Maiadô
chão pisado
e mijado
cheiro de boi
No alto da serrota
capim nativo
madrugada
Não tinha mais boi ali
serração
relva serenada
ar frio nos pulmões
Vida- viver
Maiadô
vista turva
neblina
fumaça pela narina
Cheiro de flor madrugadeira
mujido longinquo
sede ao longe
Casa grande
cantar do galo
cheiro de café fresco
fumaça na chaminé
Vida -viver
Viver bão é simples
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
sábado, 15 de dezembro de 2012
Compromisso
Minha amiga,
não quero de ti
mais do que um olhar,
um olhar que me diga
e me comprometa.
Minha amiga,
não quero de ti
mais do que um olhar,
apenas um olhar,
e um compromisso
de vida inteira..
Apenas isso!
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Feliz desaniversário, papai...
Quantos anos faria hoje o meu pai? Não importa, a eternidade é imensurável! Assim como essa saudade!
Feliz desaniversário,nosso muito amado!
***
sábado, 8 de dezembro de 2012
Registrando Historinhas (I)
Foi em 1968. Eu tinha dezoito e ela treze.
Não falando de antes (Imaginem eu falar de uma menininha de nove anos por quem um cara de quatorze se apaixonou?!). Pois então, na época, eu morava na MAGACITA, uma república meio que no subúrbio de BH, no Calafate e ela em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, chique demais.
Esta baixinha foi visitar a vovó em BH e eu fui, a pé, desde o Calafate até a Rua Rio Janeiro, quase divisa com a Contorno, a encontrar.
Foi numa quinta-feira.
No sábado eu estava no Mineirão prestando vestibular.
Ela já havia voltado para o Rio.
Chapelão na cabeça, barbudo e nervoso, segurava um “anel” que havia roubado dela... E então saiu dos alto-falantes do estádio: “Sugar-Sugar” (The Archies). Arrepiou corpo e alma inteira..
“Sugar!”... Meu doce, meu amor, desde ontem , até hoje e para sempre.... Amo você!
Segue o link:
http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=0MiQzAo6Cp8http://www.youtube.com/watch?gl=BR&hl=pt&v=0MiQzAo6Cp8
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Fantasias
Divertia-se catando sonhos
no atalho por onde seguia.
“Eita, mas que diacho!
Sonhos são sempre sonhos
e não se espalham por caminhos!”
Ralhou deus, seu paizinho.
Fez que não ouviu.
E abaixando-se,
catou um cascalho de fantasia.
“Tamanha idiotice:
Coração cheio e barriga vazia!”.
Divertiu-se,
até se riu...
Não estou nem aí!
No meu bolso direito
tenho sonhos.
No esquerdo, fantasias
e no peito paixão.
Dispute, razão!
***
Escuridão
Feito nada
– nem merda era –desceu estrada,
rolou ladeira abaixo,
como enxurrada...
Espumou na calçada,
clamou por deus,
por mais uma pedra...
Já era!
Foram-se os seus.
Adeus!
(Foto capturada na internet sem designação de crédito)
***
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Mensalistas
já fui comunista,
já estive na lista,
como outros companheiros mais,
tinha lá meus ideais.Nunca pensei,
ou antes não pensava meu coração,
que idealistas da revolução
sucumbiriam ao "mensalão".
***
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Atormentando.
Me atormenta,
não estar atormentado.
É vida que segue,
está tudo errado,
não há quem negue,
e é vida que segue,
e ninguém ai,
e eu nem ai!
Me atormenta,
não estar atormentado.
Rolam crianças esgoto abaixo,
é um esculacho,
acendem velas por mortos, acendem,
pelos deuses que ascendem,
acendem,
e ninguém nem aí,
e eu nem aí.
Me atormenta,
Não estar atormentado.
A doideira dos viciados no crack
eu driblo vendo meu craque
fazendo gol, ele arrasa,
e a Gol que sempre atrasa,
não atrasou
e eu perdi meu vôo,
enquanto ele voou,
pra sempre voou.
Me atormenta,
não estar atormentado.
"Tá lá o corpo estendido no chão..."!
e gente tomando pinga com limão,
quem cuida dessa jossa foi designado
pelo amigo canalha
do canalha deputado,
eleito por uma marmita,
um tijolo, uma telha, uma dentadura,
vida dura,
e uma colorida fita
do sr. do bom fim,
triste fim.
E ningúem nem ai
e eu nem ai.
Criar cobra para o picar?
