por conta de um tio  (em segundo ou terceiro grau) que não me deu outra opção.

A primeira coisa que fiz, quando cheguei, foi procurar o endereço das cartas que eu recebia.

Nessa época eu tinha dezenove e ela quatorze anos (Com certeza: Eu era pedófilo!) e continuo afirmando que nenhuma filha minha (nem uma neta!), com quatorze anos, namoraria um carinha como eu aos dezenove. Na epoca, ela namorava um caretinha, que me implorou (chorando... e verdade!) para eu ficar distante dela. Fiquei, mas não o bastante. Tanto que no dia 11 de janeiro de 1971, sob a sombra de um eucalipto, logo acima do curral, na Fazenda dos Coelhos, eu, segurei sua mão para desenhar um "M" de Marcos  e nunca mais a soltei. No dia 5 de dezembro de 1975, ficamos noivos e no dia 30 de outubro de 1976, nos casamos...

E então, lá se vão trinta e cinco anos - na verdade, quarenta e oito anos - de amor, paixão e tesão...

Desta adoravel tesão, resultaram três filhos, três maravilhosos filhos: Marcele, Fernanda e Tácio e, até então, duas maravilhosas, apaixonáveis, desminlinguidoras, netas., Isabela e Camila... E, depois de tudo isso, entre muitas, mas muitas, alegrias e muitas, mas muitas, tristezas, eu só tenho uma coisa mais a dizer:

- Rose, meu amor, não sei quantos anos mais virão, outros 35, 40, 50 ou mais. So tenho uma certeza, sejam quantos for, eu serei extremamente feliz como até então tenho sido por ter você!


***

Família (Manos)

Interessante, gosto de ser chamado de "Marcão", assim como a Lu me chama; gosto quando o Dado se refere a mim como "irmão"; amo o "Colelo", como quase todos irmãos e a maioria dos sobrinhos se referem a mim.

Hoje liguei para a Naira, atendendeu-me a Luiza. Embora eu tenha a sacaneado, provocando-a  para adivinhar de quem era a voz, lá pelas tantas ela disse "Tio Colelo"... Após cem anos luz de distância. Legal isso!

Pode ser até bobagem minha, mas:

- Maria Aline é a Dinha e essa Dinha é a Dinha, minha primeira parceira , minha primeira grande amiga e, talvez, a mais especial...

- Humberto é Beto, Deto, Betão, Piriri... E esse é o Humberto que, embora mais novo, sempre foi para mim referência em algumas (muitas) atitudes.

- Miriam agora virou Cocada. Amo as duas, a mana e o icone.

- Naira, é Naira... Dificil não ser. É única, e, provavelmente, hoje minha melhor amiga.

- Milton, Tito, Titito, Tititito... Se ele se lembra, é o pigmeu, o Pig do Colelo... Preciso dizer mais?

- Tarlei, sei lá se tem apelido! O descobri bem depois, não o largo nunca jamais. Numa palavra: Parceiro.

- Nelson, Ninon, Nen, Nelsão... Cara, gosto d'ocê! Mistério... Especializou-se nisso, é?

- Walisson, eita isso é nome? Virou Dado, menos mal. Vocês já viram o caçula proteger o primogênito? Pois é...


****

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Dinha

(Maria Aline)

Show, muito show!

Dinha, minha muito amada irmã, Maria Aline, se inscreveu como seguidora do "Os Ferreira"!

Seja muito bem vinda irmã... Leia, comente, palpite...

Se algo vale a pena neste "sítio" é sempre a reafirmação da AMIZADE.

Beijão.


***

Steves Jobs

“Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.”

– discurso durante formatura em Stanford, 2005 -



***

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Groucho Marx


Há tantas coisas na vida mais importantes que o dinheiro. Mas, são tão caras!

Não entro para clubes que me aceitam como sócio.

Para mim, a televisão é muito instrutiva. Quando alguém a liga, corro à estante e pego um bom livro para ler.

Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes.

Eu nunca me esqueço de um rosto, mas, no seu caso, ficarei feliz em abrir uma exceção.

O matrimônio é a principal causa do divórcio.

O matrimônio é uma grande instituição. Naturalmente, se você gostar de viver em uma instituição.

Se acredito na vida após a morte? Não sei nem se acredito na vida antes da morte.

Me inclua fora disso.

Atrás de todo homem bem sucedido, existe uma mulher. E atrás desta, existe a mulher dele.

O segredo do sucesso é a honestidade. Se você conseguir evita-la está feito!

Porque eu deveria me preocupar com a posteridade? O que ela já fez por mim?

Perdoem-me por não me levantar. Obs.: Epitáfio.

Estes são os meus princípios. Se você não gosta deles, eu tenho outros.

***

Velhos Amigos

Queridos Ferreiras.

estava ouvindo essa música e deu uma saudade de meus queridos amigos e de nossos encontros na casa dos nossos pais.

Beijos,
Dado