sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Descendo a calçada

Descendo, atoa, a calçada:
A vizinha varre o passeio
e me deseja bom dia.

Nada muda;
Eu continuo descendo a calcada,
ela varrendo a rua,
não e iniciado um bom dia,
a vizinha é infeliz
e eu estou infeliz.

Mas eu continuo descendo a calcada,
porque descer é preciso,
assim como é preciso navegar,
é preciso atravessar mares e mar.

Na esquina, alguém
me convida para um café.
Tudo bem,
eu tenho fé,
eu posso tomar um café
no balcão da esquina,
e discutir Pelé.

Bom jogador.

Melhor do que ele
só aquela menina...
Como ela se chama?

Não interessa.
o que interessa
são as barganhas,
sobrevive quem ganha.

Quanto a mim?

Continuo descendo a calçada...

Nenhum comentário:

Postar um comentário