Educar? Ah, educar...
nunca não,
pro povo, circo e pão,
demagogia em abundância,
luz do sol,
um presente, um estádio de futebol,
com dinheiro de quem o elegeu,
basta, meu deus,
uma mentira aqui, outra alí,
empatia, graça, circo e pão...
E ninguém nem aí
e eu nem ai.
Me atormenta,
ah, como atormenta!
Eu não estar
atormentando!
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Quigentésimo
500º
Não sei se vocês repararam, mas o post - DELÍRIOS - foi o quizentésimo POST PUBLICADO no nosso Blog "OS FERREIRA"!!!
Merece comemoração?
***
terça-feira, 27 de novembro de 2012
Delírios
Se deliro,
sou um livro
que não diz a que veio,
vísceras expostas
ao desinteresse alheio.
Entrementes,
o delirar é escasso
e assim, no habitual,
eu bem passo
como um ser normal.
***
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Viola
Viola
minha viola
é pra ti
esta canção
minha solidão
meu abandono
com carinho
entrego em suas mãos
Viola
minha viola
eu canto
com emoção
é com o coração
que canto
e a ti dedico
esta canção
Toda tarde
faz saudade
meu dedilhado
no cordão
Tua madeira de lei
revive
nos meus braços
soluçando de paixão
minha viola
é pra ti
esta canção
minha solidão
meu abandono
com carinho
entrego em suas mãos
Viola
minha viola
eu canto
com emoção
é com o coração
que canto
e a ti dedico
esta canção
Toda tarde
faz saudade
meu dedilhado
no cordão
Tua madeira de lei
revive
nos meus braços
soluçando de paixão
sábado, 24 de novembro de 2012
Inevitável
Na fogueira,
a pele arde.
Definitivamente arde!
Certas coisas são,
meu amor,
absolutamente inevitáveis:
Olhar para ti,
e desejar-te ...
a pele arde.
Definitivamente arde!
Certas coisas são,
meu amor,
absolutamente inevitáveis:
Olhar para ti,
e desejar-te ...
Andando por aí
cacos e telhas,
corregos e bicas,
trilhos e atalhos,espigões e estradas,
assim se constroi um olhar.
Não queira da vida
o que você
não ensinou a vida viver.
Rios apenas correm para o mar.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
SERENADE
Imperativo: Ouçam.
Serenata de Schubert.
(Só Rose, meus filhos e minhas netas!)
O CD de David Garrett é uma boa oportunidade, é bom, é ótimo, faz bem para a alma e separa "o bom, do demais", a música, do lixo que temos ouvido.
Ouçam.
Basta ouvir para ter a certeza de que o ser humano é belo e por si só se justifica.
http://www.youtube.com/watch?v=Zq-DnZpSajU
***
Evangélico
Muito obrigado,
meu deus, meu senhor,
por essa solidão.
Muito obrigado,
meu deus, meu senhor,
só agora, só, muito só,
sei o valor de um beijo.
Na minha testa
muito obrigado, senhor
na minha face
muito obrigado, senhor
nos meus lábios.
Muito obrigado, senhor...
***
sábado, 17 de novembro de 2012
Quadras da vida
Enquanto, nos verdejantes pastos,
saltitam brancos e líricos coelhos,
eu, debil e fraco, dobro meus joelhos,
não cabem neste mundo, os castos.
Saibam, viver é um desastre.
de um lado, poesia e arte,
- santa inocência! -
do outro, força e sobrevivência.
***
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Velho
Velho é lírico...
Lirico
Como criança... Inocemte.
Indecifrável como um adolescente,
inseguro como quando da primeira vez,
ah, que idiotice a figuração de altivez!
Velho é lírico.
Velho não tem medo de morrer,
velho tem medo de não viver.
***
Eu vim aqui para morrer.
Sim, eu vim aqui para morrer.
morrer, não porque morre
tudo o que é vivo,
ao seu tempo...
Morrer, não porque morre,
o que de morrer
é chegada a hora.
Eu apenas vim aqui
para morrer
não por que viver não quero mais,
mas me ofereço neste altar
em sacrifício,
por que desisti de meus ideais.
Desisti...
Era vício de criança...
Ofereço os anseios que tive
de concertar o mundo,
de promover a ética,
a fraternidade,
a amizade,
a flor
e o amor.
Ofereço.
sequer minha amizade,
sequer minha resignação...
Mas o meu fracasso
e meu abraço.
