quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Quatro Poeminhas



MENINO RUIM

Vive dentro de mim
O menino descalço, franzino,
Das margens do Rio Capivarí...
E como incomoda esse menino!

Xô menino ruim!


ALUCINAÇÕES

Jorra o sangue desde uma incisão na aorta.
A lua é sanguinolenta e torta
Porém não ainda morta
Meu último sonho sai batendo a porta
De eu para mim digo: que me importa!


SOLUÇO



Não me apavora a morte,
Mas a dor.
Tão pouco a paixão,
Mas o amor.


LONGEVO



Quando eu tiver que ir, sem susto irei...
Porém não sem antes adoçar minha boca
Na pureza de uma outra infância.


***

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

MRL - Movimento Reveillion em Lavras

Depois de um extenso Post sobre a volta da Pampulha, vou ser mais objetivo e direto nesse. O que vocês acham de passarmos o Revellion 2010 juntos em Lavras? Já troquei umas idéias com Milton, Naira, Marco e Nelson sobre esse assunto. O Tarlei já escreveu um post reclamando de saudades e o Thiago enviou um e-mail do Thiago informando que passará o fim de ano em Lavras e pior, disse que vai acompanhado.

Sugiro que a passagem de ano seja feita na nossa casa, pois com a chuva que tem caído por essas bandas de cá acho que no sítio pode complicar.

Posso até organizar, claro que terá que ser mais simples do que fizemos no natal do ano passado. Pensei numa ceia simples com pernil assado pela Naira, arroz feito por quem quiser e souber fazer, uma farofa, um salpicão e sei lá mais o que. Pensei numas entradas para tira gosto sem muita invenção.

O importante é conseguirmos nos reunir nesse final de ano. Acho que seria importante esse encontro, pois sempre fizemos assim. Tenho certeza que nossos pais ficariam felizes se nos encontrássemos na casa deles.

Beijo a todos.
Dado

Ah Ah Uh Uh a Pampulha é nossa!!!!

Olá Ferreira do meu Brasil varonil , como todos sabem desde abril desse ano tenho corrido pelas ruas de BH. Em maio contratei uma assessoria esportiva para montar minhas planilhas de treinamentos.

Eu que achava que correr era muito simples aprendi coisas importantíssimas para um bom desempenho nas ruas. Aprendi por exemplo que corrida e 70% pernas e 30% braços, que alternar o ritmo da corrida é essencial, conheci um treinamento chamado Fartlek que é corrida em subidas e descidas.

Juntamente com o meu treinador, Diego, tracei as metas para 2009, fazer corridas de 10 e 5 km e para no final do ano enfrentar o grande desafio, a Volta Internacional da Pampulha marcada para o dia 06/12/2009. O percurso total é de 18km pela orla da famosa lagoa dos mineiros.

A semana que antecede a corrida era para ser tranqüila com treinamentos leves. Mas como sempre tem um mas, eu e Lu resolvemos mudar de casa semana passada (isso será outro post). Ai a semana não foi nada tranqüila. Não treinei nenhum dia, carreguei peso até não poder mais, e para piorar quebrei a unha do dedão do pé. Enfim, com tantas adversidades temi que o objetivo do ano não fosse cumprido.

Entretanto eu não ia perder a oportunidade de pelo menos tentar conquistar a Pampulha. No domingo acordei cedo com uma chuvarada danada, calcei o tênis para testar se a unha iria doer (não doeu, minha médica particular fez um excelente serviço), coloquei uma correntinha e a aliança de nossa mãe no pescoço e parti decidido para a Lagoa.

Chegando na Pampulha havia uma multidão, 12.500 inscritos, sem contar os pipocas(aqueles que correm sem inscrições). Gente de todo tipo. Um fantasiado de planta, outro de Batman, um de esqueleto, enfim gente para todo tipo de gosto.
Nove horas da manhã fui para a fila da linha de largada. Enfrentei a chuva e a multidão e sai correndo pela rua. Uma hora, 42 minutos e 48 segundos depois cruzei a linha de chegada em 3940º lugar geral e 646º na faixa etária de 35 a 39 anos masculino. Tai a prova

Enfim Ferreirada, vocês podem dizer que a Pampulha é nossa!!!!!!

Para o próximo o ano o objetivo é fazer uma meia-maratona (provavelmente a do Rio) e baixar o tempo na Pampulha quero fazer em menos de 1h30min. Além das pequenas provas de 10 km. Agora as provas de 10 km ficaram pequenas hahahahahaha

Beijo para todos,
Dado

sábado, 5 de dezembro de 2009

Roberta & Fernando

Mais uma brincadeira, esta no estilo Eduardo e Mônica.


ROBERTA & FERNANDO


Berta tem bebido demais e quanto mais bebe, mais fuma e mais despudorada se torna. Quem a conhece sóbria, coisa que tem se tornado cada vez mais rara, não a reconhece quando sob efeito dos vapores etílicos. No popular: Quando chapada! Uma depravada... Se não chega a tanto, passa perto. O vocabulário, um espanto... (Dis)puta palmo a palmo com o de uma bichinha irada no calçadão de Copacabana. De seus lábios frouxos escapam, tropeçando na língua e nos dentes, impropérios capazes de fazer corar a mais ordinária das prostitutas do cais do porto e a compostura de seu traje, após uns tantos tragos, completam o estrago... Mas, todos concordam: Berta é gente boa, e bonita. Bastante bonita embora um tanto cheiinha. Alegre e descolada e por isso mesmo sempre rodeada por amigos, a maioria deles homens.

Fernandinho, ao contrário, é o tipo do rapaz certinho. Desde sempre tão arrumado e comportadinho que, quando menino, as más línguas afirmavam que não escapava de representar uma Colombina num futuro desfile na Sapucaí. Não se fantasiou, mas continuou sendo o arrumadinho da Titia Vera: Os cabelos bem aparados e rigorosamente penteados, os sapatos polidos a espelho, a camisa, impecavelmente passada, abotoada até o colarinho... Enfim, um babaca. Se não chega a tanto, passa perto. E por isso mesmo, um solitário.

Dois seres absolutamente díspares: Menino Jesus e o filhote do capeta, São Francisco de Assis e o devastador de florestas tropicais, Conde Drácula e a cruz... Mas quis o destino que essas figuras se encontrassem.

Estava Fernandinho comportadamente sentado num banquinho junto ao balcão, tendo na sua frente uma média de café com leite, pão torrado com manteiga e o Jornal do Comércio, quando Berta, dirigindo-se com alguma urgência para o banheiro, tropeçou num palito e mais desequilibrada do que de costume, lançou-se ao encontro dele. Por sorte, naquele momento, as mãos de Fernandinho encontravam-se desocupadas, podendo então ele a aparar: As duas mãos espalmadas contra os peitos de Berta. Alguns segundos de surpresa e indecisão, a urgência de banheiro escorrendo pernas a baixo e um súbito bofetão na face esquerda de Fernandinho... Embasbacado, tudo que ele atinou fazer foi esticar o braço e lhe oferecer uma torrada com manteiga.

- Manteiga uma pinóia! Margarina. - Exclamou ela com aquele sotaque de carioca suburbana. E dirigindo-se ao garçom: - Desce uma vodka! - Que veio e foi tomada de um só gole. - - - “Desce outra!”... – Pediu batendo o copo vazio contra o balcão.

