Nas férias estávamos lá. Na lida. Amarrando vacas e bezerros, ajudando Zé Tunico, Passarinho e Dorgino a ordenhar. Papai no controle. Ordenhando e enchendo os copos da criançada mais folgada.
E tinha a donzela. Uma vaca mestiça de zebu, preta, da barbela moura e brava como o coisa ruim.
Aconteceu de a donzela parir numa férias de julho, logo acima do curral. Pensa numa vaca recém parida brava, muito brava. Pois é, donzela era mais. E fomos, eu e papai, tocar vaca e cria para o rancho. Enquanto papai abria a porteira, fui eu, munido com uma vara de bambu, tocar a vaquinha para o cercado. No que futuquei, o bezerrinho fez:
- Beeee!!!
E a belezinha partiu para cima de mim. Fiz o que urgia ser ser feito, vazei! Corri e deslizei por baixo da cerca de arame farpado, enquanto ouvia meu pai gritar:
- Ôh, seu merda! Num dá conta não?
Meu sangue ferveu. Mais rápido que rastejei fugindo, rastejei de volta, e rachei o bambu no cocuruto da merdinha, enquanto ouvia papai gritar:
- Ôh, seu merda, foge daí. Essa vaca te mata...
***
Boa história!Confesso...dei boas risadas...acho que saudade é mesmo uma coisa assim de rir e de chorar! É o sal da idade,não Tarlei?
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