Na verdade, não vim aqui
para morrer,
mas para ser sepultado.
Versinhos tolos (e tristes)
Versinhos tolos
como tola é minha alma.
Cheiro de café forte coado
cheiro do vapor de hortelã
escapando do bico da chaleira
escapando do bico da chaleira
o fumo nas ventas da vacada
beirando o curral
os bezerros amainados
na grama orvalhada
na grama orvalhada
os passos largos das botas de borracha
no corredor longo de tábuas corridas
a pressa matutina
na determinação de tudo fazer.
Versinhos tolos
como tola é minha alma.
Chinelos de pano
o abrir das janelas
para o perfume das laranjeiras
para o perfume das laranjeiras
o destravar as tramelas
uma ordem ou outra
o sorriso do despertar a casa
a felicidade cantoralada numa cantiga
de mulher bem amada
e segura de seu melhor viver.
Versinhos tolos (e tristes)
como tola é minha alma
e a saudade que, tola, abriga.
***
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Buteco
Inquant'eu bebia d'uma cachaça,
oia procê vê, qui engraçado num foi,
muié casada n'imin achou graça
e garrou maginá fazer dum homi, um boi.
Nem bunita era a guria danada,
mais desavergonhada n'imim se esfregou,
cumu minhoca brava disenterrada,
fizesse eu nada, diziam os outros: Frouxou!
E eu qui de frouxo não aceito a pecha,
sem respeito, acheguei di'cum força a ripa,
e nu qui achei na madeira uma brecha,
arrastei a prenda pra di traiz duma pipa.
Homis alguns há qui inté qui aceita uma gaia,
si a vida si ajusta nas iscundidas
i'si suas isporas, as tiricas num atrapaia,
mais si catuca a honra cumprica, ah cumprica...
Prenda desavergonhada qui era por demais,
ajustou di contar vantagi pra tudos ouvir
e sobrou pra mim aqui, qui nem num lembrava mais
das quantidades das pingas batizadas qui bebi.
Caboquinho, marido dela, mirradim, miudim,
mais cum sangue nus oios e faca na mão,
desatou: "Rasgo seu bucho, corto seus baguins,
como seu figo, seu rin e seu coração!".
No'sinhora dus homis machus e forgados,
viu qui n'mim o sangue num si encoieu,
nu que botou fogo nus meus óios azulados,
veneno botou nessas palavras dus beiçus meus:
"Prestenção homi! Digo agora, ôio nu ôio,
pra nun'dizer nu mei di tudo mundo dispois,
milhor, muinto milhor, cumer um filé a dois,
du qui ruer sozin, sozin, ocê sozin, dois osso!".
Aí tudo si arresorveu...
oia procê vê, qui engraçado num foi,
muié casada n'imin achou graça
e garrou maginá fazer dum homi, um boi.
Nem bunita era a guria danada,
mais desavergonhada n'imim se esfregou,
cumu minhoca brava disenterrada,
fizesse eu nada, diziam os outros: Frouxou!
E eu qui de frouxo não aceito a pecha,
sem respeito, acheguei di'cum força a ripa,
e nu qui achei na madeira uma brecha,
arrastei a prenda pra di traiz duma pipa.
Homis alguns há qui inté qui aceita uma gaia,
si a vida si ajusta nas iscundidas
i'si suas isporas, as tiricas num atrapaia,
mais si catuca a honra cumprica, ah cumprica...
Prenda desavergonhada qui era por demais,
ajustou di contar vantagi pra tudos ouvir
e sobrou pra mim aqui, qui nem num lembrava mais
das quantidades das pingas batizadas qui bebi.
Caboquinho, marido dela, mirradim, miudim,
mais cum sangue nus oios e faca na mão,
desatou: "Rasgo seu bucho, corto seus baguins,
como seu figo, seu rin e seu coração!".
No'sinhora dus homis machus e forgados,
viu qui n'mim o sangue num si encoieu,
nu que botou fogo nus meus óios azulados,
veneno botou nessas palavras dus beiçus meus:
"Prestenção homi! Digo agora, ôio nu ôio,
pra nun'dizer nu mei di tudo mundo dispois,
milhor, muinto milhor, cumer um filé a dois,
du qui ruer sozin, sozin, ocê sozin, dois osso!".
Aí tudo si arresorveu...