Uma fada, uma ninfa, uma criatura divina de um mundo encantado e que delicadeza, que doçura de mulher... Instantaneamente apaixonado, era assim que Fernandinho a via. Hipnotizado, sem desgrudar os olhos da inusitada musa, as palmas das mãos incendiadas pelo calor dos seios de Berta, a viu entornar, em minutos, quatro ou cinco doses de vodka.

- Tais olhando o que, mermão?- Perguntou ela, irritada.

- Ah, vai te fuder. – Berrou, enquanto descia do banco.

Banco alto, centro de gravidade deslocado, equilíbrio instável, não deu outra: Despenca Berta em direção ao piso, arrastando um apavorado Fernandinho... Primeiro ele por baixo, depois por cima, de novo por baixo... Um agarra-agarra, um rola-rola, um desvencilha-me-abraça, sem fim, até que, muitos trancos e encontros e desencontros depois, quedam-se imóveis no ladrilho do bar. Berta: ronronando; Fernandinho: Olhos sonhadores, cigarro pendido nos lábio, teve ainda tempo de ordenar ao garçom:

- Desce uma vodka!

Antes de se desfazer e evaporar...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Dezembro

Fazenda da Guanabara, 11 de dezembro de 2005.


Dos restos, ficou apenas o engasgo,
Gosmas atravessadas no por de sol,
Os gemidos encarcerados por reis magos,
E a vida que segue chafurdando no lamaçal.

É natal.

Despertai almas deprimidas
Espelhos estilhaçados desdenham sua dor
E expõem suas sórdidas feridas
Às asperezas do amor.

É natal.

Despertai instintos suicidas,
Que as noites estão inundadas de solidão
Que as lágrimas secaram como secou a vida.
Que dezembro é dezembro e dezembro é fim.

É natal.

Ah, sim. Todos se foram...
Ficaram apenas os doidos
E suas imagens enluaradas
Tremulando nas águas do rio.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Um leve toque de desleixo

Não sei se nosso pai foi um homem bonito – talvez não para os padrões de beleza atualmente estabelecidos. O que sei é que mamãe se mordia de ciúmes dele e que ele não regateava gentilezas e charme para com as mulheres, bonitas ou não (especialmente, é claro, para com as mais belas), que por uma razão ou outra haviam decidido nos visitar em Paulo Freitas e mulheres, todos sabemos, são sempre iguais... Assim, não era incomum constatar, para a exasperação de mamãe, uma ou outra (ou várias... ou todas) se derretendo ante o seu cavalheirismo.

O fato inegável é que ele tinha um jeito todo especial no trato com o sexo oposto.

Não que isso significasse a intenção de conquista... Não, não se tratava de disto. Apenas era de sua índole: Um galanteador, um gentleman... Mas, justiça seja feita, era para mamãe que ele dedicava o melhor de si.

Eu, lá pelos meus dezesseis ou dezessete anos de idade, admirava aqueles seus atributos e me esforçava, sem muito sucesso, para me apresentar equivalentemente perante minhas amiguinhas e, para tanto, ficava atento à sua doutrina e foi assim que descobri o tal de “um toque de desleixo”:

Foi quando me aprontava para um baile “julino” do Colégio Estadual Dr. João Batista Hermeto. Ajeitei-me: Brilhantina nos cabelos, calça quadriculada “boca sino”, camisa verde claro e, sabendo que para ser “o bom” só me faltava alguma gaita e um casaco marrom, que eventualmente eu tomava emprestado com ele e que eu acreditava “me dar sorte”...

Quanto à gaita, provavelmente ele me deu tudo (e certamente não era muito) o que tinha no bolso. O casaco me cedeu com muita boa vontade, mas o melhor foi: Enquanto me ajudava a acertar as golas (casaco marrom x camisa verde claro), ele, desalinhando um pouco meu topete, abrindo o colarinho e afrouxando a camisa de dentro calça, me segredou:

- Homem, para ficar bem tem que estar “nos estrinques”, mas com leve toque de desleixo.

Creio acabei levando a sério demais sua recomendação, pois passada a fase de “bom menino” – se é que realmente o fui algum dia – o “leve toque de desleixo” foi adotado como “desleixo integral”, e barba por fazer, cabelos desgrenhados, roupas enjambradas, no mais fiel estilo hippie, foram incorporados, por um longo tempo, ao meu visual.

Simplicidade

Um pouquinho na linha dos versos do nosso Mano Tarlei...

Ouvi essa música do Pato Fu e a achei lindinha (Não que os versos do maninho sejam lindinhos... mas simples, puros, naturais e tocantes)

Simplicidade
Pato Fu


Vai diminuindo a cidade
Vai aumentando a simpatia
Quanto menor a casinha
Mais sincero o bom dia

Mais mole a cama em que durmo
Mais duro o chão que eu piso
Tem água limpa na pia
Tem dente a mais no sorriso

Busquei felicidade
Encontrei foi Maria
Ela, pinga e farinha
E eu sentindo alegria

Café tá quente no fogo
Barriga não tá vazia
Quanto mais simplicidade
Melhor o nascer do dia


Tentei "colar o link" para a música, mas não consegui. Quem se habilita?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Capão de mato

Como não poderia deixar de ser ,vou passar para vocês uns versinhos que eu fiz a algum tempo atras, para uma matinha em um momento de paz em sua sombra



Capão de mato
comun
sem trato
simplesmente
mato
nascido por acaso
num ato
divino

Mata cheirosa
sua tez
folhosa
sua cantiga
ventosa
me deixa
com gostosa
alegria

Mato grosso
de fato
um colosso
compacto
seu bailar jocoso
de várias espécies
no seu matoso
mundo,me encanta
Queridos manos e afins,estou sentindo falta de vocês.Vamos bolar um jeito de nos encontrarmos.Estou com saudades daquela intimidade gostosa. Beijos.

domingo, 29 de novembro de 2009

Manga

Já chupei manga este ano. Ano passado chupar manga foi um desafio. Vamos torcer para que eu chupe manga por muitos anos. Aos leigos em assuntos de roça uma breve explicação: Quando nós da roça víamos um bezerrinho fraquinho,doentio, nós dizíamos este aí não chupa manga este ano.

Beijos

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Festa nocéu

Hoje é dia 09 de novembro, hoje é aniversário de minha mãe. Ouça bem, é aniversário de minha mãe. Talvez você, insólito alguém, diria, mas aniversário comemora a vida, o tempo de existência de um ser humano. E sua mãe, não chore, não existe mais. Silêncio,tacanha criatura, você não sabe que a existência não está no outro,mas está em quem lhe permite ser. E em mim, minha mãe está e é sempre e hoje comemora seu aniversário. Ouça, cético fulano, brinca no ar a risada dengosa da eterna adolescente que pede um chocolate,espera uma rosa, e sonha uma festa assim, de surpresa. Abra os olhos, estúpido vivente, veja aquela ternura infantil,aqueles trejeitos sutis, mimados desejos aguardando seu presente. Sinta, abstrato estorvo,minha mãe comemora seu aniversário e o céu hoje está em festa.É certo que,voluntariosa, está deixando todo mundo lá de cima no sufoco, até o Todo Poderoso já está quase renunciando o cargo. Mas é a minha mãe que quer a festa de sempre, é minha mãe que busca o riso de todos, é minha mãe que, enternecida, agradece Deus Pai pelo melhor presente já recebido:acompanhar meu pai na travessia. Cale a boca, estúpido invejoso, hoje é aniversário de minha mãe e os anjos entoam os parabéns e um anjinho torto, desafinado, ao lado de Drumonnd, arrisca um " bonequita linda".Veja bem, os dois se enlaçam naquele abraço eterno e dançam entre risos e beijos e os anjos dizem amém!E você, tola figura, não queira me entristecer, pois minha mãe existe, existe em mim, existe em nós, frutos desse amor.

domingo, 8 de novembro de 2009

Manhã(zinha)

Ainda bem que eu acordei... Enquanto sonhava eu acreditei que morria.

