sábado, 29 de outubro de 2011

Desviver

Das luas que, em cascata,
apartaram-se de seu olhar, apreendi
 – por que tantas, se uma basta? –
que ali, tão próximo, bem ali,
eclodiu um mar.

Mas foi necessário desaprender,
foi necessário desamar o desnecessário,
o excedente, o inútil ao meu viver,
seja ele coisa, gente ou este desvario
humano que é desviver.

***

Nenhum comentário:

Postar um comentário