***
sábado, 10 de novembro de 2012
Eneas Maçarico
Eneas Maçarico foi, como quase todos que se meteram no Mato Grosso adentro, naquelas datas, uma besta. De letras conhecia quase nada, menos ainda de tabuada, mas era ladino como uma cabrita no cio e forte, forte demais na trapaça. Na espreita, sempre na espreita, se fez.
Bem apessoado, comeu a filha do vendeiro e do encarregado, a mulher do gato e a empregada do deputado, até o dia que resolveu buscar a família e assentar praça. Trouxe mulher, filho e filha, uns caiporas magrelos e loirinhos vindos lá do Paraná.
Armaram um rancho na beira do Rio, em terras boas onde o suor que caía regava e, no que regava, tudo brotava. E plantaram soja, milho e girassol. Foi feito o que havia a ser feito. Eneas era trabalhador. Bronco, mas trabalhador. Mas Eneas, preste atenção, Eneas, não se contentava com pouco. Uma mulher só, uma filha só, um filho só e um boizinho só... Não o Eneas.
Sovaco fedendo, Eneas apeou do cavalo e expulsou ribeirinhos e ribeirões até que um dia uma bala lhe disse não.
Deu azar.
Hoje Maçaraquinho está montado e renega o pai.
Cipó
Quem precisa de cipó,
é macaco,
quem cai no chão
tropeçou no saco,
quem errou,
se fez em cacos...
A vida constroi,
a vida destroi,
porque não existe voce,
porra, nem eu,
e quer saber,
nem deus.
é macaco,
quem cai no chão
tropeçou no saco,
quem errou,
se fez em cacos...
A vida constroi,
a vida destroi,
porque não existe voce,
porra, nem eu,
e quer saber,
nem deus.
Amor meu...
Amor,
amor meu,
pense em mim,
sempre em mim.
Amor,
amor meu,
sou só seu,
sempre seu.
Amor,
amor meu,
estou e estarei
sempre ao lado seu.
Amor,
amor meu,
saudades de você.
Amor,
amor meu,
preciso de você.
Amor,
amor meu,
eu amo você.
Nada mais sei dizer...
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Isadora - Novas Fotos
Ferreirada,
seguem 03 novas fotos da Isa.
Na primeira o papai coruja está ensinando uma das coisas boas da vida, "Rapar tacho". Nesse caso a rapa era de Cural de Milho. Um dos 2 doces preferidos da Isa. O outro doce é rapadura rsrsrs
Na segunda foto ela se prepara para sair para "Escolinha"
Na terceira a Isa tentou despitar os Paparazzi se vestindo de bruxa, mas umA paparazzi esperta pegou a estrela entrando no carro do papai rumo a festa das bruxas.
Beijos,
Dado
seguem 03 novas fotos da Isa.
Na primeira o papai coruja está ensinando uma das coisas boas da vida, "Rapar tacho". Nesse caso a rapa era de Cural de Milho. Um dos 2 doces preferidos da Isa. O outro doce é rapadura rsrsrs
Na segunda foto ela se prepara para sair para "Escolinha"
Na terceira a Isa tentou despitar os Paparazzi se vestindo de bruxa, mas umA paparazzi esperta pegou a estrela entrando no carro do papai rumo a festa das bruxas.
Beijos,
Dado
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Nova Foto
Como vocês viram, esta é a foto que abre agora o Blog.
Trata-se do curral na sede que foi de nossos pais e foi obtida pelo Guilherme Ferreira Viana.
Linda foto!
***
domingo, 28 de outubro de 2012
As misturas...
***
As "misturas" - Cordeiros, pintados, picanhas e jacarés... - eu levo.
O resto é com o Dado.
***
As "misturas" - Cordeiros, pintados, picanhas e jacarés... - eu levo.
O resto é com o Dado.
***
Pintado ao molho
•6 postas (grandes) inteiras de pintado
•2 tomates médios cortados em rodelas
•1 cebola média cortada em rodelas
•1 pimentão verde cortado em rodelas
•1 caixinha de molho de tomate de sua preferência
•3 colheres de óleo
•1 colher de colorau
•3 dentes de alho
•1 limão
•Pimenta de cheiro (ou se preferir em molho)
•Sal a gosto
•Cheiro verde a vontade (coentro e cebolinha)
Modo de Preparo
1.Tempere o peixe com o sal, a pimenta de cheiro, o alho amassado e limão
2.Deixe curtir o tempero por 1 hora
3.Coloque a panela (se possível de alumínio batido) no fogo, acrescente o óleo quando a panela estiver quente, depois coloque o peixe deixe fritar um pouco de cada lado, mas não muito pois o mesmo se desmancha fácil
4.Acrescente o molho de tomate e cubra com água, agora não mexa mais no peixe
5.Quando estiver quase no ponto coloque a camada de tomate, cebola e o pimentão, se tiver seco acrescente mais um pouco de água até cobrir novamente
6.Deixe cozinhar por mais uns 10 a 15 minutos, desligue e acrescente o cheiro verde e tampe a panela
7.Muitas pessoas não gostam muito do coentro (Eu, eu,eu,eu!!!! Percevejo frito!!!), mas um dos segredos é o coentro que combina muito bem com peixes (peixe combina com peixe e arroz! - Digo Eu.)