Mamãe passou a mão nos meus cabelos e sorriu, papai me disse que eu estava lerdo... e de fato eu estava lerdo, eu pensava nela, não na minha mãe, nela, mas meu orgulho ainda era aquele homem, nem tão grande assim, até pequeno, usava uma sueter cinza, mas era forte, na verdade eu sou lerdo, não ouso, porque ousar, se ele ousou tudo? Aquele homem...

Aquele homem, um metro e setenta? Um pouco mais? Um pouco menos? Se tanto?

Mamãe beijou minha fronte. Ela sempre soube... E então eu quis e ele disse sim, porque ele sempre disse sim a quem quis, e ele me olhava, com um olhar de quem sabe olhar, com um olhar de vai, com um olhar de faça, com um olhar de vou estar e mamãe disse estou e então eu fui.

Meus cabelos não são bons cabelos: enrolam. Mas mamãe passa a mão nos meus cabelos e me conforta sejam eles bons ou ruins e ela me me diz: Filho, filho, filho... Não é tão dificil assim, um mais um, dois mais dois e vá e então eu fui.

Que bom, está amanhecendo!

Protesto

Deus é pai
não é tirano
seja feita sua vontade
devemos viver implorando

Deus é pai
não é padastro
devemos seguir
seu rastro

O que posso fazer
além de gemer
além de chorar
O que posso fazer
além de pedir
além de implorar

A minha indignação
Pai perdoa
mais um que se foi
ouça o sino que soa.

Justificativa que não justifica

Queridos companheiros ando um tanto quanto atarefado com a época de plantio; heis o motivo de não estar participando da nossa cozinha.
Beijos a todos
Tarlei

Capital

Foi mais fácil do que eu pensava.

A vida, usualmente rola com cada pessoa fazendo de tudo para interferir no seu rolar. Mas ela rola indiferentemente das interferências. Modificamos um ato? Sim. Mas nem eu nem você criamos o ato. Este se deveu, será?, Ao Sobrenatural de Almeida, personagem por demais conhecido entre as linhas do Mineirão.

Mas foi fácil.

Eu só tinha aquela chance. A bolinha "pingando na capital".

Nunca fui bom nisso. Pior, tinha medo de apanhar se fizesse o melhor. A vez era minha... Betão (que era foda nisso) só faltava me dar um cascudo... Eu sabia que podia, mas o olhar de Marcianinho fazia de mim um defunto.

Então decidi. Era Fazer "cricktpumcapitalecorrer".

Foi o o que eu fiz.

Dúvido, até hoje, que, tendo eu essas pernas tão compridas, alguém me pegue!

Foi fácil.


Aniversários

Nunca fui bom para guardar datas. Desde o primário, quando Dona Maria Antonieta me questionava, por exemplo, sobre a data da proclamação da república, eu era um fracasso. Já aconteceu de eu ligar para mamãe para parabenizá-la no aniversário do Betão! (Um pequeno deslize de alguns meses, mas o dia nove estava correto).

Ultimamente, com a ajuda da informática, montei uma boa agenda a qual me alerta, com um mês, uma semana e um dia de antecedência, o aniversário de cada Ferreira descendente de Milton e Lilia e, assim, tenho procurado não só mandar meu beijinho para cada aniversariante, mas também alertar meus "genéticos" para o evento.

Pois então, amanhã nossa mamãe comemoria aniversário.

Pensei: Mando um e-mail para a galera? Não, não mando... Mando sim... São as únicas datas as quais eu devo reverenciar, nem uma de maio nem outra de junho... Apenas essas!

Dona Lilia, meu beijo de parabéns... Seu filho a ama, ontem, hoje e sempre!

sábado, 7 de novembro de 2009

Cadê todo mundo???


Uai, que tá se assucedendo, sô?

Correspondentes, não correspondem; comentarista, não comentam... Estariam os leitores lendo? Já falei pr'oceis, o importante é manter a cozinha viva... Ou, como disse o Tititito (a quantidade de "ti" aumenta a cada sobrinho) a amizade e o companheirismo.
Bão, só pra assoprar as cinzas: Ouvi uma prosa de que tem gente programando passagem de ano em Lavras (sítio? casa? cozinha?... Num sei!). Só quero saber quem tá a frente pra dizer: Tô aqui e muito disposto e muito lépido e fagueiro (hehehe essa é da Nairoca!), pra dar um adjutório, seja ele moral, braçal ou finaceiro.


E já parpitando: (1) Respondam, viablog ou e-mail, quem tá nessa; (2) Ronaldo e Dinha - com o suporte de quem já demonstrou competência (Dado e Lu), poderiam tocar o gado; (3) Digam quanto e onde depositar o $; (4) ignorem tudo se tô pr fora!


Beijos.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sorin

Ontem Sorin, um dos maiores ídolos de todos os tempos da torcida cruzeirense, se despediu do futebol. Foi no Mineirão, em uma partida festiva contra os Argentinos Jurniors, time que o lançou, vencida pelo Cruzeiro por 2 x 1, e cujo ingresso pode ser obtido através da troca por um quilo de alimento não perecível.


CRUZEIRO 2 x 1 ARGENTINOS JRS

Escalações:

Cruzeiro: Fábio (Andrey depois Rafael); Diego Renan, Gil (Jancarlos), Fabinho (Neguete) e Sorín (Athirson); Henrique, Marquinhos Paraná (Elicarlos depois Uchôa), Fernandinho (Sorín) e Gilberto (Bernardo); Thiago Ribeiro (Guerrón) e Wellington Paulista (Eliandro depois Leandro Lima)

Argentinos: Peric (Frandino); Basualdo, Fernández, Berardo (Sola) e Sola (Alfonso); Lima, Rius (Salazar), García (Dominguez) e Gianni (Santibañez); Romero (Jaime) e Alfonso (Sorín depois Franco

Técnicos: Adílson Batista (CRU) ; Norberto Batista (ARG)

Gols: Bernardo, 7min, 2ºT-Guerrón, 20min, 2ºT ; Santibañez, 44min, 2ºT

Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Público: 42.216 (público presente) - 58.840 ingressos trocados
Arrecadação: 90 toneladas de alimentos não perecíveis
Árbitro: Cleisson Veloso Pereira (MG) Auxiliares: Celso Luiz da Silva e Cinthia Mara da SilvaMotivo: Despedida de Juan Pablo Sorín do futebol.

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Como estou meio diferente hoje, deixo aqui uma carta escrita por Sorin, alguns meses após ter deixado o Cruzeiro, não sem antes ter participado da conquista da taça da copa SUL-MINAS.

.....


