sábado, 16 de junho de 2012

Jogo de damas

Jogávamos, eu e papai, e estávamos sós em Paulo Freitas, apenas eu e ele, naquela casa enorme, naquela mesa enorme. Já háviamos jantado o arroz e o feijão que ele havia esquentado e já haviamos selecionado e despolpado quilos e quilos de goiabas, que, no dia seguinte, Sá Orides transformaria em goiabada, muita goiabada, a melhor goiabada do mundo.
Já era tarde, passava das oito horas da noite. Eu cansado. O dia inteiro, cavalo e latão, colhendo , e disputando com os maribondos as frutas dos pastos de Dona Chanica, Valdemarzinho e Quinca.
Mas queria aprender jogar damas.
Jogamos até lá pelas  dez horas.
No final de dez ou vinte partidas, após perder não sei quantas, ele deixou e eu destrui todas suas damas.

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