domingo, 10 de junho de 2012


Estranhos Inalteráveis

No cárcere de mim
estou livre de tudo;
na caça sem fim
é de mim que me nutro.

Pois em tudo há o limite de si,
que quando transposto já é outro.
E só se existe quando o é aqui,
que lá se avulta o ignoto.

Assim, tudo e todos
são estranhos inalteráveis
e acima dos engodos,
dos hipócritas conciliáveis,
reina o vazio absorto,
natimorto de tumbas insondáveis,
a fantasia no claustro do corpo,
e todas as pulsões abomináveis.

Lucas

2 comentários:

  1. Nâo é que a mamãe seja coruja ao publicar os versos dos filhotes, é que ele são mesmo muito inspirados...
    Belíssimos versos Lucas!

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  2. Não nego a coruja mãe,mas existe ainda a professora que separa o joio do trigo!

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