Há quatro meses conquistamos a Copa Sul Minas.
Há quatro meses fui embora do Cruzeiro
O texto abaixo escrevi para mim, porém, senti a necessidade de compartilhá-lo com vocês.
Simplesmente para que saibam a importância que tudo isso tem na minha vida.
Simplesmente para seguirmos juntos, apesar da distancia.
Hoje, estréio em meu novo time.
São muitas as expectativas e as vontades de sempre, mas esperando um dia retornar a minha segunda casa. 15:58 hs – Banderas en tu corazón (Bandeiras no teu coração). Setenta e cinco mil caras esperando ver o Cruzeiro campeão.
Saímos rodeados de mascotes e crianças, que nos acompanham sempre com um sorriso.
Pegamos forte e corremos para o gramado.
Uma olhada rápida, mãos para o alto e as primeiras emoções.
Não é comum e é até anormal muitas camisas argentinas, celestes e brancas, no Brasil todas sentimentalmente distinguíveis.
Chegam as placas de homenagem.
Primeiro, do presidente.
Depois, da Máfia Azul e logo uma camisa inesquecível com o meia dúzia nas costas, assinada por todos os funcionários do clube.
A melhor homenagem, da cozinheira ao roupeiro, os encarregados da limpeza, até meus colegas, médicos, técnicos...
Vale ouro! Vale mais suor, ainda!
Sorteio a moeda da Fifa.
Deu branco e ganhei.
No segundo tempo, atacaremos junto ao grosso da nossa torcida.
Antes de começar toca o hino brasileiro.
Todos cantam e eu não. Procuro minha companheira e concentro-me em silêncio.
Observo a torcida e na arquibancada há uma bandeira argentina.
Que orgulho! Não posso acreditar. Onde estão meus amigos do bairro para contar-lhes? Jogam balões para os céus com meu rosto estampado numa bandeira vertical.
É minha despedida, a parte da final. Contenho as lágrimas, soa o apito. 16h20 - Sarando as feridasMeu Deus! Um choque forte, toco a sobrancelha.
Sangue. Puta que pariu! De novo?
Quarto corte na cabeça em dois anos e meio.
Queria jogar e o juiz reserva "canarinho" disse-me que não!
Quase pede minha substituição e disse-me que há muito sangue.
Peço-lhe, por favor. Hoje, não me deixes de fora, irmão!
Ele não entende bem, mas me permite entrar e lá vou eu como um "papai smurf".
Serão seis pontos no intervalo, 0 a 0, com uma bola na trave e um susto forte. 17h40 - Oh meu pai, eu sou Cruzeiro meu pai... Tira a camisa! Tira a camisa!
Parece uma bola perdida, mas sei que o Ruy vai ganhá-la.
O "cabeção," meu amigo e parceiro de quarto, vai tocá-la por um lado e buscá-la pelo outro (fez uma gaúcha, berra o locutor).
Entra na área e só rola para trás.
Não sei o que faço aí, a não ser confiar nele.
Não sei o que faço senão ir além do sonho da despedida e não há tempo para pensar.
Com três dedos e meio esquisitos de prima, com a sempre canhota bendita e a rede se mexe, é o mundo que explode, vem o delírio, a festa...
Não pode ser real. As cabecinhas que pulam descontroladas, a camisa voando na mão e um grito eterno, inesquecível, uma dança especial. 17h55 - Ah, eu tô maluco!Bicampeão!
Faltam segundos e não existe sensação comparável como a de ser campeão.
Nos olhamos cúmplices com o Cris e rimos da conquista depois do esforço.
Somos irmãos, somos um punhado azul de raça inquebrantável, enquanto o pessoal na arquibancada baila, grita, goza e por fim estoura com o final.
Escuta-se um estrondo inconfundível.
Um abraço, dois, um milhão, a correria perdida, louca, entre pulos, festejos com cada companheiro, Toninho, Valdir, Tita e Bolinha, todos malucos.
De repente um cara me leva nas costas e damos a volta olímpica.
Não quero que isso termine e penso se pudesse parar o tempo nesse instante, mas não posso.
E aí, vou dando-me conta que também é o final para mim, que estou indo embora do meu time, da minha cidade, da minha gente.
Então, vem a enorme emoção e comemoro como sempre, desenfreado, sem limites, como se fosse a última vez.
Comemoro e cumprimento cada canto do maravilhoso Mineirão.
Despeço-me e quero abraçar a todos.
Quero que dêem a volta conosco, quero dizer-lhes que eles não sabem como necessitamos de todos aqui dentro.
Vejo as faixas e ainda não acredito.
Vejo os rostos de alegria e até hoje nada sai da minha mente.
Depois de tudo, a surpresa com a presença de minha mãe exatamente no Dia das Mães e é impossível não chorar. Finalmente, recebo a Copa tão desejada.
É bonito ser capitão.
É grandioso ser capitão do Cruzeiro e ser campeão.
Levantamos a taça, desfrutamos e saímos a oferecer aos milhares que estavam por todas as partes até o cansaço.
Imagino Minas.
Imagino Belo Horizonte.
Tudo se acaba e não podia ser tão perfeito.
Será que sonhei?
Nem um sonho seria tão incrível.
Estou partindo e pensando se algum outro dia serei tão feliz!


Juan Pablo Sorín

Acreditar na Vida

O texto a seguir, de autoria de Clarissa Vilela, foi enviado, por e-mail, de Mila para a Rose. Rose gostou tanto que pediu para que eu o postasse no Blog.

Pois aí está:


É ter esperança no amanhã. Saber que após a noite vem o dia.
Viver intensamente as emoções! Pular de alegria.
Não invadir o espaço alheio.
Ser espontâneo.
Apreciar o nascer e o pôr-do-sol.
Amar as pessoas incondicionalmente.
Aproveitar todos os momentos... Fazer trabalho voluntário.
Vencer a depressão! Confiar na voz da intuição.
Perdoar as pessoas.
Estimular a criatividade.
Não se prender a detalhes.
Brincar como uma criança. Chorar de felicidade... Deixar para lá.
Ter pensamento positivo. Respeitar os sentimentos dos outros. Rir sozinho.
Saber trabalhar em equipe.
Ser sincero.
Encontrar a felicidade nas pequenas coisas. Entender que somos pessoas únicas.
É dançar sem medo.
Não se apegar a bens materiais.
Respirar a brisa do mar. Ouvir a melodia suave de uma fonte.
Observar a natureza. Adorar um dia de chuva.
Ter motivação!
Enxergar além das aparências.
Descobrir que precisamos dos outros. Esquecer o que já passou.
Buscar novos horizontes.
Perceber que somos humanos. Vencer a nós mesmos.
Ver a beleza da alma.
Sair da passividade.
Saber que a vida é conseqüência de nossas atitudes... Não procrastinar as decisões.
Mimar a criança interior.
Deixar acontecer... Praticar a humildade.
Adorar calor humano.
Curtir as pequenas vitórias. Viver apaixonado pela vida!
Visualizar só coisas boas.
Entender que há limites.
Mentalizar positivo. Ter auto-estima.
Colocar sua energia positiva em tudo que realizar!
Ver a vida com outros olhos... Só se arrepender do que não fez.
Fazer parcerias com os amigos. Crescer juntos.
Dormir feliz.
Emanar vibração de amor... Saber que estamos só de passagem.
Melhorar os relacionamentos. Aproveitar as oportunidades.
Ouvir o coração... Acreditar na vida!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Viagem

A seguir uma brincadeira... Algo que escrevi já há bastante tempo e que acabou reaparecendo quando eu bisbilhotava um "velho baú" (eletrônico, é bem verdade). Achei divertido, embora um tanto infantil, e resolvi postar no Blog.