Paleta de Cordeiro ao Forno
2 paletas de cordeiro de 1,5 k cada
15g de alecrim
10g de tomilho
5 dentes de alho picados fino
80g de sal grosso
750ml de vinho branco secopimenta-do-reino moída na hora
200ml de caldo de legumes (feito em casa)
Salsinha picada
Ramos de alecrim
Preparo:
Numa assadeira coloque as paletas, as ervas, o alho picado, o sal grosso, a pimenta e o vinho branco. Distribua os temperos de maneira uniforme. Marinada por tres a quatro horas. Tampe e leve ao forno quente (220°) por 20 minutos. Retire, cubra as paletas com água e volte ao forno por mais uma hora e meia ou até que a carne fique macia (vire de vez em quando para que cozinhe por igual). Quando estiver macia, retire do caldo de cozimento, coloque em outra assadeira, regue o caldo de legumes e pincele com o glace que se formou no primeiro cozimento. Retorne ao forno quente e deixe até dourar bem.
Sirva com uma farofa de banana , ou de castanhas, e estufem o buxo!
Receita pro fim de semana no Rio!
(Picanha da Ana Cláudia)
- Picanha (fraldinha, ponta de peito...)
- Sopa de cebola (kitano, diz ela.)
- Molho de tomate pronto tradiconal (tarantella, arisco... Diz ela)
- Cerveja escura (caracu, diz ela).
Neste molho, por uma a duas horas.
Forno por 40 minutos... (a Neuza disse que foi muito mais).
Acompanha: Palmito, arroz branco (ou macarrão gravatinha, ao alho e óleo).
- Por minha conta: Recomendo um Chianti ou um Brunelo de Monte Alcino (Toscana).
Bon appetit... Bene mangiare...
- Picanha (fraldinha, ponta de peito...)
- Sopa de cebola (kitano, diz ela.)
- Molho de tomate pronto tradiconal (tarantella, arisco... Diz ela)
- Cerveja escura (caracu, diz ela).
Neste molho, por uma a duas horas.
Forno por 40 minutos... (a Neuza disse que foi muito mais).
Acompanha: Palmito, arroz branco (ou macarrão gravatinha, ao alho e óleo).
- Por minha conta: Recomendo um Chianti ou um Brunelo de Monte Alcino (Toscana).
Bon appetit... Bene mangiare...
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Felizes são os rios.
Os rios seguem,
sempre seguem,
por que sabem
seu destino é ser mar.
Impertubáveis.
Assim é.
Sabedoria de rios.
Filetes d'água, corichos,
córregos, riachos e rios
todos sabem:
Seu destino é ser mar.
Pertubem-os a natureza,
trovões, raios e vetanias,
engrossem os seus leitos,
represem seus cursos...
Todos sabem:
Serão mar...
Serão mar!
No que me toca, tudo que sei,
é que hei de morrer,
morrerei e não serei mar.
Felizes são os rios.
Saudades
Não é a distância
que determina a saudade,
tão pouco a paixão,
tão pouco a idade.
Não é a ausência
que determina a saudade,
sequer a solidão,
sequer a maldade.
Bobagem...
Não é.
Não a saudade que eu sinto.
Essa não é física,
tão pouco é espirito,
é saudade do que vivi,
do que existi,
e não mais vivo
e não mais existo.
***
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Primo - Guilherme Ferreira Viana
Dia destes, para minha surpresa e alegria, recebi este e-mail:
"Prezado Marcos,
tudo bem? Meu nome é Guilherme Ferreira Viana e descobri o blog "Os Ferreira" ( http://maferreira-osferreira.blogspot.com.br/) na internet. Sou neto do Waldemar Ferreira de Carvalho e Francisca Ferreira de Carvalho e filho da Neusa Ferreira Viana e Antônio Carlos Viana.
