domingo, 6 de junho de 2010

Crepúsculo

Crepúsculo
imensidão parda
sem cor
sombras
vultos
imensa dor

O sertão
sem forma
torna-se sombrio
medos
traumas
sinto frio

Canto noturno
mau agouro
lamento
lembranças
saudades
um só tormento

Mas amanhã
o sol vem
pintar,colorir
dar forma
esperança
vou voltar a sorrir

Os relampeios de solidão me assolam ,como se fossem vultos,que surgem tal qual a lua por de traz das nuvens,salpicando de algodão os tristonhos cerrados que teiman em ficar na penumbra.

Nas manhãs são raios de sol em feixes atravessando o telhado fazendo um tunel empoeirado no rancho.Um zumbido de mosca.O primeiro cantar do galo.A rês que berra sua cria.Aumentam ainda mais minha agonia.

O sertão de certa forma é meu cumplice; me trazendo em sobressaltos lembranças confusas,saudades doídas

3 comentários:

  1. Que viagem maravilhosa fiz agora... Senti todas emoções, vivi todas as sensações ao ler o que escreveu, Tarley... Continue nos presenteando com tamanho dom!
    Um grande beijo
    Beijo a todos

    ResponderExcluir
  2. Raios de sol em feixes vazando o telhado inundando uma alma faminta de luz e engravidando-a de alegria... Porque não?
    Afinal, é um novo dia: Renovar!

    ResponderExcluir