Foi numa quarta... Pode também ter sido numa quinta, ou até mesmo numa sexta-feira. O fato é que, fosse o dia que fosse, o mundo corporativo, sustentado pelo capitalismo mais e mais selvagem a cada gota de gula saciada, fervilhava no meu cérebro como desde sempre. O cansaço não encontrava conforto nem no relógio folheado a ouro que há pouco me havia sido entregue, também não encontraria na lindíssima garota-de-programa (um eufemismo para prostituta, puta, piranha...) que eu deixaria a repousar lânguida, numa suíte de luxo, de um hotel luxo, da não tão luxuosa Avenida Atlântica, enquanto eu buscaria meu confortável apartamento, onde eu me atiraria sobre meu colchão de molas alemãs importadas... Já acontecera tantas vezes! Repetidas vezes. Era sempre a mesma fotografia, com apenas leves alterações no contraste, na luz, ou no enquadramento, mas sempre a mesma fotografia. Mas, não naquele dia. Não naquela quarta ou quinta-feira: O chão desapareceu, a glote fechou, sumiu o ar e o cérebro se desfez... Deu boot, pirou, foi pro saco! Com um bico fechei a porta do meu carro e o abandonei, luzes piscando, alarme sonoro a toda, no estacionamento da Firma. Tomei um táxi e, na rodoviária Novo Rio, comprei uma passagem para uma cidade do norte do Estado e de lá, de uma cidadezinha para outra até chegar a Cu-de-judas.

Aqui estou... E onde estou não existe asfalto, carros, água encanada, energia elétrica e, portanto, nenhum dos benefícios dela decorrentes: Banho quente, cerveja gelada, sorvete, rádio ou TV... Afinal, aqui é Cu-de-Judas! Mas ninguém parece sentir nenhuma falta de nada disso e eu, aos poucos, vou me sentindo... Sei lá o que! Talvez mais primitivo, mais natural, mais eu, menos personagem... Meu relógio folheado a ouro pagou algumas passagens, alguns pernoites e o que desse para comer nos botequins de rodoviárias, até aqui chegar. O paletó do terno foi abandonado em algum ônibus, ou talvez no banco de alguma praça, onde foi usado como travesseiro. Da camisa arranquei as mangas e a calça foi cortada e transformada numa espécie de bermuda. E assim me ajeitei. Moro na casa de Seu Epaminondas, Dona Juréia e seus seis filhinhos. Não de favor, não senhor, consegui trabalho na Forjaria Cu-de-judas, ajudando na fabricação de ferraduras, facas, rodas para carroças e outras peças fundamentais, em troca de moradia, comida e uns trocados que dá para comprar umas peças de marmelada, um pedaço de fumo e até para pagar uma pinguinha, de vez em quando, pra mim e pro Neguinho da Forja.

No começo cada músculo de meu corpo doía como nunca doeram nem mesmo após uma das mais prolongadas sessões na Academia Corpus, seguida de uma acirrada disputa de tênis no Tênis Rio Clube, complementadas com uma sessão de alongamento de romper a fibra mais elástica da natureza inumana. Mas agora não tanto e meus olhos já ardem menos... Já se adaptaram às intensas variações de luminosidade na forja e também à leitura sob a luz de velas ou lamparinas. As lamparinas ainda me incomodam um pouco, a fuligem impregna minhas narinas e ataca minha incurável rinite, conseqüência da intensa poluição do Rio, o que continua me chateando. Mas, estou seguro, é apenas uma questão de tempo. A felicidade e a saúde tomaram posse de Cu-de-judas e de todos aqueles que Cu-de-judas apadrinha ou vier apadrinhar. Só me chateia – às vezes, um pouquinho só – a inexistência da internet e a falta de opções para leitura... São mesmo necessárias?

Hoje é domingo. Não é um domingo qualquer, é um domingo com missa. Na casa de Seu Epaminondas e Dona Juréia o domingo amanheceu ainda no sábado: “Minondas, peia aquele frango vermeio deix’êle bem quietim qui’é pra mode a carne ficar bem maciin, pra quando o Padre chegá...”; “Jura, cê areou a bacia?”... É que o padre vinha uma vez a cada mês e se hospedava na casa de Seu Epaminondas e Dona Juréia. Era o mesmo que se Jesus Cristo em pessoa (ou em Espírito, sei lá!) viesse aqui se hospedar. Por conta da missa, a forja não operava desde o fim da sexta-feira. Eu que já havia tratado de me ajeitar, até que estava preparado para a festa: Já tinha conseguido uma calça melhorzinha e algumas bermudas usadas; duas camisas: uma para o trabalho – que varava a semana toda – e outra, de sexta – que eu usava o final de semana. Descalço... Mas quem não estava? Que festa! O padre chegou, comeu e bebeu (Café da manhã: Broa de milho, pamonha, biscoito de polvilho azedo, bolachas, queijo e requeijão, leite com canela, café com rapadura e, para digestão, chá de boldo), bateu o sino da capela, pregou (Uma batalha infindável entre o bem e o mal, a virtude e o pecado, Cristo e o Satanás em guerra e eu querendo entender quem era o mocinho e quem era o vilão em todo o imbróglio), convidou o povo para o XXI Leilão Beneficente da XXI Quermesse de Cu-de-judas (E fomos todos, cerca de cem pessoas, entre crianças e adultos, se tanto. Eu até arrematei, quando seu Epaminondas meneou a cabeça dizendo que sim, a leitoinha que ele próprio havia ofertado como prenda. Fiquei sem os trocados de duas semanas, mas também não abri mão de meu prêmio e não lhe devolvi a leitoinha), comeu e bebeu (Almoço: Frango vermelho refogado com quiabo, arroz, feijão, angu... Quando estava quase terminando, Dona Clara trouxe um lombinho que: “Era uma pena se o Padre não comesse”, goiabada com queijo e para digestão, chá de boldo), visitou o Tião-perna-seca e Dona Jesuíta-Parteira, garantiu alguns votos para a reeleição de um prefeito que ninguém de Cu-de-judas nunca viu, comeu e bebeu (Café da tarde: Leite com canela, pão de batata, café com rapadura e, para digestão, chá de boldo), despediu de uns, mochila cheia de prendas e trocados, montou no jeguinho alugado e se foi, balançando as pernas estrada poeirenta afora.

Dilce, a filha mais velha de Seu Epaminondas e Dona Juréia, cerca de dezesseis anos, parece estar interessada em mim, mesmo tendo eu mais do que o dobro de sua idade. Não a recrimino. Afinal, que opções tem? O Neguinho da Forja, cerca de vinte anos, é um bom sujeito, mas bronco como ele só; O Bola, filho do Tião Padeiro, talvez fosse a escolha mais acertada, também meio passado na idade e bastante obeso, mas sabe fazer algumas contas e até ler um pouquinho; O Zezé da Cotinha apenas em condição de extremo desespero, mirradinho, franzininho e boiolinha como ele só... E acabou. Não é tão feiinha assim a Nilce. A simplicidade, chegando a ser simplória, a candura e a inocência naturais da pouca idade, lhe emprestavam um que de graciosidade digno de nota. Melhor eu manter distância. Na secura que me encontro... Vai que eu acabo me metendo a besta?

Todos já me conhecem. Com os meus bons conhecimentos de gestão empresarial, tenho contribuído, e muito, para a melhoria da produção na Forja Cu-de-Judas: Diversificamos a linha de produtos, introduzindo a fabricação de fundidos em bronze e latão; expandimos a área de comércio, levando a marca e os produtos da FFCJ – Forjaria e Fundição Cu-de-Judas – para além das fronteiras de Cu-de-Judas; Empregamos mais dois auxiliares... Entrou mais grana!