Li alguns dos seus depoimentos e também sou um apaixonado por aquela terra. Também vivi aquelas histórias onde deixávamos os cavalos amarrados no bambuzal esperando parentes pra irem para a casa da vó Chiquinha....
Tenho o privilégio de ir sempre até uma das sedes que compunham a Fazenda dos Coelhos, já que meus pais compraram a antiga sede do Vô Waldemar, onde morava o Darci. Cheguei de lá ontem, onde eu e meus filhos passamos o feriado.
Parabéns pelo blog e vamos trocando ideias. Sou jornalista e fotógrafo e se precisar de alguma ajuda estou por aí....
Moro em Sete Lagoas, próximo de BH.
Grande abraço,
Guilherme"
Obviamente, procurei fazer contato e trocamos e-mails, através dos quais recebi belas fotos, a quais podem ser encontradas neste Blog no endereço abaixo:
https://picasaweb.google.com/106671112514763344300/FotosGuilherme
Ou, se preferirem, sigam o caminho tradicional, clicando no link "Ferreirada por aí (Fotos)". Lá encontrarão o album "Guilherme - Fotos", é só abrir, apreciar e morrer de saudades.
Obrigado Guilherme.
Estamos contando com você no Blog.
sábado, 20 de outubro de 2012
Papai
Tenho saudades dele
tomando café
meio cozinheiro
foi preciso ser
Tenho saudades dele
olhando o tempo
meio meteorologista
foi necessário ser
Lembro dele
duro encrespado
lição ao filho
foi imperioso dar
Lembro dele
brincalhão- solidário
força ao filho
o amor exigiu
tomando café
meio cozinheiro
foi preciso ser
Tenho saudades dele
olhando o tempo
meio meteorologista
foi necessário ser
Lembro dele
duro encrespado
lição ao filho
foi imperioso dar
Lembro dele
brincalhão- solidário
força ao filho
o amor exigiu
Se tudo é triste
se o mal existe
por que você resiste
Deixe te levar
nas ondas do mar
onde tem bonito luar
Se tudo é dor
se não sabes sua cor
por que não se expor
Deixe que te sugue
Acalme teu peito
esqueça seus defeitos
eles já não tem jeito
Se tudo é marasmo
se esta calma
te causa nojo
Solte se no espaço
voe como um pássaro
deixe sua alma planar
se o mal existe
por que você resiste
Deixe te levar
nas ondas do mar
onde tem bonito luar
Se tudo é dor
se não sabes sua cor
por que não se expor
Deixe que te sugue
Acalme teu peito
esqueça seus defeitos
eles já não tem jeito
Se tudo é marasmo
se esta calma
te causa nojo
Solte se no espaço
voe como um pássaro
deixe sua alma planar
terça-feira, 16 de outubro de 2012
MANINJA
O termo "MANINJA" foi cunhado sem querer, quando trocava SMS,s com o Dado, que se encontrava na casa da Naira, em Maringá.
Lá pelas tantas eu escrevi: "Beijos para a Maninja"!
Na verdade, eu queria escrever Maninha... Mas vejam vocês, MANINHA + NINJA = MANINJA!
É ou não é a cara de nossa irmã?
Maninja!
Que seja então: Maninja...
***
sábado, 13 de outubro de 2012
Vinicius de Moraes
(Foto obtida na internet)
Como dizia o poeta
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
***
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
Amigo seu
Aí foi isto que eu entendi
Não é o amigo
Amigo para min é diferente
Não é o ajuste
de um dar serviço ao outro
e sair por este mundo
barganhando ajudas
ainda que fazendo
injustiças aos demais.
Amigo prá min
é a pessoa
com quem a gente
gosta de conversar.
Do igual ao igual
desarmado
Amigo que a gente seja
mais sem precisar saber
o por que é que é.
Piratini e Lupercínio Rodrigues
Aí foi isto que eu entendi
Não é o amigo
Amigo para min é diferente
Não é o ajuste
de um dar serviço ao outro
e sair por este mundo
barganhando ajudas
ainda que fazendo
injustiças aos demais.
Amigo prá min
é a pessoa
com quem a gente
gosta de conversar.
Do igual ao igual
desarmado
Amigo que a gente seja
mais sem precisar saber
o por que é que é.
Piratini e Lupercínio Rodrigues
Desengrosso - II
Ao meio dia,
sol a pino,
a morte me cortejou...
Hesitei.