Estão dizendo, informações quentíssimas trazidas pelo Padre Waldir, que a energia elétrica chega a Cu-de-Judas, no mais tardar, até o Natal. Só se fala nisso. Dona Juréia sonha com uma geladeira e, quem sabe, até uma TV; Seu Epaminondas com a possibilidade de expansão da FFCJ; Dilce com um secador de cabelos... E eu? Eu estou começando a ficar preocupado: Cu-de-Judas poderá deixar de ser tão cu-de-judas! Mas, enquanto isso não ocorre, de novidade mesmo, só o pedido de Dilce em casamento que o Bola fez ao Seu Epaminondas, prontamente por ele aceito (uma boca a menos?) e não rechaçado por ela. Casamento marcado (Para quando a energia chegar), Dilce, apareceu à noite no meu quarto.

A energia elétrica chegou; A TV acabou com as prosas na frente dos portões das casas; a FFRCJ – Forjarias e Fundições Reunidas Cu-de-Judas – prospera; Seu Epaminondas quer que eu amplie ainda mais a área de comércio; Dilce e Bola casaram-se e ela já está grávida (quando pode, sussurra ao meu ouvido: O neném é seu!); E eu? Bem aos poucos, vou me sentindo... Sei lá o que! Talvez um pouco menos primitivo, menos natural, menos eu, mais personagem...

Existirá uma Nova-Cu-de-Judas?

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Casamento Bruno e Maísa - Ferreiras na Farra!

Pois é, Ferreirada! Tem novidades no Blog... Postei um novo album de fotos, o qual foi denominado "Casamento Bruno e Maísa - Ferreiras na Farra!".

O procedimento para acessá-lo é o mesmo, ou seja;

(1) Clique no link ao lado "Ferreirada por ai (fotos)"

(2) Se não aparecer de imediato os álbuns, clique na aba "minhas fotos" ou "galeria de maferreira", a que aparecer.

(3) Clique em da "capa do album" e curta as fotos (ou melhor, a farra!)

Pode até ser mais fácil simplesmente clicar no link abaixo, mas é mais emocionante o caminho anterior, não é?

http://picasaweb.google.com.br/maferreira90/CasamentoBrunoMaisaFerreirasNaFarra01#

Causos de Milton Ferreira (A Cirurgia)

Na roça de tempos ido, a lida era diferente. Tudo era mais difícil! E ainda que apreciada, à distância, sob o olhar saudoso e romântico, de alguém que a viveu mais como coadjuvante do que como ator principal, as dificuldades sempre afloram. Na Fazenda dos Coelhos, em Paulo Freitas, por exemplo, apenas para citar alguns, a ordenha era manual, o leite entregue em fábricas distantes, debaixo de sol ou chuva, levado no lombo de burros, ou em carroças por eles puxadas; todas as atividades agrícolas, do plantio à colheita, eram manuais e árduas; o acesso às informações difícil; as distâncias longas; as estradas péssimas... Enfim, ainda que se vislumbre certa aura de pureza naquele jeito caipira de ser, nada era fácil.

Para a exata percepção da história que a seguir narro, é necessário compreender estas dificuldades.

Começo por explicar – porque sei que a maioria não conhece – como era beneficiado o feijão: A colheita, como já foi mencionado, era manual. Arrancavam-se as ramas de feijão e formavam-se pequenos montes, mais ou menos com o mesmo espaçamento entre si, os quais, posteriormente eram carregados em carros de boi (carros puxados por bois) e transportados até os “terreirões”, onde eram deixados a secar. Após algum tempo, salvo engano meu, três ou quatro dias, dependendo do sol e de quão maduro estivesse o feijão, no momento da colheita, dava-se a separação dos grãos das vagens e ramas. Para tanto era necessário “bater” o feijão. Atividade bastante extenuante, mas bonita de se ver: Dois ou três peões, empunhando cumpridas e flexíveis varas, davam ritmadamente com as mesma sobre o feijão espalhado no terreiro, fazendo com que os grãos se desprendessem da vagem. Em seguida, era só sacudir a palha, peneirar e ensacar o feijão “beneficiado”.

Naquele ano, papai, tinha colhido muito feijão e o processo de beneficiamento, para nossa alegria, gerado muita palha, a qual foi acumulada no “terreiro de baixo”. Ali a criançada se esbaldava, deixando a imaginação correr a solta: Túneis eram escavados; bunkers (sei que nunca foram chamados assim, mas não acho outra palavra...) construídos, atacados e destruídos; cidadelas conquistadas e heróis forjados.

Uma das técnicas para destruir um bunker era simplesmente se jogar sobre ele e foi exatamente isso que Zezé, filho da Rola, em dado momento fez, no que foi, acidentalmente, aparado por uma ponta de lança – na verdade uma farpa pontiaguda de uma vara quebrada, ali colocada, a guisa de estrepe, por alguém de nós. A lança o atingiu justo no saco, rasgando-o e expondo inteiramente um dos testículos.

Um Deus nos acuda! Nosso pai nos mata... Mas, na verdade, foi ele o salvador.

Estava lá o Zezé estendido sobre a mesa da casinha de biscoito, a calça abaixada até os joelhos, olhos arregalados, mais pelo medo do que pela dor, o saquinho encolhidinho e o testículo exposto, pela primeira vez respirando o ar livre...

- Lilia – Gritou papai, tendo decidido fazer dela a enfermeira chefe e dele próprio o cirurgião – me traga agulha, álcool e uma linha forte.

Mãos desinfetadas, uma boa dose de álcool na bolsa escrotal... Aí Zezé urrou!

- Segure as pernas deste menino! – Ordenou papai.

Coube a mim. Segurei firme, mas não arrisquei um só olhar para a zona de perigo.

- Pronto. – Exclamou papai, após muitos gemidos, esperneadas e tentativas de fuga. – Amanhã pegamos o trem até Itumirim pro Doutor dar uma olhada nisso.

O Doutor examinou bem o menino: O saco muito inchado e meio roxo. Apalpou com cuidado, examinou novamente, desta vez fazendo uso de uma lupa...

- Qual foi o procedimento? – Perguntou ele.

- Desinfetei bem, com álcool, recolhi o “baguinho” e costurei – Respondeu papai.

- Linha de costura? – Perguntou o médico.

- Linha de costura... – Respondeu.

- Forte?

- Forte...

Examinou uma vez mais e dirigindo-se ao Zezé:

- Você pretende ser padre, meu menino?

Ao que Zezé, absolutamente assustado, balançou a cabeça, seguida e de forma a não deixar dúvidas, em sinal de negação.

- Muito bem. Então pode se casar e ter muitos filhos... Só vou lhe passar um antiinflamatório e tudo estará bem – Concluiu, para o nítido alívio também de nosso pai.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

12/10 - Feriadão, foi assim:

Morando nessas distantes terras do belo e quente Mato Grosso - Estado ao qual acabei me afeiçoando mais do que devia -, com filhos e netos (um em fabricação) morando em Sampa, BH e Macaé, o jeito para reunir o clã é fazendo acontecer um "ponto de encontro".