Havia ainda muros e heras,
- letras e mapas a decifrar -
amores, versos, quimeras,
desejos e desvarios,
prazeres e não-fazer
vários,
por acontecer.
Ao meio dia,
sol a pino,
ela, faceira e fácil,
piscou para mim...
Hesitei.
Havia ainda estórias a contar,
versos a escrever,
beijos a dar,
e, pelo menos, um amanhecer
e um anoitecer
para sofrer.
Ao meio dia,
ela disse: "viver é perigoso demais!"
Hesitei.
Há tanto a ser feito!
riscos a correr,
desvendar segredos,
perder medos,
curar defeitos,
purgar o peito,
chorar direito
e pedir perdão...
Tanto por fazer!
Ao meio dia,
a manhã,
a saudade,
ficou tarde...
Aceitei.
***
sábado, 29 de setembro de 2012
Janis Joplin enjoou de mim...
Janis Joplin enjoou de mim,
enjoou sim,
deduzi assim,
desde aquele e-mail seu...
Janis Joplin enjoou de mim.
enjoou sim,
e ela me disse assim:
“Move your ass,
Yes!
Depressão, tá na cara,
cara,
tem cura,
se cuida!
Não,
não canto mais,
não mais para você.
Se segura,
dexei de ais,
It's Summer Times...”
Janis Joplin enjoou de mim.
Eu creio que sim,
eu sei que sim...
Mas não eu dela...
tô entre o carpete e o taco,
tô entre a garrafa e o caco,
tô entre a pinga e a longneck,
tô entre a trança e o topete...
Summer times...
Loneliness times...
Loneliness times...
***
Desengrosso
Ao meio dia,
sol a pino,
a morte me engoliu,
ao por do sol,
desculpou-se
e me cuspiu.
Você sabe:
"Viver é muito perigoso"...
Desculpar-se é muito mais.
A morte se ferrou!
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
A onça é líquida!
(Navegando nas águas do Tarlei)
Aturdido e bêbado,
ou aturdido enquanto bêbado,
a cabeça estreita,
a onça me espreita,
e a onça é feia e líquida.
A onça é feia e líquida.
O que está feito,
está feito,
mas eventualmente, ou não,
se modifica.
Ou não?
Queria pedir desculpa,
por tantas coisas, desculpa,
mas questiono o que é culpa.
Por conta da onça que me chupa?
Tenho culpa?
Peço desculpa...
Mas que linda lua!
Não tem jeito...
Assim é meu peito.
Que lindo amar você!
Que lindo ser amado por vocë!
A onça ronrona...
(Em que pese todos meus defeitos.)
Aturdido e bêbado,
ou aturdido enquanto bêbado,
a cabeça estreita,
a onça me espreita,
e a onça é feia e líquida.
A onça é feia e líquida.
O que está feito,
está feito,
mas eventualmente, ou não,
se modifica.
Ou não?
Queria pedir desculpa,
por tantas coisas, desculpa,
mas questiono o que é culpa.
Por conta da onça que me chupa?
Tenho culpa?
Peço desculpa...
Mas que linda lua!
Não tem jeito...
Assim é meu peito.
Que lindo amar você!
Que lindo ser amado por vocë!
A onça ronrona...
(Em que pese todos meus defeitos.)
Severo e Suave - Educação com dois "S"
(Ousando Interpretar Milton Ferreira)
Educação com dois “S”:
Severo e Suave,
assim ensinava, meu pai,
como educar os filhos.
Severo e suave.
Há que se ter muita firmeza
ao orientar os pequeninos,
para que se firme a certeza
de como se constrói o destino.
Pulso firme, por princípio,
na fundamentação dos valores:
Amor, ética, respeito e brio.
Na dúvida, não duvide, são os balizadores.
Sofras, mas não cedas, não esmoreças,
exemplo, mais que palavras,
incute coisas, boas ou más, na cabeça.
Sejas forte, muito forte, enquanto lavras.
Severo e suave.
Ser firme, ser duro, não é ser rude.
Que cinto permaneça na cintura,
que o olhar transborde ternura,
que prevaleçam os ideais da juventude.
Cultives, cultives sim, a amizade,
mas não te esqueças nunca que és pai.
Amigo eles fazem em todas as esquinas
mas pai, meu amigo, pai é pai!
Respeites se queres ser respeitado.
Não te imponhas nunca provocando medo,
mas antes, pela compreensão.
Simples assim... Estes são os segredos.
Severo e suave...
Já disse Tche,
Veja você!
“Hay que endurecerse, pero sin per la ternura jamás!
Severo e suave.
Severo e suave.
Saiu assim, após meia dúzia de cervejas. Fiquem a vontade para modificar...
Muita pretensão minha!
***
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Manoel de Barros
A maior
riqueza do homem
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.
é a sua incompletude.
Nesse ponto sou abastado.
Palavras que me aceitam como
sou - eu não aceito.
Não aguento ser apenas um
sujeito que abre
portas, que puxa válvulas,
que olha o relógio, que
compra pão às 6 horas da tarde,
que vai lá fora,
que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai
Mas eu preciso ser Outros.
Eu penso renovar o homem
usando borboletas.
***
domingo, 23 de setembro de 2012
Vereda
Buriti estralador
tua cantiga
me causa dor
Teu dueto
assanhado
com o curió do brejo
no meu peito
faz clarão
resplandecendo minha alma
me arrastando de forma abrupta
para a beira destas veredas
que outrora vaguei
escutando este murmúrio doce
destas minas vertentes límpidas
Rastros fundos de boiada
a caminho do bebedouro
este capim espetado
a muito já deixei de lado
a vontade de deitar ali
ouvindo somente o gemido da vereda
|Quem sabe,neste solo preto
humus bendito
eu possa renascer
voltar a crer
voltar a viver
tua cantiga
me causa dor
Teu dueto
assanhado
com o curió do brejo
no meu peito
faz clarão
resplandecendo minha alma
me arrastando de forma abrupta
para a beira destas veredas
que outrora vaguei
escutando este murmúrio doce
destas minas vertentes límpidas
Rastros fundos de boiada
a caminho do bebedouro
este capim espetado
a muito já deixei de lado
a vontade de deitar ali
ouvindo somente o gemido da vereda
|Quem sabe,neste solo preto
humus bendito
eu possa renascer
voltar a crer
voltar a viver
Apenas um sonho
Sonhei um sonho estranho
que a morte
é uma sombra
uma sombra
que assombra
sempre está contigo
te acompanhando.
Cuidado com o meio dia
pois quando a sombra
coincidir com seu ser terreno
ela te leva.
O sol a pino
a sombra coincidente
é a morte é a passagem.
É a chave para outra dimensão
que a morte
é uma sombra
uma sombra
que assombra
sempre está contigo
te acompanhando.
Cuidado com o meio dia
pois quando a sombra
coincidir com seu ser terreno
ela te leva.
O sol a pino
a sombra coincidente
é a morte é a passagem.
É a chave para outra dimensão
sábado, 22 de setembro de 2012
Formas Góticas
Caminhavas,
por desconhecida e deserta rua
de odores porém reconhecíveis,
como reconhecíveis eram
as formas góticas
projetadas pela luz da lua.
A alma desgarrada
chafurda nas suas pedras
de lembranças alagadas.
Supunhas encontrar-te na esquina,
onde sob mortiça lamparina
enovelar-se-iam alma outra e a tua,
não foi porém, infeliz,
o que planejou a lua.
E o que vês,
ainda que morta,
são formas tortas,
distorções, quimeras,
do que nãofostes, do que não eras
e tão pouco do que serás um dia.
terça-feira, 18 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
Jesus me enviou um abraço...
Jesus
me enviou um abraço
e disse: God save you.
Repliquei: Passo.
Bem ou mal,
o normal
é ser mau.
Jesus disse
Fuck you!
Eu disse:
ok, meu bem,
foda-se você também.
Seguimos.
Ele lá
eu aqui.
Melhor assim,
melhor para ele,
melhor para mim.
me enviou um abraço
e disse: God save you.
Repliquei: Passo.
Bem ou mal,
o normal
é ser mau.
Jesus disse
Fuck you!
Eu disse:
ok, meu bem,
foda-se você também.
Seguimos.
Ele lá
eu aqui.
Melhor assim,
melhor para ele,
melhor para mim.
Acampamento
A história parece perseguir o Tito... Vejam só o que chegou até ele!
Eu não tenho uma foto desta.
Muito legal!
(E melhor, sempre fui bonito...)
Em pé, da direita para esquerda: Tarley (tio), Galvão, Zé Geraldo (souza), Tomaz, Eu, ---,---.
Agachados, da direita para esquerda: Cirinho, Fausto, ---, ---, ----.
Depois eu conto causos deste acampamento.
***
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