Decidimos, melhor dizendo: Rose articulou - Seria essa uma habilidade intrínseca às mulheres? Nossa mãe era especialista! - para fazer do nosso AP, no Rio de Janeiro a tal referência e, assim, no "feriadão de outubro" lá estavamos nós: Eu, Rose, David, Marcele, Isabela, (???), Nanda, Gabi e Tácio... Bão demais! (Pra provocar uma invejazinha liguei pro Tarlei da praia de Ipanema, enquanto caminhava, de mãos dadas com Isabela... Deus me castigou por querer fazer inveja e Dado me ligou da cozinha de Dona Lilia, onde estavam ele, Lu e Naira).

Então, foi assim... E este post vai apenas para dar notícias, dizer que estamos com saudades e solicitar notícias da Ferreirada.

Beijos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cão de Caça

Que silêncio é este
que amplifica o gorjeio dos passarinhos?
Que ausência é esta
que se apresenta em todos os cantos?
No velho portão que abre e fecha
ao sabor do vento,
na lenha que crepita
no fogão para sempre apagado,
no lençol de linho alvejado,
na colcha de retalhos coloridos,
nos cômodos, incômodos, imersos,
imensos, desertos?

Que silêncio e este
que amplifica o gemido da alma?
Que ausência é esta
que adentra a capela
- meu olhar acende as velas -
e por nós ora e a Deus implora,
que abre as janelas,
rega as plantas,
colhe as laranjas, as goiabas, as mangas,
limpa o suor,
e sorri para o sol?

Que silêncio é este
que amplifica e qualifica esta dor?
Que ausência é esta
que se apresenta tão carne,
no cão de caça farejando significados,
no mugido do gado,
nas marolas do lago,
nas sementes da umbela,
e no cheiro do corpo-capim?

Silêncio, ausência... Apenas em mim?

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Prus minêrus qui num dispensa "uma"

Ranking Playboy da cachaça

Cada vez mais, o Brasil deixa de ser o único país do mundo a se envergonhar do seu destilado. A boa e velha cachaça há muito deixou de ser uma bebida sem valor. Hoje é apreciada em confrarias, tem admiradores mundo afora e já conta com legislação específica. Fatores que, combinados, impulsionam um mercado promissor, com lucro de até 600 milhões de dólares ao ano.São mais de 5 mil marcas de cachaça legalizadas no Brasil e uma produção de cerca de 1,4 bilhão de litros ao ano. Nessa conta estão desde cachaças artesanais que levam anos para ficarem prontas e podem custar até 500 reais a garrafa, até pingas industriais produzidas em algumas horas e vendidas a 2 ou 3 reais. Um abismo não só de preço, mas principalmente de qualidade. Dizer qual cachaça tem sabor mais intenso, melhor buquê, melhor aroma e, em especial, qual realmente vale o que se paga por um vinho importado (embora raramente custe tanto) não é tarefa simples. Por isso, reunimos 13 experts no assunto e pedimos que eles votassem nas melhores cachaças do Brasil. Apurada a votação, levamos o químico especialista em destilados Erwin Weimann, autor do livro Cachaça: a Bebida Brasileira, à Universidade da Cachaça, em São Paulo, onde, ao lado do chef Sérgio Arno, dono da casa, ele degustou e comentou cada uma das 20 escolhidas. Confira aqui quais são, segundo os bons entendedores, as melhores aguardentes do país.

20º Lugar Volúpia

Procedência: Alagoa Grande, PB. Graduação alcoólica: 42% Envelhecimento: descansada um ano em freijó. Bebida de sabor forte e bastante pronunciado, a paraibana Volúpia é uma das duas representantes das cachaças nordestinas na votação dos especialistas. É descansada em freijó, uma madeira típica do Nordeste, raramente usada por outros produtores e que pouco interfere na bebida, o que explica a cor branca dessa aguardente.

19º Lugar GRM

Procedência: Araguari, MG; Graduação alcoólica: 41%; Envelhecimento: dois anos em carvalho, umburana e jequitibá-rosa. Cachaça envelhecida de excelente equilíbrio e harmonia. A combinação de três madeiras suaviza a força da umburana e proporciona um sabor palatável, puxado para o amargo.

18º Lugar Seleta

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 42%; Envelhecimento: dois anos em umburana.
Envelhecida em umburana, a Seleta é um bom exemplo da presença dessa madeira, que empresta um gosto acre, forte e persistente por muito tempo. Recomendada aos que gostam de sabores intensos.

17º Lugar Abaíra

Procedência: Chapada Diamantina, BA; Graduação alcoólica: 42%; Envelhecimento: três anos em carvalho. Límpida e brilhante, com aroma suave. Nela prevalece o carvalho, que virou um símbolo de qualidade entre destilados, por causa dos uisques e conhaques.

16º Lugar Lua Cheia

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 45%; Envelhecimento: entre dois e três anos em bálsamo. Das mais típicas de Salinas. O bálsamo confere a ela uma cor dourada e cintilante, além de trazer um sabor amadeirado e levemente apimentado.

15º Lugar Mato Dentro

Procedência: São Luiz do Paraitinga, SP; Graduação alcoólica: 41%; Envelhecimento: descansada oito meses em amendoim. Na variação Prata, a escolhida pelos votantes, ela é envelhecida em tonéis de amendoim, uma madeira neutra, que interfere pouco na aguardente, e dá coloração límpida. Tem sabor e aroma delicados, próximos da cana. Quase com "cheiro de roça".

14º Lugar Corisco

Procedência: Parati, RJ; Graduação alcoólica: 45%; Envelhecimento: dois anos em carvalho
"É uma cachaça jovem, que ainda precisa envelhecer", afirmam nossos conhecedores. A combinação de muito álcool e pouco envelhecimento, característica das cachaças de Parati, resulta numa bebida forte e picante. Boa representante das pingas da região.

13º Lugar Sapucaia Velha

Procedência: Pindamonhangaba, SP; Graduação alcoólica: 40,5%; Envelhecimento: dez anos em carvalho. É do envelhecimento no carvalho que vem o sabor e o buquê acentuados. Criada em 1930, tem fama de ser produzida com extremo cuidado.

12º Lugar Indaiazinha

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 48%; Envelhecimento: oito anos em bálsamo. De cor dourada, passa por longo envelhecimento no bálsamo, o que dá a ela um sabor ligeiramente semelhante ao de amêndoa. "Para se beber de joelhos", diz Weimann.

11º Lugar Maria Izabel

Procedência: Parati, RJ; Graduação alcoólica: 44% (o rótulo indica, erroneamente, 42%); Envelhecimento: entre um e quatro anos em carvalho. Suave, agradável, de baixa acidez. Aroma e sabor lembram a cana. Se destaca entre as cachaças de Parati pelo esmero da produtora e pelo uso do carvalho.

10º Lugar Piragibana

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 47%; Envelhecimento: 22 anos em bálsamo e carvalho. A Piragibana é harmônica, com sabor e aroma persistentes, ainda que delicados - resultado do longuíssimo envelhecimento em bálsamo e carvalho. Caso típico de influência da combinação de madeiras, aqui escolhidas por Juventino Miranda, o produtor.

9º Lugar Magnífica

Procedência: Miguel Pereira, RJ; Graduação alcoólica: 45%; Envelhecimento: três anos em carvalho. Uma cachaça equilibrada. Apesar dos 45% de graduação alcoólica, a Magnífica é uma bebida suave, que desce fácil e apresenta buquê simples de cana jovem. Sua cor límpida é mais um destaque.

8º Lugar Armazém Vieira

Procedência: Florianópolis, SC; Graduação alcoólica: 44%; Envelhecimento: quatro anos em ariribá. O ariribá, madeira do litoral catarinense pouco usada no armazenamento de cachaças, tem interferência mínima na bebida e permite que ela envelheça sem afetar o gosto da cana. Desce macia, segundo os especialistas, pois o frescor da cana equilibra bem com a madeira.

7º Lugar Casa Bucco

Procedência: Passo Velho, RS; Graduação alcoólica: 40%; Envelhecimento: dois anos em bálsamo e carvalho. Seu aroma e o sabor de carvalho são persistentes e lembram um bom brandy. É ácida e um pouco forte, sabores típicos de um terroir com pH elevado. Para quem gosta de carvalho e de tudo o que a madeira empresta à bebida.

6º Lugar Boazinha

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 42%; Envelhecimento: dois anos em bálsamo. Cor brilhante e viscosidade perfeita, com forte presença do bálsamo no aroma e no sabor, que persistem longamente. A Boazinha é uma clássica representante de Salinas, por causa da influência da madeira: cor bem amarelada e sabor marcante.

5º Lugar Claudionor

Procedência: Januária, MG; Graduação alcoólica: 48%; Envelhecimento: entre um e meio e dois anos em carvalho. A cidade de Januária já foi sinônimo da bebida, mas perdeu a vez para Salinas como região emblemática da cachaça mineira. A Claudionor, porém, é ótima opção para quem gosta de cachaça à moda antiga, forte, com muito gosto de cana. Para adequar-se à nova legislação, teve de reduzir seus 54% de graduação alcoólica para "apenas" 48%. Transparente, apesar de bem envelhecida, Claudionor tem buquê neutro, de cana madura e bem descansada, cujo gosto persiste na boca. É uma cachaça com corpo, equilibrada, perfeita para quem foge das madeiras.

4º Lugar Germana

Procedência: Nova União, MG; Graduação alcoólica: 40%; Envelhecimento: dois anos em carvalho e bálsamo. Facilmente reconhecida numa prateleira devido à embalagem, a garrafa da Germana é toda revestida de folhas secas de bananeira por mulheres artesãs do Engenho de Nova União. O objetivo é proteger a bebida da luz e do calor e assim manter suas características. Antes de ser engarrafada, a Germana envelhece dois anos em tonéis de carvalho e bálsamo. O resultado é uma cachaça suave, com sabor sutil, que pode agradar também ao público leigo.

3º Lugar Canarinha

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 44%; Envelhecimento: três anos em bálsamo. A procedência e o sobrenome do produtor são belas credenciais. Produzida em Salinas, a Canarinha é feita por Noé Santiago, sobrinho de Anísio Santiago, criador da famosa cachaça Havana (veja abaixo). Antes de ser embalada nas tradicionais garrafas de cerveja, ela é envelhecida por três anos em tonéis de bálsamo, o que lhe confere uma cor suave, amarelinha, e um sabor levemente apimentado, típico das aguardentes de Salinas. Para Weimann, a cor dourada como um champagne, o sabor frutado e o buquê de flores do campo e capim fazem a diferença. "É uma cachaça das mais puras, equilibrada, persistente e excelente", garante Weimann.

2º Lugar Anísio Santiago

Procedência: Salinas, MG; Graduação alcoólica: 44,8%; Envelhecimento: entre seis e oito anos em carvalho e bálsamo. Anísio Santiago é mais que uma cachaça - é um mito. Forte, com cheiro de madeira seca, um leve amargor que permanece na boca, sabor e aroma persistentes. "O segredo de Anísio é a combinação de madeiras diversas. Não é perfeita, é mais uma boa cachaça, um ícone a ser reverenciado", diz Weimann. E que se tornou mitológica devido a uma questão judicial: a Havana perdeu o nome e foi rebatizada como Anísio Santiago. Hoje, uma garrafa antiga de Havana chega a custar mais de 20 mil reais. "É o marketing 'cubano': 'a gente faz por gosto, dane-se o mercado, quem quiser que corra atrás'. Ainda que haja uma dúzia de cachaças tão boas quanto ela por 10% do preço", diz o jornalista Ronaldo Ribeiro, autor de várias reportagens sobre a Havana. O preço de uma Anísio Santiago varia bastante, podendo custar entre 200 e 300 reais em São Paulo. "A expectativa é tão grande que, ao provar, no primeiro gole você já está fascinado", garante Ribeiro. Tal é o sabor de uma boa história.

1º Lugar Vale Verde

Procedência: Betim, MG; Graduação alcoólica: 40%; Envelhecimento: três anos em carvalho. A campeã é uma cachaça correta em todos os sentidos. É produzida na fazenda Vale Verde que, além de engenho de cachaça, é também um parque ecológico, com visitas guiadas onde se podem conhecer os "segredos" da produção. A aguardente é equilibrada, encorpada e madura. Segundo os produtores, suas técnicas de fermentação e destilação foram baseadas naquelas praticadas na Europa para fabricação de whiskies. Isso proporciona um produto final equilibrado, estável, pronto. Os três anos em tonéis de carvalho explicam a cor dourada e o buquê marcante de madeira. É justamente esse envelhecimento que garante o equilíbrio da bebida, que desce redondinha, sem aspereza. A cana colhida no ponto certo, fruto dos solos calcários da região de Betim, a fermentação nos antigos alambiques de cobre e a criteriosa escolha dos barris de carvalho garantem a cor brilhante e o sabor adocicado persistente. Além disso, a Vale Verde tem a melhor relação custo-benefício.

Bão... Taí o ranking das cachaças.
Agora e só sair experimentando pra ver se é isso mesmo.
Juizo Ferreirada!

domingo, 4 de outubro de 2009

Olhos caboclos

Seus olhos
castanhos
agora me são
estranhos
Fugidios
não me fixam
escorregadios
me escapam


Seus olhos
risonhos
agora andam
tristonhos
lusidios
marejam
frios
me distanciam


escrevi estes versos para meu amor,acho que a tinha entristecido de alguma maneira.


Beijos galera.Estou sentindo falta de vocês.



Tarlei

sábado, 3 de outubro de 2009

La Negra

Ola Ferreiras,

Resolvi estrear no "blog do Marco", ou melhor, no nosso blog ou como disse o Marco na "nossa cozinha". Confesso que com tantos bons escritores como Marco, Miriam Tarley e Thiago fiquei inibido de me iniciar no blog. Já até havia escrito um post sobre corridas, porém não achei que valia a pena publicar. Depois de tanto pensar em como contribuir com esse excelente blog que nos une e muitas vezes tanta saudade nos traz, resolvi criar coragem e encarar esses poetas.

Pois bem, meu primeiro post será sobre música. Vocês lembram de Mercedes Sosa? La Negra como é conhecida na Argentina está nas últimas, já até recebeu a extrema unção. Não conheço muito sobre ela, sei apenas que ela é Argentina e foi ativista política e peronista, mas não tem como esquecer um LP que tinha lá em casa, se não me falha a memória era do Milton ou do Tarley. Ou seria da Naira?

Salvo engano, Miriam confirme para mim, o Maia inclusive não gostava que o Thiago escutasse as músicas dela, pois eram castelhanas ou algo assim. Isso procede?

Para quem nunca ouviu falar dela, vale a pena ouvir algumas músicas de Mercedes Sosa, para quem já conhece, vale também.

A seguir duas músicas clássicas da La Negra:

Gracas a La Vida

Solo le pido a Dios